JMJ foi fundamental para criar Parque Verde ribeirinho em Loures

Depois de se reunir com o presidente da Câmara de Lisboa, o presidente cessante da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, esteve, esta quarta-feira, 5 de junho, com o presidente da Câmara Municipal de Loures, a fim de lhe apresentar as contas da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizou entre os dias 1 a 6 de agosto de 2023. Ricardo Leão, autarca de Loures, considerou que, acima do retorno financeiro, a maior “herança” do evento foi a devolução da frente ribeirinha à população, com a criação do futuro Parque Verde Papa Francisco, que deverá ficar concluído até ao final de 2024.

30 milhões de euros é o retorno financeiro que a JMJ trouxe aos concelhos de Loures e Lisboa. As contas foram divulgadas esta quarta-feira, 5 de junho, durante uma reunião entre o presidente cessante da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, e o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão. Após o encontro, realizado nos Paços do Concelho, o autarca salientou que a JMJ teve “um resultado foi bastante positivo, muito acima daquilo que eram as nossas expectativas, e muito mais acima daqueles mais céticos que duvidavam que [o evento] dava qualquer tipo de retorno”.

Leão lembrou ainda que a autarquia investiu, na JMJ, “cerca de sete milhões e 200 mil euros”, e este retorno será aplicado num “conjunto de projetos”, incluindo o “futuro Parque Verde Papa Francisco, com 35 hectares, uma zona de fruição, animação, bares, projetos desportivos, e equipamentos desportivos” e que se espera concluído “no final deste ano”. No entanto, mais do que o retorno económico-financeiro, foi igualmente “importante o retorno da qualidade de vida que proporcionou, e ainda vai proporcionar, à população do concelho”. Recorde-se que a realização da JMJ “obrigou” à retirada dos contentores que estavam localizados na frente ribeirinha de Loures, impedindo assim a sua fruição por parte da população.

Parque único na Área Metropolitana de Lisboa

Esta era uma intenção há muito manifestada pelos vários executivos que passaram pela autarquia de Loures, mas que, de facto, só foi concretizada graças à realização das Jornadas. “A retirada daqueles contentores, que permitiu a devolução da frente ribeirinha à população, a construção do parque verde e a projeção do concelho foram o maior retorno que a JMJ podia dar ao concelho de Loures”, destacou Leão. No final desta reunião, e em resposta às perguntas dos jornalistas, o presidente reforçou ainda que “mais do que o retorno económico- financeiro, o que foi importante para mim é o retorno da qualidade de vida que proporcionou e vai proporcionar à população de Loures”.

O autarca lembrou que este futuro Parque Verde Papa Francisco será “um parque único dentro da Área Metropolitana de Lisboa” e que acabou “com uma barreira de contentores” que já existia há várias décadas. Este parque está orçamentado em cerca de três milhões de euros e encontra-se na fase de construção dos equipamentos desportivos e da concessão da zona de restauração. Depois de formalmente conhecidas as contas da JMJ, o presidente disse ainda que “passamos agora para uma nova fase, em que nos vamos sentar com todos os envolvidos” para definir quais serão os outros projetos futuros e poder “num curto espaço de tempo torna-los públicos”.

Leão destacou sucesso do evento

Por outro lado, Ricardo Leão admitiu ainda que a JMJ foi ainda “uma oportunidade para Loures se projetar dentro da Área Metropolitana de Lisboa, como receptor de um evento que”, tão cedo, considera o autarca, “não vai voltar a acontecer”. Por fim, o presidente destacou ainda “a boa gestão” financeira da Fundação JMJ, a qual ajudou a provar “que houve um retorno” positivo do evento. O presidente parabenizou ainda o bispo D. Américo Aguiar “pelos resultados obtidos e pelo sucesso que a própria jornada teve”. “Foi um sucesso, e isso deve-se a todas as câmaras que se envolveram, ao Governo, mas deve-se, sobretudo, aquilo que foi o empenho pessoal do D. Américo neste evento”, referiu Ricardo Leão.

A JMJ realizou-se entre os concelhos de Lisboa e Loures entre os dias 1 e 6 de agosto do ano passado. Nesta terça-feira, 4 de junho, D.Américo Aguiar teve ainda a oportunidade de se reunir com Carlos Moedas, autarca de Lisboa, também para divulgar o impacto económico-financeiro na capital portuguesa. Por sua vez, D. Américo Aguiar aproveitou para agradecer à Câmara Municipal de Loures (CML) e aos lourenses pelo “empenho e dedicação” no sucesso deste evento. O bispo desejou ainda que “o futuro parque Papa Francisco se concretize e seja de fruição pública”, reiterando que “este é, de facto, o maior retorno para a população e para as gerações futuras: a reconquista da fronteira ribeirinha para o concelho de Loures”.

D. Américo Aguiar parabenizou autarquias e população pelo sucesso da JMJ

“Gostaria de sublinhar aquilo que disse durante quatro anos”, disse, por outro lado, o presidente cessante da Fundação JMJ, recordando que, caso existisse “algum superavit” no final do evento, este valor iria “ao encontro dos jovens” e dos seus projetos. “Eu já fui tomando parte daquilo que são os sonhos, os projetos e as ideias que existem, agora vamos dar tempo ao tempo para que se concretizem”, referiu ainda D. Américo Aguiar, que apelou ainda a que, no futuro, exista o hábito de “se apresentar” as contas após a realização de eventos de grande dimensão.


“Muito obrigado, [tenho] uma gratidão eterna para aquilo que foi o empenho e a dedicação de Loures e que cada cidadão deste município se sinta orgulhoso porque foram espetaculares. Quando temos um objetivo comum, uma bandeira comum e um foco e um farol, nós portugueses, nós lisboetas, nós lourenses, nós da área metropolitana, somos do melhor que existe. Quando há um objetivo e quando damos as mãos e quando queremos alcançar esse objetivo, nós somos extraordinários”, concluíu o bispo de Setúbal.

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