«Finalmente vamos dar início a esta obra, prometida em 2017 e que se foi adiando. Mesmo numa conjuntura difícil, arregaçamos as mangas», afirmou hoje o presidente da Câmara Municipal de Loures, durante o lançamento da obra para a construção do percurso ribeirinho entre Santa Iria da Azóia e a foz do Trancão, num comprimento de cerca de seis quilómetros.
A Câmara de Loures estima concluir durante o 1.º semestre de 2023 o troço do percurso ribeirinho que irá ligar o município ao de Vila Franca de Xira, num investimento de 11 milhões de euros, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, durante o lançamento da obra do Percurso Ribeirinho de Loures, que ocorreu hoje de manhã junto à foz do rio Trancão, em Sacavém, tendo revelado ainda que, finalmente, os contentores vão começar a sair daquele território do concelho. Numa primeira fase, vão ser retirados 800 metros de contentores (desde a Valorsul em direção a Lisboa) e, até 2026, saem os restantes.
«Este é o início do muito que se vai fazer neste território. É o primeiro passo para a requalificação da única zona ribeirinha do concelho», salientou Ricardo Leão, fazendo questão de salientar: «Finalmente vamos dar início a esta obra, prometida em 2017 e que se foi adiando. Mesmo numa conjuntura difícil, arregaçamos as mangas»
Segundo explicou Ricardo Leão, a obra prevê a construção de um passadiço pedonal e ciclável, assegurando a continuidade do sistema de mobilidade urbana sustentável ao longo do rio Tejo, entre os municípios de Vila Franca de Xira, Loures e Lisboa. O percurso, acrescentou, irá «desenvolver-se sobre estacaria de madeira, permitindo a fruição da paisagem do rio Tejo, ao mesmo tempo que promove e divulga os valores de fauna e flora ali presentes».
«Ao longo do percurso existirão sete pontos de paragem e descanso, ensombrados com ripado de madeira e equipados com bancos. Em toda a extensão do traçado haverá igualmente sinalética informativa», adianta o autarca, revelando que que «vai ser criada uma ligação a meio, porque não se pode só ter entradas nas pontas do parque, servidas por duas passagens aéreas: uma sobre a via ferroviária e outra sobre a IC2».
«Esta é uma obra determinante para aproximar as pessoas do rio, proporcionando finalmente a milhares de cidadãos – em particular, aos habitantes das zonas de Sacavém, Bobadela, São João da Talha e Santa Iria de Azóia – uma ligação com a frente ribeirinha do concelho de Loures há muito desejada», sublinhou.
O investimento previsto para a execução desta obra é de cerca de 11 milhões de euros, sendo que a Câmara de Loures irá beneficiar de um financiamento comunitário, ao abrigo do POR Lisboa 2020, de dois milhões de euros, e irá estender-se desde o limite norte do concelho de Lisboa, no Parque das Nações, iniciando-se na margem esquerda do Rio Trancão e desenvolvendo-se ao longo do rio, num comprimento de cerca de seis quilómetros, até à ligação com o percurso de Vila Franca de Xira.
Mas, a grande novidade prende-se com a remoção dos contentores da Bobadela que, finalmente, estão a começar a sair daquele território do concelho. Numa primeira fase, vão ser retirados 800 metros de contentores (desde a Valorsul em direção a Lisboa) e, até 2026, saem os restantes.
«Este é um milagre que o Papa já conseguiu», ironizou o autarca, acrescentando: «esta é uma barreira visual que, por fim, vai acabar e vai permitir à população usufruir da única frente ribeirinha de Loures». Recorde-se que a IP já recebeu ordens do Governo para começar «de imediato todos os trabalhos, diligências e procedimentos necessários à relocalização do Complexo Logístico da Bobadela». Assim, até 31 de dezembro de 2022, a parcela sul do complexo tem de estar desimpedida e a parcela central também, mas temporariamente. A desocupação definitiva da parcela central deve concretizar-se até 25 de abril de 2024, enquanto a parcela norte deve ficar livre até 31 de dezembro de 2026.
O presidente da União das freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, Nuno Leitão, que se congratulou com a saída dos contentores, referiu, por seu turno, que «esta é a única freguesia do concelho entre os rios Trancão e o Tejo e, por isso, a sua frente ribeirinha tem de ser devolvida às populações».
Nr: Noticia atualizada a 5 junho