Já começou a Festa do Livro de Belém

Foi inaugurada, na tarde desta quinta-feira, 5 de setembro, a Festa do Livro de Belém, no Palácio de Belém. Este ano, são 68 as editoras, distribuídas por 122 bancas, que estão presentes no evento, que decorre até domingo.

O Palácio de Belém abriu, mais uma vez, as portas ao público para mais uma edição da Festa do Livro de Belém, uma iniciativa que começou em 2016 e, desde então, tem sido já um dos eventos mais aguardados pelos amantes da leitura. A inauguração oficial do certame foi esta quinta-feira, 5 de setembro, e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que fez uma visita aos mais de 100 stands presentes neste evento. “Temos 200 marcas, 68 editoras, 122 bancas, portanto, uma participação impressionante do mercado editorial”, revelou aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa.

Para além dos livros, a programação conta ainda com cinema e música, com destaque para a realização de dois debates moderados por Pedro Mexia, sendo que, o primeiro realiza-se no dia 7 de setembro, e versa sobre Luís Vaz de Camões. Estarão presentes os investigadores Inocência Mata e José Pedro Serra neste primeiro debate. Já o segundo, será no domingo, dia 8 de setembro, e tem como tema «Mudanças e Lideranças», contando com a presença da investigadora Susana Peralta e Miguel Morgado, ex-deputado do PSD. Por sua vez, será apresentado, no sábado, dia 7, pelas 16h00, o catálogo da exposição «António José de Almeida e a “viagem gloriosa” ao Brasil», organizada pelo Museu da Presidência da República.

Música e cinema são outros dos destaques

Na parte musical, destaque para os concertos de Capicua, nesta sexta-feira, dia 6, de Fernando Daniel, no sábado, e ainda de Capitão Fausto, no domingo. Todos os concertos estão marcados para as 21h30. Neste primeiro dia da Festa do Livro de Belém, a inauguração contou com a atuação do pianista Vasco Dantas, e ainda pela exibição do filme «As Armas e o Povo», um trabalho do Colectivo dos Trabalhadores da Actividade Cinematográfica, de 1975.

“É um filme originalíssimo, sobre o PREC, e onde estão lá todos os grandes nomes do cinema português. Espero que muitas crianças e jovens arrastem os mais velhos para virem aqui e lerem livros, folhearem livros e comprarem livros”, reforçou ainda o Chefe de Estado, que se congratulou com o aumento dos níveis de leitura em Portugal. “Os portugueses estão a comprar mais livros e a ler mais”, sustentou. A Festa do Livro de Belém decorre até ao próximo domingo, 8 de setembro, e tem entrada livre. Pode conhecer o programa completo no site da Presidência da República, entidade que organiza o certame.

Não há razões para não haver Orçamento de Estado, considera Marcelo

À margem da inauguração, o Presidente da República considera ainda que “não se põe como viável” não haver Orçamento do Estado para 2025, mas não clarificou o que tenciona fazer em caso de chumbo da proposta do Governo. “Como imaginam, é completamente diferente ter um Orçamento de Estado ou funcionar com duodécimos. Duodécimos significa ir pegar no Orçamento deste ano e aplicá-lo exatamente, dividindo por 12, no ano que vem”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, reforçando que “há promessas feitas pelo Governo, que são muitas e respeitam ao futuro, que supõem um novo Orçamento”, assim como “há promessas feitas ou já aprovadas, propostas pela oposição, que implicam também um Orçamento”.

Sobre o que irá fazer num putativo chumbo do Orçamento de Estado, o Chefe de Estado respondeu que “não vou me pronunciar sobre essa matéria. Mas o que eu digo é que a solução de duodécimos é uma solução que, efetivamente, não tem a força, a pujança, até a imagem de estabilidade que, cá dentro e lá fora, tem um Orçamento aprovado”. “É importantíssimo um Orçamento do Estado para o ano que vai. Se não fosse importantíssimo, eu não achava que houvesse razão para insistir tanto na aprovação desse Orçamento, na viabilização desse Orçamento”, reforçou, defendendo que “o problema não se resolve com o Orçamento retificativo”.

Marcelo confia no “bom senso” dos partidos

Igualmente, tem esperança que o Orçamento não seja chumbado “porque haverá bom senso dos partidos”, os quais irá começar a ouvir a partir da segunda quinzena de outubro, após a apresentação da proposta do Governo. “Na hora da verdade vai haver o bom senso de se perceber que tem de se arranjar soluções para o Orçamento ser viabilizado”. “Vai haver Orçamento, a meu ver, porque o mundo, a Europa, o PRR, tudo isso aponta para haver Orçamento”.

“Por outro lado, porque o Governo é minoritário, portanto precisa de falar com as oposições. E por outro lado, porque as oposições sabem que realmente a estabilidade é fundamental para elas próprias. Para amanhã serem Governo, verdadeiramente, precisam que a situação seja estável, porque se não estiver estável, também não são o Governo”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.

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