A Associação de Moradores da Praça das Águas Livres, nas Amoreiras, Lisboa, lançou uma petição pública para impedir a construção de um novo edifício do Ginásio Clube Português (GCP) para preservar o «descanso dos moradores».
A Associação de Moradores da Praça das Águas Livres, após ter apresentado várias queixas à Câmara Municipal de Lisboa e à Polícia Municipal, por causa do ruído provocado pela prática de padel no Ginásio Clube Português (GCP), lançou uma petição pública para evitar a construção de um novo edifício do GCP.
Os moradores queixam-se, na petição agora tornada pública, que o ruído das bolas e dos praticantes da modalidade incomoda a vizinhança «entre as 10h e as 23h», da destruição feita aos espaços verdes e pretendem que haja uma regulamentação da prática de padel junto de habitações e, ainda, a definição de regras para o estacionamento das zonas residenciais após as 19h e aos fins de semana.
Recorde-se que, durante a reunião publica descentralizada da Câmara de Lisboa, realizada a 10 de julho, os moradores já se tinham manifestado contra a existência dos courts de padel no Ginásio Clube Português.
Na altura, um munícipe, residente na zona, lembrou que os moradores já tinham interposto uma ação judicial, tendo o tribunal determinado, segundo este morador, que os jogos de padel só podiam funcionar entre as 8 e as 20 horas nos dias úteis, tendo o tribunal reconhecido aos moradores o direito ao descanso.
Em resposta, o então vereador Manuel Salgado informou que deu instruções aos serviços municipais, para efetuarem a medição de ruídos, mas que ainda não dispunha dos resultados.
Manuel Salgado informou, também, ainda que a confirmar-se que os valores do ruído ultrapassam os valores estabelecidos na lei, a Câmara pode sempre limitar os horários de funcionamento do padel nestas instalações do Ginásio Clube Português.
No entanto, apesar das explicações da edilidade, a associação de moradores, além de considerar exagerada a volumetria do futuro edifício, refere que este não tem a «mínima integração com os monumentos circundantes», o Aqueduto das Águas Livres e o Bloco das Águas Livres.
Segundo os moradores, o novo edifício vai representar um acréscimo na ordem dos 3.000 utentes para o GCP o que dificultará o estacionamento nas imediações dos prédios que já é caótico.