MOEDAS ABERTO AO DIÁLOGO COM OS TRABALHADORES DA HIGIENE URBANA PARA EVITAR GREVE

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa está “aberto a chegar a um acordo” com o Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores, que entregou um pré-aviso de greve durante os dias da Jornada Mundial da Juventude.

“Estou aberto a dialogar com o sindicato, com todos os outros sindicatos, e é muito importante que se saiba que, na semana passada, chegámos a acordo com o STML e o STAL. Não vejo porque não conseguiremos aqui também um acordo”, disse Carlos Moedas, referindo-se aos sindicatos dos trabalhadores do município e da administração local, respetivamente.

O presidente falava aos jornalistas à margem da entrega de 64 chaves do Programa Renda Acessível, relativas a casas em Entrecampos.

O Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) entregou na segunda-feira um pré-aviso de greve no município coincidente com as datas da Jornada Mundial da Juventude, assegurando que está aberto ao diálogo com a Câmara de Lisboa.

O presidente da Câmara de Lisboa frisou que os trabalhadores da Higiene Urbana sabem que o presidente “está do lado deles” em todos os momentos.

Vamos falar…

“Vou falar, dialogar, vamos resolver a questão. Penso que vamos chegar [a acordo] porque é um momento tão importante para a cidade. Penso que se há trabalhadores que sabem que estou com eles, sabem que estou aberto a chegar a acordo”, salientou.

Carlos Moedas acrescentou que, a um mês da Jornada Mundial da Juventude, a câmara “deu o exemplo”, tendo “tudo preparado”.

“Agora é a união – unidos num momento único para a cidade. Estou aberto a dialogar com o sindicato, não vejo porque não conseguiremos aqui também um acordo”, reiterou.

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Por seu turno, em declarações à Lusa, o vice-presidente do SNMOT frisou que o pré-aviso – para o período entre 01 e 06 de agosto – se dirige sobretudo a motoristas e cantoneiros, trabalhadores afetos à remoção de resíduos, mas abrange todos os trabalhadores do município.

Câmara não responde a sindicato

Segundo Manuel Oliveira, foi feito um pedido de reunião ao presidente da autarquia, no dia 23 de junho, mas, até agora, o sindicato não obteve resposta.

Em causa, explicou Manuel Oliveira, estão “situações pendentes” que “têm de ser resolvidas”, adiantando que esclarecer o conteúdo funcional dos trabalhadores afetos à remoção de resíduos é uma das pretensões.

“Há motoristas que andam com veículos desacompanhados, podendo colocar em causa a segurança de pessoas e bens, há motoristas a desempenharem funções para as quais consideramos não estarem devidamente habilitados, tem que haver formação”, exemplificou, sublinhando que estas situações “potenciam o acidente”.

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