António Sala: “Agora ouço fantasticamente!”

António Sala, uma das personalidades mais icónicas da rádio e televisão portuguesas, sempre teve na comunicação a sua maior paixão. No entanto, nos últimos anos, começou a enfrentar um desafio que o afetava no seu dia a dia e na forma como se comunicava com os que o rodeavam.

Os primeiros sinais das dificuldades auditivas

“Antes sentia dificuldades no meu dia a dia. Era complicado entender as pessoas nas conversas, estar em palco ou apresentar um programa de rádio ou TV”, partilha António Sala. Mas os desafios iam além da sua vida profissional, estendiam-se também às atividades simples, como ir às compras ou atender uma chamada telefónica, era muito frustrante como o próprio descreve:

“Estava sempre a pedir para repetirem o que diziam e a minha família queixava-se que colocava o som do televisor excessivamente alto. Passei por alguns momentos nada agradáveis.”

A decisão que mudou tudo

Para António Sala, ignorar o problema nunca foi uma opção: “Não faz parte da minha personalidade o ‘deixar andar’, ou pensar que ‘já não há nada a fazer’, ou pior ainda – resignar-me às minhas dificuldades auditivas. Nada disso!”.

Determinado a encontrar uma solução, recorreu assim à AudiçãoActiva e, com a ajuda dos especialistas em aparelhos auditivos, encontrou a solução ideal para si. Os benefícios foram imediatos: “Agora ouço fantasticamente! Estes aparelhos fazem toda a diferença e já não me imagino sem eles.”

Aproveitem todos os sons da vida

Hoje, António Sala partilha a sua experiência para incentivar outros a não adiarem o cuidado com a audição. “Dou o meu testemunho sincero como utilizador de aparelhos auditivos e recomendo vivamente que cuidem da vossa audição e aproveitem todos os sons da vida.”

 

 

Lisboa vai inaugurar iluminações de Natal no dia 22 de novembro

A partir do próximo dia 22 de novembro, com cerimónia de inauguração às 18h30, no Terreiro do Paço, Lisboa transforma-se num céu de luz e de imaginação, com o acender das tradicionais iluminações de Natal.

Este ano as iluminações natalícias na cidade de Lisboa totalizam um percurso com 182 km de luz, o equivalente a mais de três voltas à cidade. Estarão distribuídas por 46 locais, entre praças, ruas e avenidas da cidade, proporcionando um ambiente festivo, através da instalação de 1.050 estruturas luminosas, compostas por 5.900 peças decorativas.

Iluminações sustentáveis

Com tecnologia LED, o projeto que vai ser concretizado nas ruas de Lisboa garante uma poupança energética de cerca de 80%, aliando beleza e sustentabilidade. “As iluminações de 2025 reforçam o compromisso ambiental de Lisboa, também através da utilização de materiais recicláveis e biodegradáveis, tendo muitas estruturas sido reaproveitadas de anos anteriores, verificando-se igualmente uma aposta no uso de energia solar nas instalações”, refere a CML.

A organização desta iniciativa resulta da habitual colaboração entre a Câmara Municipal de Lisboa e a UACS – União das Associações do Comércio e Serviços.

Lisboa, cidade luz

Entre as diversas atrações de que os lisboetas e os visitantes poderão usufruir, destaca-se o icónico Pinheiro de Natal, instalado na Praça do Comércio, com 30 metros de altura.

Na Rua Garrett, nuvens de luz dourada irão flutuar sobre a rua, enquanto na Rua do Ouro nuvens douradas e estrelas cintilantes prometem transformar esta artéria num firmamento encantado. Já na Rua do Carmo, uma sequência de arcos de luz criará um túnel luminoso, onde a luz e a música se irão fundir.

A emblemática Rua Augusta irá vestir-se de árvores e nuvens luminosas que deslizarão sobre os transeuntes e a Praça de Luís de Camões ganhará uma nova vida com uma instalação monumental inspirada num palácio festivo, ponto de encontro para fotografias e momentos inesquecíveis.

A inauguração das iluminações de Natal acontece no dia 22 de novembro, sábado, numa cerimónia de inauguração agendada para as 18h30, no Terreiro do Paço. Este momento contará com um Espetáculo de Luz e Orquestra com efeitos de pirotecnia, com a participação especial da cantora Sara Correia.

Marco Almeida promete aliar a história e tradição de Sintra com a modernidade

Marco Almeida tomou posse este sábado, 1 de novembro, como novo presidente da Câmara Municipal de Sintra, pondo término a 12 anos de governação socialista no concelho. O novo presidente encara o novo desafio “como quem pega no leme de um navio coletivo que enfrenta uma tempestade”, mas “guiado pela bússola da esperança e pelo farol do bem comum”.

A cerimónia da tomada de posse de Marco Almeida, realizada no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, contou com a presença de várias figuras de destaque do PSD, entre elas Pedro Passos Coelho, Manuela Ferreira Leite e de cinco presidentes de câmaras da AML, nomeadamente de Lisboa (Carlos Moedas), Oeiras (Isaltino Morais), Loures (Ricardo Leão), Cascais (Nuno Piteira Lopes) e Mafra (Hugo Moreira Luís), que o novo autarca descreveu como “parceiros essenciais para a construção firme de um caminho que resolva os problemas comuns da área metropolitana de Lisboa”.

“É com profunda honra e sentido de responsabilidade que assumo a presidência da Câmara Municipal de Sintra”, afirmou Marco Almeida no discurso de tomada de posse.

O autarca sublinhou que o a tomada de posse simboliza um momento que traduz “um compromisso com todos os que acreditam que é possível mudar Sintra, erguendo pontes sobre as dificuldades e abrindo janelas para o futuro”, acrescentando que encara o novo desafio “como quem pega no leme de um navio coletivo que enfrenta uma tempestade”, mas “guiado pela bússola da esperança e pelo farol do bem comum”.

Para os próximos quatro anos de mandato, Marco Almeida reafirmou o compromisso de levar a cabo uma liderança “centrada na proximidade, na valorização do território e na qualificação dos serviços públicos”.

Basílio Horta no centro dos elogios

O novo presidente destacou ainda o trabalho do seu antecessor, Basílio Horta (PS), presente na cerimónia, reconhecendo-lhe “o exemplo e o empenho” demonstrados ao longo dos últimos mandatos. “Agradeço a dedicação ao serviço e o contributo que deu ao nosso concelho, em especial nas áreas da saúde e do ensino superior”, afirmou, referindo-se à construção do Hospital de Sintra e à vinda de um polo do ISCTE para a vila de Sintra e de um outro da Universidade Católica.

“Permitam-me, antes de mais, dirigir uma palavra de sincero reconhecimento ao Dr. Basílio Horta, presidente de Câmara cessante. Quero agradecer-lhe a dedicação ao serviço público e o contributo que deu ao nosso concelho, sobretudo em duas áreas decisivas. A saúde, com a aposta na construção de novos equipamentos, e o ensino superior, com a fixação de duas instituições académicas de referência, o ISCTE e a Universidade Católica, cujas reitoras agradeço a presença, instituições que são verdadeiros faróis do saber e da inovação e que iluminam o caminho do nosso futuro coletivo”.

“A democracia local constrói-se como um edifício sólido, pedra sobre pedra, com o esforço de todos os que servem Sintra. Dr. Basílio Horta, obrigado também pelo exemplo, obrigado mesmo”, reiterou.

Marco Almeida também não esquece o trabalho desenvolvido pelo presidente cessante da Assembleia Municipal, Sérgio Sousa Pinto, agradecendo-lhe “a dignidade que emprestou ao cargo que exerceu durante estes últimos anos”, aproveitando para saudar e endereçar as boas-vindas ao “meu amigo, Dr. Fernando Seara (novo presidente deste órgão municipal) um obrigado sincero por estar ao meu lado na defesa de Sintra e dos Sintrenses”.

Apoio do Governo

Marco Almeida contou com a presença de um ex-primeiro-ministro (Passos Coelho) e de várias figuras de relevo do PSD na sua tomada de posse. O autarca agradeceu a Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação e dirigente do PSD, “todo o apoio prestado” durante a campanha, lembrando que acredita no “apoio do Governo que muito desejamos para resolvermos problemas estruturais do nosso concelho”.

O novo edil sintrense agradeceu ainda a Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, “força amiga nesta caminhada que agora começa e cujo compromisso com esta candidatura foi total. Esta vitória também é sua pela coragem com que a abraçou, muito obrigado”.

“Sintra é um mosaico de contrastes, uma sinfonia onde o urbano e o rural, o natural e o humano, tocam em harmonia. É um jardim de histórias antigas e sementes de futuro, onde o património e a criatividade se entrelaçam. É essa riqueza que nos inspira a construir um novo ciclo de desenvolvimento, onde o progresso seja um rio que corre para todos, respeitando a nossa história secular e o nosso meio ambiente como raízes que sustentam o tronco do nosso futuro coletivo”, sublinhou.

Para mudar o concelho, todos são necessários, diz Marco Almeida, garantido que irá reforçar a Câmara com mais meios. “Quero, por isso, expressar o meu profundo reconhecimento aos funcionários da Câmara Municipal de Sintra, que diariamente mantêm acesa a chama do serviço público. São eles o motor da administração local, as engrenagens invisíveis que fazem mover a máquina do município. Terão mais recursos, maior proximidade à gestão que lidero e encontrarão em mim um aliado firme nesta travessia coletiva”.

Requalificação urbana a caminho

O autarca reforça ainda que vai trabalhar lado a lado com todos os presidentes de junta, para que conjuntamente trabalhar pela melhoria dos espaços públicos de cada uma das freguesias.

“Um dos nossos grandes desígnios é cuidar da casa que é de todos. O nosso espaço público. E convoco os presidentes de junta eleitos para este grande desafio. Contam comigo para que as vossas localidades e as vossas freguesias possam ter um espaço com muita dignidade”, insta, acrescentando que é objetivo melhorar a qualidade de vida no concelho.

“Queremos uma Sintra mais bonita, mais funcional e mais humana. Com praças que respirem vida, ruas que acolham quem por elas circula e jardins que sejam o pulmão verde das nossas comunidades. A requalificação urbana não é apenas estética, é um espelho da alma de um povo que quer viver com dignidade e orgulho no seu território. E assim faremos”.

Em simultâneo, “reforçaremos o nosso compromisso em apoiar os parceiros locais, os braços que dão vida à nossa comunidade. Escolas, associações culturais, desportivas, sociais e as empresas contarão também com o nosso apoio. A força de Sintra está nas suas raízes humanas, no trabalho conjunto de quem, todos os dias, tece a rede da solidariedade, da justiça e do emprego”.

Novas estradas

Para Marco Almeida, a mobilidade será outro eixo essencial, até porque Sintra não soube acompanhar a necessidade urgente de responder aos problemas rodoviários registados no território.

“Sintra parou, mas vai ter de mudar nesta área. É urgente desatar os nós que travam o movimento do nosso concelho. Vamos apostar em novas vias rodoviárias que garantam fluidez e segurança, e em melhores transportes públicos que liguem os sintrenses à realidade em que vivem e no trabalho e no lazer.

Uma Sintra moderna não pode ser prisioneira de engarrafamentos nem prisioneira da distância, tem de ser um território de pontes, não de muros, um espaço conectado que aproxima pessoas e que lhes dá mais tempo para o lazer”.

Para mitigar as entropias na mobilidade, o autarca promete investimentos prioritários, como a Circular Poente ao Cacém, “um investimento que poderá chegar aos 70 milhões de euros, será uma artéria vital neste corpo que é Sintra, e outros eixos, como a Via Saloia, ganharão vida e os transportes públicos serão amigos daqueles que os procuram”.

Famílias são prioridade

No entender de Marco Almeida, nenhuma mudança será verdadeira se não houver um investimento nas pessoas, “se não valorizarmos aquilo que é o coração que faz pulsar a nossa comunidade: as famílias”.

“Não é aceitável que existam casas onde as paredes se derrubam para caberem mais sonhos, ou garagens que se tornaram abrigo precário de esperanças cansadas. Vamos corresponder às expetativas dos sintrenses no que respeita à oferta pública e privada de habitação”.

A segurança e o direito ao descanso dos munícipes também estão no radar de Marco Almeida. “Não é também aceitável que o descanso seja roubado pelo ruído que devora a noite por bares que funcionam à margem da lei. Não é aceitável que parques e jardins, que deviam ser templos de convivência, estejam tomados pela indiferença, que sejam capturados por grupos que nada respeitam”.

Esta nova câmara “fará chegar os seus serviços a todo o território, como uma corrente de equilíbrio e justiça, garantindo o bem-estar dos nossos concidadãos e das suas famílias. Fará isso com mão firme”.

