LISBOA REUTILIZA ÁGUA E DIMINUI CONSUMOS

Construir um sistema de condutas que permita a reutilização da água e, o consequente, aproveitamento desse bem na rega de espaços verdes e lavagem de ruas, é o principal objetivo da empreitada de construção da rede hoje lançada pela Câmara de Lisboa

A proposta para a Construção da Rede de Água Reutilizada de Lisboa – Zona Ribeirinha e Bairro Alto foi aprovada hoje do executivo municipal. Esta é a primeira das obras, a estar concluída durante o ano de 2021, de uma série de outras também necessárias para a construção na cidade de um sistema de condutas que permite a criação de uma rede de água reutilizada.

Depois do Parque das Nações, onde a infraestrutura já está construída, estas obras vão permitir regar todos os espaços verdes e lavar as ruas com água reutilizada na zona compreendida entre o Campo das Cebolas e o Largo de Santos, e também na zona norte do Bairro Alto.

A redução global do consumo de água potável tem sido um dos grandes objetivos estratégicos da Câmara de Lisboa, e a rede de água reutilizada é um passo decisivo nesse sentido, tendo sido uma das medidas mais valorizadas pela Comissão Europeia para a atribuição a Lisboa da distinção de Capital Verde Europeia 2020.

Lisboa tem reduzido, nos últimos anos, o consumo de água (de 8 milhões de m3 em 2014 para 4 milhões de m3 em 2018), mas a existência de uma rede de água reutilizada permitirá à autarquia diminuir, até 2025, o consumo de água potável para 1 milhão de m3 (poupança de 75%).

A  autarquia lisboeta estima que, alargada aos grandes consumidores industriais da cidade, a poupança de água potável em 2025 possa chegar aos 6 milhões de m3, volume de água idêntico a todo o consumo numa cidade como Aveiro.


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