MARCHA DA TRAFARIA VAI HOMENAGEAR OS SOLDADOS DA PAZ NA EDIÇÃO DE 2022

A Marcha da Trafaria é organizada pelo Clube Futebol da Trafaria, que, para além da marcha, também promove atividade relacionada com o futebol. Esta coletividade foi fundada em 1937 e vai celebrar 87 anos em outubro.

 Este ano, o tema apresentado por esta marcha será ‘Soldados da paz, vozes de esperança’. O ensaiador é José Carlos Mascarenhas, que também ensaiou a Marcha da Penha de França e os autores das músicas são Joana e Carlos Dionísio, que também escreveram as canções daquela marcha. As mascotes são Ariane Duarte e David Rodrigues e os padrinhos da Marcha da Trafaria serão Jéssica Antunes e Rui Pedro Figueiredo, ex-concorrentes do ‘Big Brother’.

Os ensaios, de acordo com uma das responsáveis da marcha, Joana Lopes, ao Olhares de Lisboa, “estão a correr bem”. Inicialmente, os treinos para a Marcha da Trafaria decorriam aos fins de semana, mas a partir do passado dia 14 de junho, estes estão a ser realizados diariamente, pois a data do desfile aproxima-se a passos largos.

Recorde-se que o desfile está marcado para o dia 23 de junho, na Avenida António José Gomes, na Cova da Piedade. No dia 2 de julho será a grande final, marcada para o Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, no Feijó. Segundo a responsável, a expetativa para 2022 “é vencer as Marchas Populares de Almada”.

A última vez que a Marcha da Trafaria ganhou as Marchas Populares de Almada foi em 2011, contudo, esta marcha continua a “ser a que tem mais títulos conquistados”, ressalva Joana Lopes. Esse ano ficou ainda marcado por ser o último ano em que a Associação Cultural e Recreativa da Trafaria, coletividade organizadora da marcha à época, deixou de o fazer, devido “ao falecimento precoce de uma das pessoas que organizava a marcha”.

Com isto, a Marcha da Trafaria deixou de ser organizada, pelo menos até 2019, ano em que o Clube Futebol da Trafaria pegou na marcha, que já concorre às Marchas Populares de Almada desde o início do concurso, nos anos 90.

Em 2022, o grupo de marchantes é composto maioritariamente por jovens, muitos deles residentes na Trafaria. Os restantes são oriundos de outras freguesias do concelho de Almada. E apesar de jovens, muitos dos participantes são pessoas experientes na arte de marchar, visto que também o fazem em Lisboa. “Temos marchantes que foram este ano nas Marchas da Penha de França e do Lumiar”, explica a responsável.

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Joana Lopes salienta ainda a dificuldade sentida em arranjar marchantes, agravada com a pandemia. “A Covid veio abalar isto tudo, ainda há muita gente que está com receio”, acrescenta a responsável, explicando que “os últimos dois anos sem as Marchas foram muito difíceis, parecia que nos estava a falar algo”. Ainda segundo a responsável, não há grandes requisitos para entrar na marcha.

Todos os anos, a coletividade abre candidaturas para marchantes, os quais são depois avaliados. “Nesse casting vemos se as pessoas sabem dançar, se têm ginga, presença, garra, isto é o essencial para entrar na marcha, já o saber cantar não é importante, porque isso desenvolve-se”, acrescenta Joana Lopes.

 

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