Ação social

Marco Almeida assume que as famílias estarão no centro das suas ações políticas, prometendo, “já no próximo ano”, o avanço de programas de apoio à aquisição de material escolar, bolsas de estudo, apoio ao pagamento de rendas, um plano de saúde municipal e um contributo ao pagamento de prestações em lar. “Dotaremos estes programas com cerca de 20 milhões de euros do orçamento municipal para que a esperança seja uma realidade para muitos daqueles que aqui vivem. Ninguém ficará para trás”.

“Estes serão alguns dos alicerces de uma Sintra mais solidária, onde a transparência e a equidade são as colunas mestras da nossa ação”.

Ainda na área da ação social, o autarca compromete-se a reforçar o apoio à infância, “com creches e oportunidades, porque cada criança é uma semente de futuro que merece solo fértil e luz para crescer”, mas também na criação de equipamentos para os idosos: “Estaremos ao lado dos nossos seniores, as raízes que sustentam a árvore da nossa identidade, valorizando a sua experiência e garantindo-lhes o respeito e a dignidade que merecem com a ampliação de rede de lares”.

Revisão do PDM

A terminar, Marco Almeida promete pôr em prática um plano de desenvolvimento que assenta na valorização da “terra” e da linha costeira de Sintra, com recurso à alteração do Plano Diretor Municipal (PDM).

“Queremos projetar Sintra para o futuro, erguendo as velas da inovação e navegando com o vento da sustentabilidade. Apostaremos numa economia do conhecimento, no empreendedorismo e na transição digital e ambiental”, revela, acrescentando: “Apostaremos, pela primeira vez na nossa história comum, no valor da terra e na oportunidade dos nossos 28 quilómetros de costa. Faremos isto a partir da revisão urgente do Plano Diretor Municipal. Este instrumento de gestão do território tem de servir todos sintrenses e não apenas alguns. O nosso território tem de ser um espaço de oportunidade para os que aqui vivem, para aqueles que querem viver e para aqueles que aqui procuram investir”.

Para o novo presidente sintrense, o território vai ser “um farol da modernidade, um território onde tradição e futuro caminham lado a lado como o sol e a serra que nos definem”.

Executivo municipal e AM

O novo executivo municipal de Sintra é composto por 11 membros: quatro da coligação PSD/IL/PAN (Marco Almeida, Andreia Bernardo, Eunice Baeta e Francisco Duarte), quatro do Partido Socialista (Ana Mendes Godinho, Bruno Parreira, Filomena Pereira e Eduardo Quinta Nova) e três do Chega (Rita Matias, Anabela Macedo e Ricardo Pinto).

A sessão contou também com a presença dos eleitos para a Assembleia Municipal de Sintra, e dos presidentes das 15 freguesias e uniões de freguesias do concelho.

No final da cerimónia, realizou-se a primeira reunião da nova Assembleia Municipal, que procedeu à eleição da sua mesa. Fernando Seara (PSD) é novo presidente deste órgão autárquico sucedendo a Sérgio Sousa Pinto (PS).

A coligação PSD/IL/PAN conquistou a eleição de 11 membros eleitos, enquanto que o PS passou de ser a força mais votada na anterior eleição para ocupar agora o segundo lugar nos eleitos na Assembleia Municipal, mas com o mesmo número de representantes (11).
O Chega conta com 9 membros eleitos, marcando o início oficial do novo
ciclo autárquico.

 

Hugo Martins anuncia descida do IRC e a construção de 420 casas de habitação pública

Com o seu discurso a ecoar pela revibração própria da sala dos claustros do Mosteiro D. Dinis, Hugo Martins fez um retrato da obra deixada no último mandato e das perspetivas para os próximos quatro anos. O autarca anuncia a vinda de projetos significativos para a vida dos munícipes, como a construção de 420 casas de habitação pública, o passe gratuito para os maiores de 65 anos, a descida do IRC para os valores mínimos, mas aproveita para incitar os democratas a baterem-se pelos valores certos, ao arrepio da “gritaria” da extrema-direita.

Debaixo de uma forte ovação, Hugo Martins foi formalmente empossado como presidente de Câmara Municipal de Odivelas, naquele que será o seu último mandato à frente dos destinos do município.

A cerimónia da tomada de posse dos novos Órgãos Municipais de Odivelas para o quadriénio 2025-2029, realizou-se no dia 31 de outubro, no Mosteiro de Odivelas.

Hugo Martins começou por homenagear os primeiros presidentes da Câmara de Odivelas, Manuel Varges e Susana Amador, ambos do Partido Socialista, mas também o “estimado amigo” Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, e Sónia Paixão, vice-presidente do município de Loures.

O reeleito autarca assumiu sentir “uma profunda emoção” e “renovada sentido de compromisso” deste terceiro mandato como presidente da CMO. “Faço-o com a consciência do caminho percorrido e dos desafios existentes, com a convicção da responsabilidade de honrar a confiança que os odivelenses depositaram em mim e no projeto político que tenho a honra de liderar”.

Hugo Martins lembrou os presentes que “foi nas ruas deste concelho que fui construindo a minha personalidade”, mas também onde aprendeu os valores da responsabilidade, a importância da solidariedade e o mérito do trabalho de equipa, “valores que guiam o meu trabalho todos os dias como autarca, mas também como cidadão”.

Para o autarca, essa foi também a essência da vitória alcançada no dia 12 de outubro. “Foi uma vitória que reconhece um projeto assente no trabalho, na estabilidade e na confiança, mas que acima de tudo me responsabiliza perante todos os munícipes. Foi uma vitória que envolveu centenas de pessoas, autarcas técnicos e colaboradores, que diariamente tornam possível uma maior coesão e progresso do território. E foi também uma vitória da democracia local, da participação cívica e do respeito pelas diferentes opções ideológicas”.

Aos mais de 40% dos eleitores que confiaram novamente no Partido Socialista “deixo o meu profundo agradecimento”. Aos que preferiram outra escolha, “quero deixar a garantia de que estarei, como sempre, ao serviço de todos”

Até porque, reforça Hugo Martins, o papel do presidente de câmara é ouvir, é agir, é acima de tudo, saber unir, sem distinções, porque “é a ele que cabe a responsabilidade maior de estabelecer pontes, gerar sinergias e congregar vontades, fazendo da pluralidade e do diálogo uma atitude constante em torno do interesse superior da população do concelho de Odivelas”.

Destas eleições, retira-se a leitura política de que Odivelas reconheceu o trabalho realizado nos últimos quatro anos. “Foram quatro anos de evolução e crescimento para o nosso município. Foram quatro anos com muitos desafios inesperados e com muitas conquistas, onde mostrámos que é possível governar com estabilidade, com planeamento e visão estratégica, sem perder a proximidade com as pessoas e com as instituições”.

Obra feita

Segundo o edil, ao longo deste período, Odivelas evoluiu muito, de facto. “Construímos três novas escolas, três novos pavilhões desportivos e projetámos quatro novas unidades de saúde”

Na perspetiva de Hugo Martins, os resultados alcançados demonstram a confiança num projeto “que continua a apoiar as famílias, com a redução de impostos, com uma distribuição gratuita de fichas e kits escolares, com uma comparticipação para o passe Navegante, e com múltiplas iniciativas desportivas, cultuares, juvenis e promoção do envelhecimento ativo”.

“Fomos um município que reforçou, sem paralelo, a coesão social, que apoiou como nunca o movimento associativo do concelho, realizou um investimento histórico na habitação, construiu novos parques e zonas de lazer”, assinala o autarca.

Rigor nas contas

A obra realizada traduz uma governação “sem improviso, com organização e rigor, cumprindo com a palavra, mesmo quando o contexto foi bastante adverso, mas em virtude da solidez financeira alcançada ao longo os anos, fruto de uma gestão rigorosa e criteriosa”, mas também da “coerência entre o dissemos e que fizemos”, que consolidou a relação de confiança entre a autarquia e os odivelenses.

Responder aos desafios de hoje

Todos sabemos que o país e o mundo atravessam tempos difíceis. As autarquias enfrentam desafios crescentes: habitação, mobilidade, sustentabilidade, gestão dos recursos, na reposta às novas dinâmicas sociais e demográficas.

“Mas tem sido precisamente nos momentos de maior incerteza que o poder local tem afirmado a sua vitalidade e o seu poder de resposta. Queremos voltar a fazê-lo nos próximos 4 anos, através de uma agenda transversal e inovadora, que continuará a colocar as pessoas no centro da ação municipal, afirmando Odivelas como um lugar que é bom para viver, bom para estudar, bom para trabalhar, investir e visitar”.

Construção de escolas, creches e pavilhões desportivos

Na Educação, Hugo Martins faz o retrato da obra feita e daquilo que está a nascer. “Depois da Escola Básica do Mosteiro, do Jardim de Infância Alcina Beatriz Pacheco e da Escola Básica Maria de Lurdes Pintassilgo, construiremos a Escola Básica Integrada de Casal dos Apréstimos, bem como a ampliação e uma requalificação profunda em 10 escolas do concelho”. “Criaremos ainda 2 mil novas vagas do pré-escolar do ensino e no primeiro ciclo e alargaremos a oferta gratuita de material escolar a todos os alunos até ao 9º ano”.

Depois dos novos pavilhões desportivos da Escola Básica Carlos Paredes e da Escola Básica D. Dinis, “concluiremos a requalificação do Pavilhão Honório Francisco, assim como lançaremos a construção do pavilhão desportivo da Escola Secundária Braamcamp Ferreira e a requalificação do Pavilhão Desportivo Municipal no Bairro Olaio”

Odivelas terá ainda dois novos complexos desportivos de investimento privado, nas freguesias de Odivelas e da Ramada, “que acompanharemos com toda a atenção”. Mas a CMO lançará ainda um terceiro complexo desportivo junto Kartódromo da Paiã, com diversos espaços para a prática de várias modalidades”.

Na área da Saúde, Hugo Martins compromete-se a concluir a construção e a requalificação de quatro equipamentos, que já estão em curso, nomeadamente Nova Pontinha, Urmeira, Odivelas Poente e Caneças, mas avança que “continuaremos a reivindicar veementemente junto do Governo mais profissionais de saúde para o nosso concelho”.

Mosteiro de Odivelas, a joia da coroa

O autarca comprometeu-se a continuar a cuidar do espaço público e do património cultural, com destaque para Mosteiro de Odivelas. “Muito se tem dito sobre o assumir da sua gestão por parte da autarquia, mas a verdade é que o trabalho fala por si. Hoje, este monumento nacional ganhou uma nova vida com as visitas regulares, com os diversos eventos aqui realizados, com o projeto integrado da revitalização em curso, e com a descoberta histórica da espada e do rosto de D. Dinis, que aqui se encontra sepultado. e que, com essa descoberta, colocou Odivelas no mapa nacional e internacional”.

Hugo Martins lembra, por outro lado, a vinda da Residência Universitária do ISCTE para o território, e que já acolheu, desde setembro passado, mais de 200 estudantes que aqui vieram encontrar um espaço moderno para aqui poderem estudar e qualificar-se.

Mas recorda também a construção do Parque da Cidade, nas traseiras do Mosteiro de Odivelas, cujo licenciamento passou por vários impedimentos, mas que é hoje uma das obras mais acarinhadas pelo autarca. “O Parque cresce todos os dias e vai tornar-se no grande espaço verde e lazer que os odivelenses há muito ambicionavam”.

Hugo Martins salienta ainda o compromisso sólido com a coesão social, destacando a requalificação da Obra do Padre Abel, onde será instalado o Centro de Reformados e Pensionistas de Caneças e a construção das novas casas mortuárias, que já estão em curso, mas também a aposta do município ao incentivo ao investimento local, “através da Aginvest, a nossa agência de investimento e de desenvolvimento económico, e do novo Hub das Patameiras, apoiando os nossos empresários e do investimento no concelho”.

Na segurança, o edil mostra-se orgulhoso de se ter batido pela construção de um megadivisão da PSP em Odivelas e promete que as obras irão ser iniciadas muito brevemente, bem como a continuidade do programa de instalação de câmaras de videovigilância em zonas específicas do território.

420 fogos municipais

A habitação é o maior desafio coletivo do país. Mas Odivelas tem um plano para debelar este problema, segundo Hugo Martins. “Através do investimento municipal direto, de programas de financiamento e de colaboração com o IRU, com cooperativas e o privado, vamos reabilitar, construir e adquirir 420 novos fogos, reforçando o parque habitacional municipal. Em paralelo, lançaremos programas de renda acessível jovem, para que Odivelas possa dar o seu contributo digno à habitação”.

Passes gratuitos para os maiores 65 e descida do IRC

Depois de todos os municípios da área metropolitana de Lisboa terem garantido o passe gratuito para os jovens até aos 25 anos, Odivelas irá dar “mais um passo importante”, alargando esta gratuitidade para todos os munícipes com mais de 65 anos, sendo, assim, o segundo concelho da AML a levar a cabo esta medida, após Lisboa ter implementado a medida.

Hugo Martins anuncia uma última medida que “fará a diferença na vida de muitos munícipes”. Até ao final do mandato, a Câmara de Odivelas vai reduzir o IMI para o valor mínimo por lei (0,3%).

Para Hugo Martins, as medidas anunciadas “não se tratam de medidas avulsas ou isoladas”, traduzem de algo mais importante: “a promoção da qualidade de vida dos habitantes e a coesão social do território”.

Recados para a extrema-direita

Sem mencionar nenhum partido em concreto, Hugo Martins fez questão de terminar a sua intervenção dando algumas alfinetadas no Chega

“Hoje é o primeiro dia do meu último mandato, mas sinto a urgência e o dever da defesa da democracia e das instituições democráticas. Os resultados nacionais das eleições legislativas e das autárquicas demonstram que muitos portugueses se sentem insatisfeitos e decidiram romper com a indiferença, juntando a voz à de aqueles que precisamente atentam contra os valores fundamentais”

Para o autarca, esta junção de forças da nova legião de descontentes com os aproveitadores desse descontentamento, constitui “a ironia suprema das fragilidades da Democracia”, nomeadamente a de alimentar quem contra ela conspira e que dela se aproveita.

“Neste mundo cada vez mais sombrio, em que forças que todos conhecemos estimulam a divisão e ódio, faço um apelo direto a cada democrata, para que possa dar o seu contributo no seu dia a dia para a defesa dos valores da liberdade, da justiça social e da solidariedade. Em tempos de ruído e da descrença, a nossa resposta só pode ser a de mais democracia, maios proximidade, e de um melhor serviço público”, incita o autarca socialista.

Por tudo aquilo que foi dito e anotado, está a agora na “hora de arregaçar mangas pelo concelho de Odivelas”, conclui.

No final da intervenção, Hugo Martins foi dar um longo abraço a Ricardo Leão, o autarca socialista de Loures e seu grande amigo, e que já explicou como se combate a extrema-direita: tirando-lhe o pão da boca com intervenções que matem a “gritaria”.

Executivo camarário

O executivo da Câmara Municipal de Odivelas será liderado pelos socialistas, que conseguiram 5 mandatos, mas não repetiram a maioria absoluta das anteriores eleições. O Partido Socialista fica com a presidência da autarquia e quatro vereadores (Hugo Martins, Rogério Valente Breia, Francisco Lourenço Baptista, Nuno Gaudêncio e Ana Oliveira Santos). O Chega foi a segunda força mais votada, tendo conseguido três mandatos (Rute Isabel, Fernando Pedroso e Duarte Vieira). A coligação AD (PSD/CDS) iguala o número de mandatos do Chega (3), conseguido a eleição de Marco Pina, Rui Teixeira e Ana Isabel Gomes.

Resultados das eleições para a Câmara Municipal de Odivelas: Partido Socialista – 40,20%, Chega – 22,23%, AD Coligação PSD/CDS – 20,70%, CDU – 6,04%, BE/Livre/PAN “Odivelas com Futuro” – 3,87%, Iniciativa Liberal – 3,73%, Volt Portugal – 0,41%.

A Assembleia Municipal vai continuar a ser presidida por Miguel Cabrita (PS). António Boa-Nova (PS) é o 1º secretário e Deolinda Martins (PSD) terá a seu cargo as funções de 2ª secretário.

Nr: Notícia atualizada às 14:14 horas de 3 de novembro

Foto: Arquivo OL

Lista apresentada pela Concelhia do PSD “é uma autêntica força de bloqueio”, acusa Daniel Gonçalves 

O social-democrata Daniel Gonçalves, presidente de junta Avenidas Novas, acusa Luís Newton e Jorge Barata – os três do PSD – de lhe terem “alterado a lista” à sua revelia e de estarem a congeminar um golpe palaciano para o obrigarem a abdicar da liderança da freguesia, impondo a pertença de Jorge Barata no seu executivo. Daniel Gonçalves assume que não aceita Barata na sua equipa e recusa a desvinculação do PSD.  Jorge Barata sugere a demissão Daniel Gonçalves e defende que o seu compromisso “é com o PSD” e não com o presidente democraticamente eleito. Luís Newton, um dos visados neste polémico processo, defende, numa indireta a Daniel Gonçalves, que no “PSD não existem projetos unipessoais de exercício de poder” e que a ação do partido “se pauta pela construção de pontes, não pela tentativa de purgas ou vinganças pessoais”.

Os ecos da guerra aberta pelo poder na freguesia Avenidas Novas continuam a ressoar bem alto e parecem não dar sinais de tréguas.

Fonte do processo consultada pelo nosso jornal explica que todo o método de escolha dos candidatos às eleições para a junta de freguesia Avenidas Novos foi, logo à partida, “inquinado por atropelos vários” e decisões internas do PSD local que punham em causa as escolhas da equipa do presidente reeleito.

A formação das listas dependia da apresentação de uma lista criteriosa feita pelo líder da lista, Daniel Gonçalves, “que foi para isso que foi convidado”, defende.

Quando se aceita alguém como cabeça de lista, no caso Daniel Gonçalves, que foi recandidato e venceu com maioria absoluta, e que fez a campanha autárquica praticamente sozinho, desconhecendo “quem fazia parte da lista”, há expetativas de vitória, porque “é uma personagem sobejamente conhecida e que capitaliza votos, e é querida pelos fregueses. Se for a qualquer lado, rapidamente se constata que as pessoas não sabem que é o (Jorge) Barata, mas sabem muito bem quem apoiam: o Daniel Gonçalves”.

De acordo com o depoimento recolhido, Daniel Gonçalves apresentou uma lista equilibrada, com pessoas da sua confiança, com competências para desempenhar as funções para as quais estavam designadas.

Em entrevista ao OL, Daniel Gonçalves valida a informação recolhida pelo nosso jornal e acrescenta que apresentou a sua lista ao presidente da concelhia do PSD, Luís Newton, mas “o presidente da concelhia não deixou que a lista fosse entregue a outro elemento da estrutura partidária, fazendo questão que lhe fosse entregue a ele próprio, assinando uma cópia a reconhecer que a lista lhe tinha sido entregue”.

A partir desse momento, depois de Luís Newton ter tido conhecimento da lista apresentada por Daniel Gonçalves, o documento teria de ser submetido para aprovação à Assembleia de Secção do PSD de Lisboa, o órgão político que decide o avanço ou não das candidaturas – em termos de poder, a Assembleia de Secção do partido está situada entre a concelhia e a distrital do PSD.

Lista foi feita “à revelia” de Gonçalves

Daniel Gonçalves explica que “o aconteceu foi que não houve reunião da Assembleia de Secção. Não havendo reunião e preterindo-se um elemento fundamental, só há uma forma de salvar a lista: chegar a um consenso com o cabeça de lista, porque é a única forma de manter o rigor e a transparência de processos. E isso não foi feito”.

A lista que foi apresentada em tribunal pela mandatária do PSD, “foi feita à revelia do cabeça de lista e da qual só tem conhecimento dois depois da sua publicação”. E é daí que emerge todo este problema.

“Essa lista, para além de ter remetido todos nomes apresentados por mim para lugares secundários, é uma autêntica força de bloqueio, ou seja, são pessoas que têm um projeto de poder pessoal, que nada têm a ver com o PSD, e que estão em conluio contra mim”, acusa o autarca.

Usar e deitar fora

Daniel Gonçalves explica que todo o processo esteve “inquinado” com o objetivo de o afastarem da liderança da junta, usando a sua imagem (e prestígio) para ganhar as eleições.  “O cabeça de lista é a imagem que ‘vende’ para capitalizar votos. E eles, como não são conhecidos e jamais teriam o voto popular, entram na onda, não aparecem, deixam o cabeça de lista fazer a campanha para ganhar as eleições, como acabou por acontecer, ainda por cima ganhando por maioria. No final das contas, o presidente de junta eleito vê-se confrontado com o facto de ter uma equipa que lhe é totalmente hostil”.

Daniel Gonçalves sublinha que, dentro deste processo, tentou negociar a escolha “dos elementos impostos menos maus” e sublinha que, dentro “destes elementos menos maus”, ao aceitarem fazer parte de uma lista, “têm de se conformar com o programa e as ideias que o líder transmite à população e que foram sufragadas nas eleições”.

Quanto ao facto de os eleitos terem anunciado a sua renúncia sem terem tomado posse, Daniel Gonçalves diz que estas “demissões” são “surreais”, uma vez que os elementos já tinham assumido o compromisso prévio, automaticamente assumido, ao aceitarem fazer parte da lista.

Imposição de Jorge Barata para provocar a queda do executivo

Segundo explicação do autarca, acabou por aceitar três dos quatro dos candidatos propostos, mas o quarto “era absolutamente impossível de lidar com ele: o Jorge Barata. Eles, ao negociarem a desistência prévia de dois deles, queriam impor o candidato Jorge Barata”

Daniel Gonçalves mostra-se surpreendido com a desistência “sem sentido” de Miguel Torres – da qual resultou todo o imbróglio -, até porque estaria na calha para integrar a equipa.

Contudo, aquilo que Miguel Torres fez “não tem sentido”, pois “está a abdicar previamente de um lugar que ainda não tinha”.

“Em termos formais, aquilo que ele deveria fazer era ser eleito e, depois da eleição, alegar os motivos que entendesse para renunciar. Só depois eu decidiria o que fazer, nomeadamente se o iria substituir ou não”.

A subversão legal de tudo está na própria lei das autarquias locais (artigo 9º e no 24º) que refere que o cabeça de lista mais votado preside para efeitos de nomeação do executivo, lendo depois a lista sufragada, e é ele que escolhe dentro da lista dos eleitos quem quer para integrar na sua equipa.

A partir do momento em que dois elementos assumem que não estão interessados em integrar o executivo, os restantes, que ficam à escolha do presidente, inviabiliza-se o executivo, porque “o que restava era o Jorge Barata”, um nome totalmente vetado por Daniel Gonçalves.

O autarca alega que Jorge Barata “para além de não mostrar compromisso, para além de ser desleal comigo, também andou em conversações paralelas com o CDS e a IL, fazendo diplomacia paralela, subvertendo a hierarquia”, pois esses contactos “teriam de ser feitos por mim e não por alguém que não merece a minha confiança, nem tão-pouco foi sufragado pelos eleitores”, atira.

“O objetivo desta campanha contra mim é manietar a minha ação, obrigando-me a renunciar, para eles ficarem a governar, ou melhor, a desgovernar a junta de freguesia Avenidas Novas durante estes quatro anos sem terem sido sufragados pelo voto popular”.

Apesar do epicentro de todo este imbróglio ter brotado das entranhas do seu próprio partido, Daniel Gonçalves manifesta vontade em continuar a ser militante do PSD, pondo de lado a hipótese de entregar o cartão do partido e assumir-se como independente. “Entendo que tenho um compromisso com os fregueses e com o eleitorado que confiou em mim, repito: confiou em mim, porque os outros não foram apresentados e o eleitorado desconhece quem eles são. Como tal, tenho a obrigação de fazer tudo quanto esteja ao meu alcance em prol dos fregueses. É isso que me move”.

Cópia do acordo em falta

Daniel Gonçalves revela que pediu uma cópia do acordo assinado entre os partidos da coligação (PSD/IL/CDS) a Luís Newton, mas o presidente da Concelhia do PSD Lisboa “disse que iria dar-me o documento, mas nunca o deu”.

“Para meu espanto, neste momento, continuo sem ter uma cópia do acordo. A única informação a que tive acesso foi dos lugares que pertencerão ao PSD, à IL e ao CDS. Contando comigo, o PSD tem 5 elementos, a IL um e o CDS outro. Mas, como não vi o documento, nem sei há alguma cláusula que permita alterar essa escolha”.

“Isto para explicar que o Luís Newton não enviou o acordo de coligação, para me manietar e me deixar às cegas em todo o processo”.

Agora, Daniel Gonçalves clama pela resolução do imbróglio e que o deixem governar, sem ser rasteirado.  “Vamos tentar ouvir os pareceres jurídicos para se chegar a algum lado. Não me esqueço do meu compromisso de honra para com os fregueses que me elegeram e vou ter de arranjar um executivo que possa governar sem a possibilidade de ser derrubado por golpadas”.

Jorge Barata apresenta versão dos factos

O nome de Jorge Barata é várias vezes apontado a dedo neste processo kafkiano. Em sua defesa, o visado, que é presidente do Núcleo B do PSD de Lisboa, que engloba as freguesias Avenidas Novas, Alvalade e Areeiro, apresenta ao OL a sua versão dos acontecimentos.

“Foi apresentada uma lista ao sr. presidente Daniel Gonçalves onde se declara que dois dos elementos mostraram indisponibilidade para integrar o executivo (Paulo Lopes e Miguel Torres). Se o presidente quiser assinar o acordo que foi assinado em coligação, que determina a integração de cinco elementos do PSD, um do IL, um do CDS, existindo outro nome do PSD, que é o meu”.

“Se o senhor presidente continuar a insistir que quer obrigar um elemento, que não pode aceitar por motivos académicos, a entrar no executivo está a cometer uma inconstitucionalidade, porque não podemos obrigar alguém a assumir uma lista – isto não cabe na cabeça de ninguém”.

Neste momento, Jorge Barata insiste que tem disponibilidade para integrar o executivo. “Se o presidente não quer o meu nome, que resolva. O acordo é muito claro e é para ser cumprido. O presidente da junta, Daniel Gonçalves, é que tem de assumir as consequências, não é o Jorge Barata”.

O vogal que está na mira de Daniel Gonçalves esclarece que, neste momento, “não há mais ninguém disponível. Os dois elementos não estão disponíveis e só sobra um nome, que sou eu”, reitera.

Barata sugere a Gonçalves a criação de um “movimento independente”

Jorge Barata refere que Daniel Gonçalves “não tem razão” quando diz “que os nomes lhe foram impostos”, pois as listas “foram votadas e seguiram os regulamentos e os estatutos do PSD. Foram aprovadas pelo Núcleo B, a Comissão Política de Lisboa e Comissão Distrital do PSD”.

No início do processo, Daniel Gonçalves manifestou a sua pronta discordância com os nomes que constavam na lista, porque não incluía os nomes por ele propostos. Jorge Barata responde que os eleitos representam um partido e “não pessoas”, alegando que o presidente de junta teria que negociar diretamente com as estruturas locais do partido ou “renunciar à candidatura”, constituindo “um movimento independente” para concorrer às eleições.

E dá como exemplo o caso de Mafra, em que o social-democrata Hugo Luís Moreira se desvinculou do PSD para se candidatar como independente. “O Hugo não aceitou a decisão democrática do PSD de Mafra nomear outro candidato, foi à sua vida e até ganhou as eleições”.

Para Jorge Barata, Daniel Gonçalves poderia ter seguido esse caminho, isto é, apresentar a renúncia da sua candidatura.

Questionado sobre as razões se insistir na possibilidade de vir integrar um executivo liderado por um presidente que não o quer na sua equipa, Jorge Barata clarifica que o seu compromisso “é com o PSD” e “não com Daniel Gonçalves”. “Eu estou aqui pelo meu partido, não é pelo Daniel Gonçalves. Acredito que o meu passado autárquico fala por mim e que estou pronto”, conclui.

Newton contra-ataca

Ao “Olhares de Lisboa” Luís Newton, um dos visados em todas estas polémicas, reafirma que os nomes indicados pelo PSD para as diversas listas foram decisões coletivas e não pessoais, salientando que “um presidente eleito não pode obrigar alguém a assumir funções contra a sua vontade e mesmo utilizar o seu nome, contra a sua vontade”.

Em sua defesa, Luís Newton argumenta que “a mesma situação está a ter lugar na instalação dos órgãos da Junta de Freguesia dos Olivais e, presumo, não me irão acusar de estender a minha influência a uma junta ganha pelo Partido Socialista”.

O antigo autarca da Estrela recorda que as “decisões no PSD são tomadas nos órgãos próprios e não são resultado de vontades pessoais. Quanto ao “projeto pessoal” que estou a “arquitetar”, gostaria, genuinamente, de ter algumas pistas sobre ele porque não me ocorre nenhuma”.

Numa indireta muita direta a Daniel Gonçalves, Newton, em declarações exclusivas a Olhares de Lisboa, faz questão de lembrar que “um candidato não é uma instituição. O PSD, em si próprio, é que é uma instituição e que se faz representar, nos termos estatutários, pelos seus órgãos eleitos. No PSD não existem projetos unipessoais de exercício de poder e a nossa ação pauta-se pela construção de pontes, não pela tentativa de purgas ou vinganças pessoais. Todos fazemos falta”.

Entretanto, o nomeado presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia constituída ad hoc, Luís Goes Pinheiro, convocou para esta segunda-feira, às 20H30, no Pavilhão Nossa Senhora de Fátima, uma nova reunião de “continuação da sessão da Assembleia de Freguesia das Avenidas Novas, iniciada no dia 27 de outubro“, para discussão e resolução deste problema.

NR: Notícia atualizada às 08:36 horas de 3 de novembro

Inês Medeiros tomou posse em Almada sob o signo da continuidade

Inês de Medeiros tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Almada, prometendo um mandato de continuidade, responsabilidade e rigor. Por sua vez, João Couvaneiro, o novo presidente da Assembleia Municipal, salientou que “a liberdade não é uma herança garantida, mas um trabalho diário e partilhado”, defendendo um mandato marcado pelo diálogo e pelo compromisso com a democracia local.

A cerimónia de instalação dos órgãos municipais de Almada para o mandato 2025-2029 realizou-se na passada quinta-feira, 30 de outubro, no Grande Auditório do Instituto Universitário Egas Moniz, no Monte de Caparica, marcando o início de um novo ciclo autárquico em Almada.

No evento, Inês de Medeiros foi empossada como presidente da Câmara Municipal de Almada, dando início ao seu novo mandato. Foram igualmente empossados os restantes vereadores do executivo: Luís Palma, Carlos Magno, Ivan Gonçalves, António Matos, Filipe Pacheco, Paulo Sabino, Nuno Mendes, Francisca Parreira, Helena Azinheira e Beatriz Ferreira, esta última em substituição de Hélder Silva.

Na Assembleia Municipal, João Couvaneiro assumiu a presidência, acompanhado por José Courinha Leitão e Ana Paula Silva, eleitos respetivamente como primeiro e segundo-secretários da mesa.

A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, referiu na cerimónia de instalação dos novos órgãos municipais que em Almada não há espaço para discriminação, ódio ou intolerância.

“Todos têm voz, todos têm lugar e todos devem ser tratados com dignidade”, disse frisando na sua intervenção que quer continuar a fazer de Almada uma cidade de futuro, “onde cada pessoa conta e ninguém é português de segunda, nem almadense de segunda”.

A socialista Inês de Medeiros venceu as eleições autárquicas do passado dia 12 de outubro para a Câmara de Almada, no distrito de Setúbal, obtendo 29,10% dos votos, assegurando quatro mandatos, menos um do que nas eleições de 2021.

Nova travessia do Tejo

No seu discurso de posse, na cerimónia que decorreu na noite de sexta-feira, a presidente da Câmara Municipal de Almada, que assume agora o terceiro e último mandato, disse ainda que o povo de Almada falou com clareza, dizendo que quer continuar o caminho que iniciou há oito anos.

Durante a sua intervenção, Inês de Medeiros destacou que este novo ciclo assenta em “continuidade, responsabilidade e rigor”, sublinhando que a ação municipal se pautará “por trabalho concreto, que respeite as pessoas, as regras e o território”.

“É um dia de gratidão e de responsabilidade, um dia em que renovamos o nosso compromisso com o futuro de Almada, um compromisso de trabalho sério, transparente e inclusivo”, disse adiantando que a vitória é de todos.

Segundo Inês de Medeiros, o novo mandato que agora se inicia “é um tempo de continuidade, de responsabilidade e rigor, não de promessas fáceis, mas de trabalho concreto, que respeita as pessoas, as regras e o território”.

Entre as principais prioridades do mandato, a autarca apontou a reabilitação de escolas e equipamentos, o reforço da habitação pública e dos apoios à renda, o investimento em mobilidade sustentável — com o alargamento da rede do Metro Sul do Tejo, o reforço das ligações fluviais e a criação da nova travessia Trafaria–Algés —, bem como o fortalecimento da higiene urbana e a valorização cultural do concelho.

Por sua vez, João Couvaneiro afirmou que “a liberdade não é uma herança garantida, mas um trabalho diário e partilhado”, defendendo um mandato marcado pelo diálogo e pelo compromisso com a democracia local.

Os eleitos

Nestas eleições a CDU (PCP/PEV) alcançou 20,61% dos votos e três mandatos, também menos um do que nas autárquicas de há quatro anos, elegendo Helena Azinheira, Luis Palma e António Matos como vereadores.

A terceira força política mais votada foi o PSD, com 19,36% dos votos, com os sociais-democratas a reforçar a representação no executivo municipal, passando de um para dois vereadores.

O cabeça de lista do PSD eleito nestas eleições, Hélder de Sousa Silva, renunciou ao mandato pelo que foi substituído por Beatriz Brandão Ferreira, que tomou posse como vereadora assim como Paulo Sabino.

O Chega, com 18,24% dos votos, vai entrar pela primeira vez para o executivo da Câmara de Almada, com dois eleitos, nomeadamente Carlos Magno (cabeça de lista) e Nuno Mendes.

Na Assembleia Municipal de Almada, o PS também foi a força política mais votada, tendo elegido dez deputados municipais. Em segundo lugar ficou a coligação CDU com sete mandatos, seguida do partido Chega que elegeu também sete mandatos.

O PSD teve seis mandatos e ganhou uma junta de freguesia (Costa da Caparica), enquanto o Bloco de Esquerda ficou com dois mandatos e a iniciativa liberal um, entrando pela primeira vez na assembleia municipal.

Após a cerimónia de instalação do executivo da Câmara Municipal de Almada assim como dos eleitos à Assembleia Municipal, realizou-se a votação para a eleição do presidente da mesa da Assembleia Municipal.

Apenas uma lista foi apresentada, composta por João Couvaneiro (PS), como presidente, José Joaquim Leitão (PS), como primeiro secretário, e Ana Paula Alves da Silva (PS), como segunda-secretária, tendo sido eleita com 18 votos a favor, 19 votos em branco e um voto nulo.

A cerimónia contou com a presença de eleitos, representantes de instituições e diversos munícipes, num momento simbólico de renovação política e reafirmação do compromisso com o futuro de Almada.

Fotos: Luís Filipe Catarino, Florbela Salgueiro e Carlos Valadas (CMA)

Frades franciscanos alugam quartos a professores deslocados

O Convento da Luz, em Lisboa, abriu as suas portas para receber professores deslocados. Os frades franciscanos decidiram arrendar 8 quatros para fazer face às dificuldades que os docentes têm em alugar casa na Grande Lisboa.

O acesso dificultado à habitação, a preços de luxo, está a inviabilizar a vinda de professores para a Grande Lisboa, pois não conseguem pagar um quarto – e muito menos uma casa – e optam por pôr de lado a ideia de exercer a docência na capital e inclusive nos subúrbios da cidade.

Há câmaras municipais, como a de Oeiras e de Cascais, que estão a tentar mitigar a escassez de professores recorrendo à oferta de habitação pública para captar estes profissionais para as suas escolas, mas a realidade pura e dura traduz a evidência de que é praticamente impossível aceder ao mercado imobiliário aos preços atuais.

Aberto a todas as confissões  

Foi a pensar neste vedar do acesso a um bem essencial ao comum dos mortais, consagrado na Constituição, a habitação, que os frades franciscanos decidiram abrir portas do seu reduto para acolher professores deslocados (e estudantes de doutoramento), no Largo da Luz, em Lisboa, nas instalações do Convento.

A fé que professam não é um critério para serem acolhidos nesta casa. “Desde que a pessoa aceite, não fazemos qualquer exigência, nem de terem de participar em atos religiosos nem de terem um culto específico”, explica à Renascença frei Daniel Teixeira.

Frei Daniel Teixeira é o guardião da casa, o posto mais alto na hierarquia do local, e explica à rádio católica que o projeto nasceu da vontade de combater a “situação de emergência e necessidade de habitação”, tendo assim que surgiu a ideia de arrendar quatros a preços abaixo dos praticados no mercado privado — os Franciscanos já têm esta iniciativa a funcionar no Porto e em Leiria há cerca de um ano.

Cada um dos 8 quarto tem um secretária, um armário e uma casa-de-banho individual. Para se alimentaram, os hospedes poderão partilhar uma cozinha comum, estando tudo preparado para que possam preparar as suas refeições.

Exige-se silêncio

Mas os frades clamam pelo dever de obediência à lei da introspeção (do silêncio) para levarem a cabo as suas preces e orações, não sendo possível trazer pessoas de fora para pernoitar nas instalações.

De acordo com o responsável, o preço será sempre abaixo do nível de mercado, mas ajustável a cada situação. Servirá para manutenção e amortização do investimento feito no espaço.

Para o frei Daniel Teixeira, a Igreja pede-nos que saiamos da “indiferença”. Havendo espaço para fazer mais e ajudar quem precisa, “não podemos ficar instalados comodamente nos nossos conventos”.

“Não estávamos habitados a ter leigos habitualmente no nosso espaço”, reconhece o líder da casa franciscana em Lisboa sobre a abertura do local a leigos, afirmando também que este exemplo pode abrir caminho a que outras instituições façam o mesmo.

Foto de capa: Projeto e-Carnide / Inventário do património cultural de Carnide, em Lisboa

Isaltino Morais tomou posse como presidente de Oeiras

A cerimónia de tomada de posse da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal de Oeiras para o mandato 2025-2029 decorreu esta sexta-feira, 31 de outubro, às 16h, na FPF Arena Portugal, na Cidade do Futebol. A sessão marcou oficialmente o início de um novo ciclo autárquico, com a posse de Isaltino Morais como Presidente da Câmara e dos vereadores eleitos, bem como dos deputados municipais. A lista de Isaltino Morais apresentou como candidata à presidência da Assembleia Municipal a juíza desembargadora jubilada Maria do Rosário Barbosa, que deverá ser eleita na primeira reunião da assembleia, que é presidida inicialmente pelo cabeça de lista mais votado para a assembleia municipal, até que a mesa seja eleita.

Isaltino Morais voltou a ganhar a Câmara Municipal de Oeiras: desta vez com uma votação de 61,94%, tendo assim uma vitória esmagadora. Nestas eleições, a concorrer pelo movimento independente Inovar Oeiras e com o apoio do PSD, conseguiu eleger nove mandatos – mais um do que nas eleições autárquicas anteriores. E, esta sexta-feira, tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Oeiras na FPF Arena Portugal, na Cidade do Futebol – Alameda Dr. Fernando Gomes, CruzQuebrada/Dafundo.

Este momento solene marcou oficialmente um novo mandato político de Isaltino Morais como Presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Aliás, como fez questão de referir o reeleito presidente da Câmara de Oeiras, “as últimas eleições autárquicas, em Oeiras, representaram um momento histórico na vida da nossa comunidade. Nunca, antes, no nosso Concelho, uma força política tinha obtido tão expressivo resultado, 61.9%”.

Após o discurso de Elisabete Oliveira, presidente cessante da Assembleia Municipal, que recordou o trabalho desenvolvido pelórgão que dirigiu durante oito anos, o presidente reeleito recordou que “nunca antes uma força política tinha eleito 9 membros para o Executivo Municipal e 21 membros para a Assembleia Municipal – a que se somam os 5 Presidentes das Freguesias e Uniões de Freguesia, todas ganhas com maioria absoluta – outra novidade”.

Isaltino Morais fez questão de realçar que “este resultado tão expressivo ocorreu numa eleição na qual se registou uma taxa de abstenção historicamente baixa, a mais baixa do século. Esta foi a mais baixa taxa de abstenção em eleições autárquicas nos últimos 40 anos, 42,5%”.

Do ponto de vista de Isaltino Morais, este resultado tão expressivo resulta da confiança que existe “no nosso trabalho e na nossa capacidade de realização”, lembrando que existe “um consenso alargado sobre o modelo de desenvolvimento que os oeirenses pretendem ver implementado” e que “tem implicações na dimensão territorial e na dimensão socioeconómica”.

Criar empregos, criar riqueza e promover a sua justa distribuição é, na perspectiva de Isaltino Morais, a melhor forma de, a longo prazo, promover justiça e coesão social.

Segundo o autarca, “os oeirenses souberam acreditar e fazer da sua terra uma referência num País que tantas vezes parece ter perdido a capacidade de sonhar. Nós sonhamos tudo. País de Poetas, fizemos em sua homenagem um parque. Como Camões fomos sempre românticos. Acreditamos que é sempre possível ser mais”.

Novas obras

Além de continuar a apostar na habitação, educação e saúde, Isaltino Morais, na área do turismo, pretende retomar a construção do Centro de Congressos e Exposições de Oeiras, “um equipamento muito desejado por operadores turísticos e empresas em geral, e cujo projeto terá conclusão no próximo ano, faltando apenas alguns projetos de especialidade para o posterior lançamento do concurso público para obra”, salientou.

Os núcleos da cidade polinucleada, sublinhou, serão enriquecidos com o avanço da Praça da Música, em Linda-a-Velha, empreendimento de origem privada, cujo Pedido de Informação Prévia está já aprovado, estando em preparação o devido contrato de urbanização.

Esse projeto envolve o nascimento de uma praça com cerca de 10 mil metros quadrados, cujo final conhecerá uma grande sala de espetáculos, com auditório para mais de 800 lugares. Esta será a centralidade de Linda-a-Velha, conforme compromisso antigo, que sempre honramos!

Para breve, anunciou, deverá estar o lançamento do concurso público para o Rossio de Porto Salvo, com uma nova praça, a centralidade da Freguesia, onde nascerá o novo centro de saúde, bem como o novo edifício da Junta de Freguesia.

Ainda nestas novas praças, este mandato conhecerá também o desenvolvimento do projeto da antiga fundição de Oeiras, onde nascerá a maior praça do nosso Concelho e a Praça Alves Redol, agora que poderemos finalmente avançar com a passagem do estacionamento para a margem esquerda da ribeira de Barcarena, naquele local.

Novo executivo

Na Cerimónia de Instalação da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal para o Mandato 2025/2029 estiveram presentes várias individualidades nacionais e estrangeiras, designadamente o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz; a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Costa; a Juiz Presidente da Comarca de Lisboa Oeste, a Procuradora Distrital da Comarca de Lisboa Oeste, os Embaixadores da Moldávia em Portugal, Alexei Cracan, do Cazaquistão em Portugal, Jean Galiev, o Representante Diplomático do Ismaili Imama, Comendador Nazim Ahmad, e vários presidentes eleitos de Câmaras Municipais.

O Executivo Municipal de Oeiras será composto pelos vereadores eleitos do INOV: Francisco Rocha Gonçalves, Sílvia Breu, Pedro Patacho, Armando Cardoso Soares, Teresa Bacelar, Nuno Neto, Susana Duarte, Mariana Coelho, pela Vereadora eleita do PS: Ana Sofia Antunes e pelo Vereador eleito do Chega: Pedro dos Santos Frazão.

Na ocasião, também tomaram posse, os deputados municipais representantes dos grupos políticos eleitos.

 

 

“Fazer de Alvalade o melhor lugar para viver, crescer e respirar em Lisboa”

Tomás Gonçalves tomou posse na última quarta-feira, 29 de outubro, como presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, reforçando o compromisso de “proximidade, sustentabilidade e diálogo” com a comunidade. Na cerimónia, que decorreu no Centro Cívico Edmundo Pedro, o autarca eleito pela coligação ‘Por Ti, Lisboa’, destacou a continuidade do trabalho iniciado em 2024, com prioridades nas áreas do espaço público, ação social, segurança e apoio ao comércio local, garantindo que o novo executivo quer “fazer de Alvalade o melhor lugar para viver, crescer e respirar em Lisboa”.

Na tarde desta quarta-feira, 29 de outubro, tomou posse o executivo e a Assembleia de Freguesia de Alvalade. Tomás Gonçalves, cabeça de lista da Coligação ‘Por Ti, Lisboa’ – a mais votada naquela freguesia -, foi empossado como presidente da Junta de Alvalade, cargo que assumiu em 2024 após a saída do anterior presidente José Amaral Lopes. “É com profunda honra e sentido de responsabilidade que hoje assumo a presidência da Junta de Freguesia de Alvalade. Faço-o com a convicção de quem vive este bairro há muitos anos, de quem conhece as suas ruas, os seus ritmos e os seus desafios e, acima de tudo, as suas pessoas”, começou por referir o autarca no seu discurso de tomada de posse, numa cerimónia que aconteceu no Centro Cívico Edmundo Pedro.

Tomás Gonçalves, que integra o executivo da Junta de Alvalade desde 2021, referiu ainda que quer continuar do lado dos funcionários daquela autarquia, bem como dos cidadãos e restante comunidade. “Alvalade é feita de quem aqui vive, de quem aqui estuda, de quem aqui trabalha e de quem nos visita. E são essas as pessoas que nos inspiram e motivam a fazer mais e melhor todos os dias. A qualidade de vida em Alvalade é o nosso maior património e isso constrói-se com espaços públicos cuidados, jardins bem mantidos, escolas dinâmicas, cultura viva, comércio local forte, uma segurança reforçada e uma ação social que não deixa ninguém para trás”.

Ouvir a comunidade

Para os próximos quatro anos, reforçou, a ação do seu executivo irá assentar em três fatores: “sustentabilidade, proximidade e diálogo”. “Queremos continuar a ouvir e a trabalhar com as forças vivas locais, sejam elas as escolas, as associações, os clubes, os comerciantes, os moradores, as paróquias, as IPSS e demais instituições”, disse ainda o autarca, lembrando alguns objetivos para o próximo quadriénio, tais como a “continuação de criação de bolsas de estacionamento para residentes e a reorganização dos espaços disponíveis”, ou, no caso da Higiene Urbana, a continuação do “reforço de meios humanos e técnicos, com mais trabalhadores e equipamentos”, salientando aqui, que é ainda sua intenção pedir “à Câmara Municipal de Lisboa uma maior fiscalização”. Na área da Segurança, “continuaremos a apoiar fortemente e a colaborar com a 19ª Esquadra e queremos implementar os guardas noturnos na nossa freguesia”.

Para a Ação Social, referiu, “queremos potenciar a Universidade Sénior Briosos de Alvalade, criar um posto de saúde, no âmbito do Programa Lisboa Mais Saúde, em coordenação com a ULS de Santa Maria e intensificar o apoio às IPSS e aos nossos parceiros”. Para o comércio local, é intenção do novo executivo promover “mais eventos culturais e gastronómicos nos mercados, expandir o mercado de natal e lançar um programa de apoio à instalação de sistemas de segurança nos estabelecimentos”. Para a Educação, é ainda seu objetivo manter “os programas Alvalade Educa, um programa de atividades extracurricular de apoio aos alunos e aos encarregados de educação e potenciar o Alvalade Férias”. De igual modo, e em parceria com a Associação Académica da Universidade de Lisboa, o executivo da Junta de Alvalade quer continuar a atribuir “bolsas universitárias para os estudantes mais carenciados”.

Concluir obras estruturantes para a freguesia

No Espaço Público e Zonas Verdes, “vamos valorizar ainda mais os nossos jardins, arruamentos e zonas de lazer, reforçando o serviço prestado à comunidade”, e nas áreas da Cultura e Desporto, “continuaremos, como temos feito até aqui, a apoiar as associações e clubes da freguesia, reconhecendo o seu papel essencial na vida coletiva dos alvaladelenses. Este é um projeto coletivo, é um compromisso que se renova todos os dias, com trabalho de dedicação e proximidade. Contem comigo e com toda a equipa da Junta de Freguesia, seja ela o executivo ou os nossos trabalhadores, para que Alvalade continue a ser o melhor lugar para viver, crescer e respirar na cidade de Lisboa”, garantiu Tomás Gonçalves.

Ao Olhares de Lisboa, no final da cerimónia, o autarca acrescentou ainda que, nos próximos quatro anos, pretende-se ainda concluir a “requalificação do Parque José Gomes Ferreira, que é um projeto estruturante na cidade de Lisboa e o pulmão verde de Alvalade”, um investimento de “cerca de 900 mil euros”. Igualmente, o novo executivo da Junta de Alvalade quer ainda “terminar as obras da Avenida de Roma e Praça de Alvalade, para que se tornem espaços mais verdes”, bem como concretizar a “nova sede da Associação de Moradores do Campo Grande, uma instituição crucial na ajuda à terceira idade e que precisa de novas instalações”.

De acordo com o autarca, existem cerca de “20 associações e coletividades” na freguesia de Alvalade, sendo “14 ou 15 desportivas e cinco ou seis ligadas à vertente cultural e da vivência do bairro”, e o novo executivo quer, nos próximos quatro anos, continuar a trabalhar em estreita proximidade com todas elas. Apesar de, na perspetiva do autarca, “Alvalade não ter grandes problemas estruturais”, existem alguns desafios nesta freguesia, e que passam sobretudo pela área da ação social. “Alvalade tem 2.745 idosos acima dos 65 anos que precisam de acompanhamento ou vivem em situação de isolamento ou em situação de insalubridade, e que nós, com o Projeto Radar e na Comissão Social de Freguesia, vamos acompanhando, em conjunto com várias entidades”, lembrou Tomás Gonçalves, salientando a importância de trabalhar em proximidade com as demais instituições e associações da freguesia.

Apostar também na Mobilidade

Já na área da Mobilidade, o autarca lembrou que, “nos últimos dois anos, trabalhámos na revisão do traçado da carreira de bairro, porque da maneira que estava desenhada, era uma das carreiras de bairro com menos afluência, tinha uma taxa de ocupação de cerca de 7%, a segunda mais baixa da cidade de Lisboa”. Por isso, “trabalhámos com a Carris e com a Direção Municipal de Mobilidade de forma a alterar esse trajeto, para ser mais rápido e potenciar-se a ligação de todo o território, ou seja, poder passar no Campo Grande, para fazer a ligação ao autocarro 738, que liga a Quinta dos Barros ao Campo Grande e com isto tentar unir a freguesia”.

No estacionamento, “fizemos um projeto estruturante, em conjunto com a Câmara Municipal, que diz respeito à construção do parque de estacionamento do mercado de Alvalade, e fomos criando outras bolsas de estacionamento e o nosso objetivo é sempre que possível reorganizar o estacionamento, aumentando os lugares para que os residentes, principalmente na zona histórica de Alvalade, possam estacionar o seu carro de forma mais cómoda, o que traz qualidade de vida”.

Assembleia de Freguesia de Alvalade conta com 19 eleitos, 10 da coligação ‘Por Ti, Lisboa’

O novo executivo da Junta de Freguesia de Alvalade é ainda composto por Paulo Doce Moura, Ana Rita Costenla, Manuel Matos dos Santos, Cristiana Vieira, Joana Gonçalves Pereira e Miguel Henriques, aprovado com 15 votos a favor, dois contra e dois brancos. Os vogais são Joaquim Meireles, Maria João Lopes, Carlos Rêgo, Maria Borges de Assunção, Teresa Gameiro, Maria Regina dos Santos e Fernando Rua. A Assembleia de Freguesia, aprovada por 13 votos a favor e seis brancos, será presidida novamente por José Luís Moreira da Silva, que contará com Teresa Gameiro e Maria Regina dos Santos, como primeira e segunda secretárias da Mesa, respetivamente. No total, serão 19 os eleitos neste organismo, sendo dos quais 10 da coligação ‘Por Ti, Lisboa’ (PSD, CDS e Iniciativa Liberal), sete da coligação ‘Viver Lisboa’ (PS, Livre, Bloco e PAN) e dois da CDU.

“Muito obrigado pela confiança depositada na mesa. Tentaremos conduzir esta Assembleia sempre da melhor forma”, referiu José Luís Moreira da Silva no seu curto discurso de tomada de posse, reforçando que “contará com a colaboração de todos” neste organismo. Após a instalação do executivo e da Assembleia de Freguesia, todas as forças políticas representadas nesta assembleia foram convidadas a discursar, por ordem inversa da sua eleição. O primeiro a discursar foi Amândio Figueiredo, do PAN, que apenas desejou um mandato com “democracia, liberdade e harmonia, também para o planeta, os animais, as pessoas e um convívio universal”.

CDU promete proximidade com os cidadãos

Já Ricardo Varela, da CDU, começou por referiu que “resultados das eleições autárquicas de 12 de outubro registaram mais uma vez o reforço da CDU na freguesia de Alvalade, confirmando uma tendência de crescimento que se tem verificado nos últimos atos eleitorais para a autarquia, mantendo-se como a terceira força política na freguesia”, atribuindo este sucesso ao “trabalho de proximidade dos eleitos da CDU, que não se esgota nem termina com a conclusão do ato eleitoral”. O eleito na Assembleia de Freguesia de Alvalade reiterou assim a disponibilidade dos comunistas para estar sempre próximos das populações, bem como “para assumir todas as responsabilidades”.

“Foi assim quando assumimos funções executivas, com a responsabilidade dos pelouros da Educação, do Desporto e da Juventude, entre os anos 2003 e 2021, ou na oposição, como sucedeu no último mandato, em que o Sérgio de Morais e o Frederico Lira foram aqueles que mais propostas e iniciativas apresentaram na Assembleia de Freguesia”, acrescentou o eleito, agradecendo a todos os que acreditaram e votaram na CDU nas últimas eleições. “Embora estejamos perante uma nova realidade na freguesia, em que uma das listas obteve uma maioria absoluta, que não se verificava há mais de 12 anos – desde a reforma administrativa da cidade de Lisboa e a junção das três antigas freguesias do Campo Grande, São João de Brito e Alvalade -, isto não nos irá demover de lutar pela persecussão de um programa que apresentámos”.

Comunistas querem lutar pela comunidade e melhoria das condições de vida na freguesia

Para Ricardo Varela, os eleitos comunistas na Assembleia de Freguesia de Alvalade querem continuar a melhorar “a qualidade de vida da população”, reforçando a importância de obras estruturantes como a requalificação da Associação de Moradores do Campo Grande, e ainda as obras nas Escolas Eugénio dos Santos e Gago Coutinho. “Não nos vamos esquecer do Bairro das Fonsecas e Calçada e a necessidade de requalificar os moradores em falta, do reforço dos transportes públicos e, em particular, a criação de uma carreira de bairro. Não nos vamos esquecer das dificuldades dos clubes do que diz respeito às suas instalações e, como é exemplo, o Clube Atlético de Alvalade, do reforço dos apoios à prática desportiva ou a necessidade de garantir a manutenção das instalações desportivas, como é o exemplo do Pavilhão de Alvalade. Não nos vamos esquecer dos moradores do bairro de São João de Brito, da requalificação dos espaços públicos, das escrituras em falta ou da legalização da Rua das Mimosas”.

Igualmente, o eleito prometeu ainda não se esquecer de áreas como a Higiene Urbana, Ambiente, Espaços Verdes, Cultura, Segurança, Comércio Local, entre outras, referindo que “o novo executivo, que perante o resultado obtido não terá qualquer desculpa ou supostos bloqueios, como passou a ser moda para justificar o trabalho que não é feito. O desafio é construir comunidade, consolidar a identidade da nossa freguesia, olhar de igual modo para todo o território e reforçar os laços de vizinhança, proximidade e cooperação entre as entidades”. Ricardo Varela criticou a falta de proximidade com a comunidade, uma vez que há “exemplos recentes que evidenciam este afastamento e a falta de participação da população, desde logo a requalificação da Praça de Alvalade ou a requalificação do Parque José Gomes Ferreira, dois projetos que não foram apresentados nem discutidos com os fregueses e que deveriam ter sido”.

Sobre os trabalhadores da freguesia, o eleito reforçou que estes “são o nosso motor, porque assumem todos os dias as tarefas essenciais que competem à junta de freguesia, por vezes em situações precárias, e a quem devem ser asseguradas todas as condições de trabalho para que possam exercer as suas funções de uma forma saudável, com garantia de um equilíbrio emocional e familiar, respeitando os valores democráticos. Aos trabalhadores da junta reiteramos o nosso compromisso de poderem contar com o nosso trabalho para lutar por um futuro sustentável”, disse ainda Ricardo Varela, afirmando que, juntamente com os restantes eleitos comunistas, irá “apoiar todas as medidas que vão ao encontro da valorização da nossa freguesia, contando, igualmente, com a nossa oposição, forte e intransigente, perante medidas que sejam gravosas para a nossa freguesia”.

Diálogo com todos, garante o Bloco 

Já do lado do Bloco de Esquerda, Laura Lopes Buddie, reforçou o compromisso de “cooperação, de esperança e de luta por uma freguesia que cuida de todas as pessoas que vivem, estudam, trabalham e querem ser felizes em Alvalade. O Bloco de Esquerda estará aqui, como sempre, ao lado de quem mais precisa, para que ninguém fique para trás, a lutar por trabalho com direitos e contra todas as formas de precariedade, a defender serviços públicos de proximidade, educação acessível para todas as famílias e medidas que potenciem o envelhecimento digno, uma Alvalade mais verde, com mobilidade suave e espaços públicos verdadeiramente ao serviço da comunidade e a reforçar a participação cidadã com a melhor democracia local e transparência”.

“Assumimos o nosso papel na oposição com responsabilidade e espírito de diálogo, e estamos aqui para ser uma força ativa e construtiva. Estaremos sempre disponíveis para cooperar em tudo o que sirva as pessoas de Alvalade, mas nunca deixaremos de levantar a voz quando a injustiça se quiser fazer ouvir mais alto do que a solidariedade. A política local tem que voltar a ser isto: proximidade, transparência e coragem para escolher o lado certo. E o lado certo é o das pessoas, é o de quem trabalha, de quem cuida e o da qualidade de vida”, concluíu. Ainda na esquerda, Francisco Costa, do Livre, lembrou que, no sufrágio do passado dia 12 de outubro, a coligação Viver Lisboa, para a freguesia de Alvalade, reuniu 6.179 votos, “mais do que em 2021”.

Trabalhar pela melhoria da mobilidade em Alvalade, lembra eleito do Livre

O programa eleitoral, com cerca de 150 medidas, é “um programa não deve nem pode ser ignorado. Aqui estaremos para instar o executivo a executar as medidas do nosso programa, que julgamos serem cruciais para garantir a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos de Alvalade. É urgente concretizar o Plano do Bairro do Alvalade de 1945 de Faria da Costa naquilo que tem de bom e ficou desde então, desde a sua concepção, por ser concretizado. Nomeadamente, na mobilidade. A mobilidade no bairro tem de ser redesenhada para ser rápida, segura e inclusiva. É urgente concretizar a proposta de corredores livres – aprovada na Câmara -, para criar canais dedicados aos transportes públicos nas avenidas principais da freguesia para termos autocarros a andarem mais rápido e a passarem mais vezes, melhorando assim a oferta de transporte público e a mobilidade de todos os que aqui moram, estudam e trabalham”.

O eleito lembrou ainda que “a Avenida de Roma tem de ser profundamente requalificada, como foi a Avenida da República em 2017, com passeios acessíveis, percursos pedonais seguros, reforço da arborização e melhoria da mobilidade, quer do transporte público, quer dos modos ativos. É urgente melhorar as condições da acessibilidade universal de todo o espaço público da freguesia. [É fundamental haver] ruas pensadas para peões, incentivando as deslocações a pé e de bicicleta na freguesia. É urgente expandir a rede ciclável com ciclovias segregadas e seguras para criar ligações entre os bairros, as escolas e a rede ciclável estruturante da cidade e instar a instalação de novas estações da GIRA. É urgente também dar qualidade de vida e revitalizar o espaço público”.

Mais apoio às famílias

“O futuro da Alvalade passa por devolver o espaço urbano às pessoas e à natureza”, disse ainda Francisco Costa, reforçando a importância de se apostar nos espaços verdes, para “que cada residente viva a menos de 300 metros de uma área verde, permitindo viver com prazer e reforçando a resiliência climática e a saúde dos residentes”. De igual modo, lembrou ainda que “é urgente implementar o programa Escolas Vivas e dar mais apoio à primeira infância, abrir as escolas à comunidade fora do horário letivo e reforçar a rede de creches, jardins de infância, parques infantis e de atividades para crianças e jovens. É urgente apostar no conhecimento e na sustentabilidade, na transição energética, à ciência e à inovação”.

“Na Higiene Urbana é urgente reforçar a limpeza das ruas com novos circuitos de recolha, mais meios humanos e melhor manutenção do espaço público. Reforçar a rede de ecoilhas e compostores, aproximando os pontos de recolha dos moradores e promovendo uma freguesia mais limpa. É urgente construir habitação acessível e recuperar os edifícios devolutos”, referiu ainda o eleito do Livre, lembrando que “no último mandato, nem Carlos Moedas nem o executivo PSD e CDS construíram ou planearam aqui [em Alvalade] nenhum lote de habitação acessível. É também absolutamente inadmissível que a Junta fique passiva a assistir ao decreto-lei, publicado na semana passada, que confirma a intenção de alienar edifícios públicos com potencial habitacional para alimentar a especulação imobiliária, como acontece no edifício da DGESTE da Praça de Alvalade”.

“Oposição responsável”, frisa Francisco Costa

“É também urgente defender a saúde pública e o som dos moradores contra todos os abusos do aeroporto, mas também tornar as ruas mais seguras e aproveitar todas as oportunidades de intervenção no espaço público para introduzir medidas de redução de velocidade e erradicar de vez e para sempre a sinistralidade grave e letal na nossa freguesia. Aqui estaremos para garantir que nenhuma morte e nenhum sinistro grave possa ser ignorado”, disse ainda Francisco Costa, que garantiu ser “uma força de oposição responsável, franca e leal, fiscalizando e escrutinando como nos compete nesta Assembleia de Freguesia todas as decisões do executivo, defendendo sempre aquilo que julgamos ser o melhor interesse da freguesia e do bem comum”.

“Contem com o nosso trabalho, a nossa dedicação e empenho, para que, juntos, em diálogo contínuo com todas as forças políticas, com todas as associações e coletividades, com todas as forças vivas, com os trabalhadores da Junta de Freguesia e com todos os cidadãos, façamos desta freguesia o lugar com que todos sonhamos e que todos queremos e podemos melhorar para construirmos juntos o futuro”.

Eleitos da direita reforçam importância de valorizar quem reside, trabalha ou visita Alvalade 

Já do lado da Iniciativa Liberal (IL), Maria João de Vasconcelos, garantiu que, do seu lado, poderão “contar com um forte espírito de colaboração, que se pretende construtiva e que tem como objetivo melhorar o dia-a-dia dos fregueses de Alvalade e todos os que trabalham para ela, os indispensáveis trabalhadores da junta”. A eleita terminou ainda a sua intervenção para “agradecer a todos os cidadãos de Alvalade pelo seu voto e confiança que depositaram em todos nós e aqui estaremos com o maior empenho para servir o bem público, a freguesia de Alvalade e Lisboa”.

Do CDS-PP, Carlos Rêgo começou por afirmar que o facto de os alvaladelenses terem dado “a maioria absoluta à coligação ‘Por Ti, Lisboa’ nos obriga a trabalhar com empenho, com rigor e com responsabilidade. Somos três forças políticas distintas [IL, CDS-PP e PSD], mas unidas por um mesmo propósito: dar à freguesia a ambição, a energia e a boa gestão que a Alvalade merece. Esta coligação representa um compromisso com o futuro, um compromisso com uma freguesia mais limpa, mais segura, mais organizada e mais próxima das pessoas, mas também uma freguesia que valoriza o mérito, o trabalho e a responsabilidade. Acreditamos numa política feita com ética, com verdade e com respeito e acreditamos, acima de tudo, que a política local é o espaço onde o serviço público ganha rosto e significado”.

“Queremos uma Alvalade onde as famílias se sintam seguras, onde o comércio tradicional prospera, onde os espaços públicos sejam cuidados e onde os jovens encontrem oportunidades para ficar e crescer. Queremos uma freguesia que orgulhe Lisboa, pela qualidade de vida, pela ordem e pela dignidade que oferece a quem aqui vive e trabalha. Nesta Assembleia, o CDS será uma voz de equilíbrio, de bom senso e de responsabilidade. Apoiaremos as boas medidas e fiscalizaremos com lealdade. Estaremos sempre disponíveis para construir consensos, desde que sirvam o bem comum e os interesses da nossa freguesia”, reforçou ainda Carlos Rêgo, deixando a esperança de “que este mandato seja marcado pela cooperação, pelo diálogo e pela transparência”.

Partido Socialista garante lutar pelos problemas da freguesia

Gustavo Formiga de Gouveia, do Partido Socialista (PS), começou por lembrar que “o PS será a segunda maior força política na Assembleia e, por isso, a nós nos caberá liderar a oposição. Não consideramos que a oposição seja um lugar ingrato, até porque nos oferece a possibilidade de intervir, de participar, e de regatear também um bocadinho, porque é isso que a oposição faz”. O eleito referiu ainda que irá lutar por “bandeiras que nos trouxeram aqui: política educativa, a escola, os programas de férias e desportivos gratuitos. O equilíbrio adequado entre a necessidade de mais estacionamento, o eterno problema de algumas áreas do bairro, e a liberação de espaço público e espaços verdes, melhor recolha do lixo, inovação na mobilidade, a inclusão dos demais bairros que compõem a freguesia, lembrando sempre que Alvalade não acaba na Avenida do Brasil, embora às vezes pareça”.

O socialista lembrou também a necessidade de se lutar para que Alvalade seja uma “cidade dos 15 minutos”, criticando ainda a postura de Carlos Moedas no último mandato, que apenas fez “uma obra estrutural” na freguesia: “a ponte que faz o trajeto para Marvila” e acredita que se podia “ter feito muito mais, tendo em conta a obra dos dois executivos anteriores [aos de Carlos Moedas]”. “Acredito que este é o trabalho da oposição: apontar aquilo que não foi feito e propor aquilo que se deve fazer”, disse ainda Gustavo Formiga de Gouveia, prometendo que os socialistas, na Assembleia de Freguesia de Alvalade, falarão “com lealdade”, dando voz a todos e “mobilizar a comunidade em torno das nossas causas”.

PSD afirma compromisso com os eleitores e quer continuar o trabalho desenvolvido nos últimos anos

Já Ana Raquel Pelicano, eleita pelo PSD, admitiu que, apesar do trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos, “ainda há muito a fazer na nossa freguesia”. “Acreditamos que a política local é, antes de tudo, a política de proximidade e que mais diretamente toca a vida das pessoas, das famílias e das instituições que todos os dias fazem Alvalade crescer e prosperar. E afirmamos este compromisso coletivo de continuar a construir uma freguesia mais participativa, desenvolvida, solidária e sustentável, sempre em proximidade com a população, e comprometemos-nos mais uma vez a corresponder à confiança dos eleitores com trabalho de transparência e educação”.

“Que este mandato seja marcado pelo ideal construtivo, pela escuta ativa e pela procura de consenso. Porque Alvalade e os seus cidadãos merecem o melhor de cada um de nós. Deixamos aqui o nosso agradecimento a todos que ao longo destes anos contribuíram para fazer de Alvalade uma freguesia exemplar e que este novo mandato seja marcado pela continuidade, pela proximidade às pessoas, pela boa gestão dos recursos públicos e por uma visão de futuro que honra a história e o caráter desta freguesia. A todos os que confiaram em nós, deixaremos a garantia que o PSD tudo fará para honrar o vosso voto com dedicação, transparência e resultados. E aos eleitos reafirmamos o nosso respeito, o nosso compromisso de contribuir para uma Assembleia viva, plural e democrática”.

Halloween e festas para todos na AML

A festa pagã do Halloween é hoje uma das celebrações mais aguardadas pela pequenada, mas não só. Com o fim de semana a ser marcado pelo Dia dos Finados, muitos são aqueles que regressam às “terras”, as origens ancestrais, para prestar homenagem aos que partiram na “derradeira viagem”. Para todos aqueles que permanecem na Grande Lisboa, há uma agenda recheada de acontecimentos e eventos para o fim de semana na área metropolitana de Lisboa (AML). 

Festas de arrepiar para celebrar o Halloween e muitas outras propostas em destaque na agenda de fim de semana.  O Teatro Luís de Camões, LU.CA, em Lisboa, organiza um Baile Fantástico; em Oeiras, o convite é para descobrir a Fábrica Assombrada; Sesimbra recebe a “Noite dos Sustos” e leva o “Terror ao Castelo”; no Barreiro, “Uma Festa do Outro Mundo!”; na Biblioteca Municipal D. Dinis, em Odivelas, “Aqui há gato: estórias no escuro”; e no Seixal, “À Noite no Parque… Não Se Esqueça Que É Halloween!”.

Para além do Halloween

Mas nem tudo é “negro” ou tem a pretensão de assustar neste fim de semana. Na Amadora, a não perder os últimos dias do Festival Internacional de Banda Desenhada; Oeiras recebe o Festival de Música Antiga; Palmela comemora o aniversário do Dia da Restauração do concelho; Vila Franca de Xira organiza o mês do Torricado e outros sabores do Campo; e no Seixal, domingo é dia de Artesanato.

A Festa do Cinema Francês, continua em Lisboa, assim como o Festival de Cinema musicado ao vivo, em Setúbal. Sobre dança, no Seixal, “A Coleção do Meu Pai – AMINA” e; quanto a concertos, em Almada, O som da nossa história, no Barreiro, Indra Trio com convidado UliP—1 Kempendorff e, em Cascais, The Watch, com o tributo “The Lamb…50th Anniversary”.

As propostas em palco são as seguintes: em Alcochete, “Jantar de Idiotas”; em Almada, a Mostra de Teatro celebra a 29.ª edição com 22 espetáculos em todo o concelho; “Companhia de Actores   Mundeu”; em Odivelas, “A Ratoeira, de Agatha Christie” e em Oeiras, a Mostra de Teatro. Em Cascais, “Company – Uma Comédia Musical”; em Lisboa, “A Princesa e a Ervilha: O Musical”, em Mafra, o espetáculo de teatro de marionetas e formas animadas “Jacarandá”; no Montijo.

E muitas outras são as propostas em todos os municípios, nos 18 concelhos da área metropolitana de Lisboa.

Loures e Odivelas na guerra (memória, sacrifício e monumentos)

Entre 1914 e 1918, Loures viu centenas de seus filhos irem para as frentes da Primeira Guerra Mundial e para Africa — alguns não regressaram, outros voltaram mudados para sempre. Este artigo regista os nomes, as histórias e o legado desses lourenses, bem como os monumentos que perpetuam a sua memória.

Loures, vila às portas de Lisboa, conquistou o título de “concelho” em 26 de julho de 1886, guarda na memória coletiva páginas de coragem e sacrifícios que ecoam até hoje. Durante a Primeira Guerra Mundial, muitos lourenses deixaram as suas terras para combater em Angola, Moçambique e França. O mais velho, nascido em 1879, partiu com 38 anos; o mais novo, nascido em 1898, tinha apenas 20. No total, cerca de 304 homens do concelho foram mobilizados para diferentes frentes. Oito deles, após servirem em África, integraram o Corpo Expedicionário Português e seguiram para a Europa, elevando para “aproximadamente” 312 o número de lourensescapítulo marcante da história nacional.

A cada nova partida, crescia a ansiedade entre famílias e amigos, à medida que se formavam sucessivos contingentes: em 1914, três partiram para Angola e cinco para Moçambique envolvidos neste ; em 1915, nove para Angola, quatro para Moçambique e um para serviço marítimo; em 1916, dez para Moçambique, dois para a Madeira e um para o mar; em 1917, 257 para França e dez para Moçambique; e em 1918, cinco para França e um para Moçambique. Quatro casos permaneceram sem registo documental.

As notícias que chegavam eram muitas vezes vagas e sombrias, trazendo o peso das batalhas, da doença e da dureza do conflito. Entre 1916 e 1919 tombaram em campanha 19 lourenses (ver nota abaixo) 1 . A ausência de um corpo para velório e luto tornava a dor ainda mais profunda, deixando famílias presas entre a dúvida e a esperança.

Apesar disso, também houve regressos, embora num ritmo lento, fosse por conclusão de missão, doença, acidente ou licença. Entre 1915 e 1919, centenas regressaram vindos de vários teatros de guerra, numa dolorosa reconciliação com a vida e com o lar, marcada pelos sacrifícios e pela falta dos que não regressaram.

Em 1915 regressaram três de Angola e cinco de Moçambique; em 1916, seis de Angola e um de Moçambique; em 1917, um de Angola, seis de França, um da Madeira, um da Marinha e dois de Moçambique; em 1918, 68 de França, um da Marinha e sete de Moçambique; e em 1919, 179 de França, um da Madeira e quatro de Moçambique. Existem ainda sete casos sem dados sobre o ano de regresso.

Ausência de corpos

O luto, mais pesado pela ausência do militar e do próprio corpo, deixou uma ferida aberta na comunidade. Faltava um espaço físico onde, nos momentos de maior saudade, se pudesse homenagear os que partiram, “conversando com eles” mesmo no silêncio. Esta necessidade era ainda mais sentida por órfãos, viúvas e principalmente por quem perdeu um filho, pois permanece até hoje o mistério — e a dor — de a língua portuguesa não ter uma palavra que define “pais que perderam um filho”. Uma saudade imensa, um luto sem fim, que apenas o tempo e a memória proporcionam entrelaçar e transmitir às próximas gerações.

As comunicações às famílias, baseadas nas informações prestadas pelas subunidades combatentes, eram muitas vezes vagas e lacónicas — e a ausência do corpo levantava uma dúvida: entre tantos soldados com nomes idênticos, não teria ocorrido engano? Não estaria aquele filho, afinal, ainda a caminho de casa?

A partida para os diferentes Teatros de Operações, sobretudo para França, fez-se ao longo de quase dez meses; para África, foram efetuadas duas a três viagens por ano. Os regressos davam-se por missão cumprida, incapacidade física, convalescença ou licença. Este retorno, contudo, foi quase sempre lento e marcado pela incerteza, sobretudo porque o repatriamento dos homens que serviram na frente francesa se prolongou por todo o ano de 1919. O luto, assim, mantinha-se — pesado, prolongado e sem corpo a velar, fator fundamental para o ritual da despedida. E continuou a faltar um local de homenagem, onde os mais fragilizados poderiam render tributo, conversando com os ausentes no silêncio das recordações. Esta “terapia silenciosa” ainda hoje conforta órfãos, viúvas e aqueles que perderam os filhos em quem depositaram sonhos e futuro.

Criação de “padrões”

Na realidade, não foram apenas os familiares, amigos ou vizinhos que sentiram a ausência de “algo” que não regressou no final do conflito. Também a sociedade civil, no seu conjunto, partilhou essa sensação de perda e a necessidade de preservar a memória coletiva.

Foi nesse contexto que, a 30 de julho de 1919, a Junta Patriótica do Norte lançou uma proposta para a criação de “padrões” que, através dos tempos, evocavam os que combateram na Grande Guerra e apresentavam uma devida homenagem.

A designação “monumentos”, teve origem numa decisão do governo da época, inspirada nos marcos e padrões deixados pelos portugueses nas suas viagens pelo mundo. O primeiro monumento erguido em Portugal foi inaugurado em 24 de setembro de 1919, por iniciativa de combatentes naturais da freguesia das Cortes, no concelho de Leiria. Com o apoio da população local foi construído no ponto mais alto da freguesia — símbolo de honra, sacrifício e memória.

Na sua tese de doutoramento “Políticas da Memória da I Guerra Mundial em Portugal (1918-1933) – Entre a Experiência e o Mito”, a doutora Sílvia Correia classifica os monumentos da Grande Guerra em quatro tipologias: “Vitorioso”, “Patriótico”, “Cívico” e “Funerário”. Ao Monumento de Loures é atribuída a dupla classificação “Patriótico/Funerário”, refletindo a sua simbologia de heroísmo e luto. De acordo com o Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA), trata-se de um “monumento comemorativo da participação portuguesa na I Guerra Mundial, com um grupo escultórico representando uma cena de combate, com figuras de grande expressividade”.

Embora exista um processo administrativo contendo planta e alçados, não foi encontrada qualquer memória descritiva nem representação completa da escultura. Na ausência desses registos, a interpretação mais aceite é a de que a componente “patriótica” se manifesta na parte traseira do monumento, representando uma trincheira após uma incursão inimiga.

A peça de artilharia de campanha de fabrico francês — calibre de 7,5 cm TR m/1904 fabricada pela Schneider Frères & Cie — operada por uma guarnição de seis militares: comandante, apontadores e serventes, apresenta-se em posição de tiro horizontal, embora pareça bastante elevado devido à especificidade natural do terreno.

Na figurativa destacam-se duas esculturas humanas. Um dos militares, possivelmente um oficial tombado no terreno, segura na mão uma pistola de fabrico americano — provavelmente uma Savage 7,65 mm m/1915, fabricada pela Savage Arms Company, e distribuída como arma de defesa pessoal. Esta imagem simboliza o sacrifício máximo exigido a um combatente: “a entrega da vida pela Pátria”.

O outro militar, em vigia junto da trincheira, empunha uma espingarda Lee-Enfield (SMLE) Mark III de 7,7 mm M/1917 de fabrico inglês. Essa representação evoca a firme determinação de cumprir a missão, mesmo ferido ou em perigo iminente, simbolizando a persistência em defender uma posição confiável. Toda a componente figurativa do monumento é realizada em betão armado.

Depois de se consultar as plantas conservadas no Arquivo Municipal de Loures, reforça-se a ideia de que o monumento foi concebido para representar a entrada simbólica de um espaço cenotáfio — um local construído em memória dos combatentes lourenses sepultados em vários cemitérios da Europa. O frontispício é formado por dois contrafortes dispostos em posição oblíqua às paredes laterais do monumento, que vão perdendo altura gradualmente, indicando uma descida abaixo do solo. Estes contrafortes de base retangular composta por grandes blocos graníticos, mantém a face interior vertical, terminando em forma quadrangular, com capitéis retos que sustentam, no topo, duas esferas armilares — símbolos universais da identidade portuguesa e da sua história.

Sob um arco de volta perfeito em mármore branco, destaca-se uma Cruz de Guerra parcialmente suspensa ao centro, acompanhada da inscrição “Aos Mortos da Grande Guerra”. Este seria, originalmente, o acesso ao interior do monumento, que posteriormente seria fechado com pedras e sobreposta por uma moldura onde foram gravados os nomes dos militares naturais do concelho, de que se tinha conhecimento, que tombaram em combate.

Monumento em Loures

Para a recolha dos nomes dos lourenses mortos na guerra, tanto em África como na Europa, foram oficiadas todas as juntas de freguesia do concelho através de uma circular datada de 6 de setembro de 1929 , assinada pelo Capitão Francisco Marques Beato, combatente em França, então presidente da Câmara Municipal de Loures (32.º presidente, com mandato entre 12 de julho de 1926 e 6 de outubro de 1931).

Foi precisamente durante o seu mandato que se concretizou a inauguração do monumento. De acordo com o livro In Memorian, editado pela Câmara Municipal de Loures em novembro de 2016, na Parte II, assinado por Jorge Aniceto e Pedro Rocha, leia-se na página 94: “No dia 8 de Dezembro de 1929, dedicado a Nossa Senhora da Conceição (e às mães), foi finalmente inaugurado o Monumento aos Combatentes do Concelho de Loures mortos na Grande Guerra, o segundo a ser erigido no distrito de Lisboa. O autor do projeto foi Fernando Soares, um conhecido empresário da época. Embora simples, o monumento é expressivo.”

No verso de um postal de época, editado pela própria Câmara Municipal de Loures e com fotografia do monumento, encontra-se o seguinte texto: “O envolvimento português na Grande Guerra arregimentou quase 200 mil homens, oriundos de todo o território nacional, incluindo o concelho de Loures. Aqui, o recrutamento militar atingiu largas dezenas de jovens. Todos partiram, mas alguns não regressaram. Ao todo tombaram quase 10 mil no campo de batalha.

O heroísmo destes homens foi alvo de uma sentida homenagem dos seus conterrâneos, abraçada por Francisco Marques Beato, presidente da autarquia, militar e combatente que, solicitando a colaboração das juntas de freguesia garantia a realização de uma angariação de fundos para a execução do projecto da autoria do construtor civil Fernando Soares e que estava orçamentado em 25 contos.

Assim, a 8 de Dezembro de 1929, dia de Nossa Senhora da Conceição (correspondia, à época, ao dia da Mãe), numa cerimónia que contou com a presença de diversas entidades públicas, Oficiais do Exército, representantes dos combatentes de Arruda, Loures eLisboa, e de muitos populares que fizeram questão de se associar a este tributo, inaugurou-se o Monumento aos Combatentes do Concelhio de Loures Mortos na Grande Guerra, localizando-se ainda hoje no centro da vila (elevada a cidade em 1990), em lugar de destaque no jardim da Praça da Liberdade, em frente aos Paços do Concelho.»

“Nunca esquecidos”

No dia 8 de dezembro de 1929, o vespertino “O Povo” destacou a inauguração do Monumento aos Combatentes de Loures na sua página 4. Nos dias seguintes, o acontecimento continuou a ser amplamente noticiado, com referências nos jornais “28 de Maio” (edição de 10 de dezembro, página 4), “ABC” (edição de 12 de dezembro, página 8) e “Notícias Ilustradas” (edição de 15 de dezembro, páginas 10 e 11), refletindo a importância nacional e o impacto local desta homenagem.

Durante o serviço militar, o reconhecimento pelos méritos e pelo sacrifício dos soldados chega, muitas vezes, em forma de medalhas e condecorações. Estas insígnias, distinguem atos de bravura, determinação e dedicação.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os militares de Loures, não foram esquecidos: cinco receberam a insígnia da “Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito”, grau comendador; cinco foram distintos com a “Medalha Militar da Cruz de Guerra”, uma de terceira classe e quatro de quarta; um militar com a “Medalha Militar de Comportamento Exemplar” nos graus Cobre e Prata; 43 lourenses receberam “Medalhas militar Comemorativas das Campanhas”, com registo de serviço em Angola, Moçambique, França ou na Defesa do Campo Entrincheirado de Lisboa.

A “Medalha Militar da Vitória” acordada pelos aliados após a vitória, foi igualmente entregue a 43 combatentes. Houve ainda espaço para distinções de um militar com a “Medalha de Dedicação da Cruz Vermelha Portuguesa, e dois com a Medalha de Conduta Distinta (Distinguished Conduct Medal) atribuída pelo Rei de Inglaterra, Eduardo VII, e ainda foram atribuídos mais vinte e um louvores individuais.

Em novembro de 1968, Loures voltou a ser palco de homenagem aos seus combatentes, no cinquentenário do Armistício da Primeira Guerra Mundial. Junto ao monumento, agora enriquecido com uma nova placa em bronze comemorativa dos 50 anos da paz, reuniram-se militares, autoridades e população, numa cerimónia presidida pelo autarca Joaquim Dias de Sousa Ribeiro. O gesto, público e simbólico, reforça o orgulho e o respeito da comunidade por aqueles que defendem a Pátria, assegurando que o legado dos que serviram permanece presente na vida cívica do concelho.

Décadas depois, este sentimento de memória e reconhecimento foi novamente colocado em destaque. Em 2014, sob a presidência de Bernardino Soares (mandatos de outubro de 2013 a outubro de 2021), o Município de Loures prestou homenagem aos seus combatentes da Grande Guerra.

No dia 25 de julho, durante as comemorações do 128.º aniversário da elevação de Loures a concelho, foi anunciada a reabilitação do monumento, com destaque para a recuperação da escultura, limpeza de cantarias e detalhes em bronze, bem como a renovação da base, agora em mármore preto.

Mais tarde, a 19 de outubro do mesmo ano, foi descerrada uma placa comemorativa do centenário da Grande Guerra, na presença de representantes da Câmara Municipal, da Direção Central da Liga dos Combatentes e do Regimento de Transportes. Esta homenagem foi acompanhada de investigação histórica detalhada, conduzida por uma equipa multidisciplinar, resultando na publicação da Parte III do livro “In Memoriam” e na identificação específica dos lourenses mobilizados para África e França.

O centenário do Armistício foi assinalado em 11 de novembro de 2018, com a inauguração de um Memorial desenvolvido para aqueles que, cem anos antes, tinham deixado tudo para trás e rumaram para os campos de batalha. A cerimónia decorreu sob chuva intensa, reunindo representantes das Forças Armadas, das Edilidades de Loures e Odivelas, além de combatentes inscritos no Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes.

Reconhecendo o interesse da população neste símbolo de memória coletiva, a Câmara Municipal de Loures aprovou, em reunião de 31 de agosto de 2022, a classificação do Monumento aos Mortos da Grande Guerra como Monumento de Interesse Municipal, destacando o seu significado histórico e afetivo para o concelho.

Em 2023, o desejo de perpetuar novas memórias levou à proposta de criar uma lápide dedicada aos lourenses tombados na Guerra Colonial. A ideia foi acolhida pelo presidente do município Ricardo Leão (mandato desde outubro de 2021) e, a partir de outubro desse ano, técnicos e investigadores iniciaram o levantamento dos dados e a validação dos nomes dos militares que perderam a vida nas campanhas de Angola, Guiné e Moçambique, com apoio do Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes e consulta rigorosamente aos registos oficiais.

Memorial aos combatentes do Ultramar

Assim, no dia 10 de outubro de 2024, foi inaugurado o Memorial aos Combatentes do Ultramar, dedicado aos lourenses que deram o melhor de si em África, frequentemente a custo da juventude e do futuro. A cerimónia reuniu familiares, entidades civis e militares, e incluiu o chamamento dos nomes dos tombados, deposição de flores e alocuções das entidades presentes.

Estas memórias foram mantidas e celebradas pelo Núcleo da Loures da Liga dos Combatentes, cuja presença se faz notar anualmente nomeadamente em datas marcantes como sejam nos dias 9 de abril e 11 de novembro, junto dos monumentos aos combatentes em Loures, e 2 de novembro, junto dos talhões de combatentes nos cemitérios de Caneças, Loures, Odivelas e Sacavém.

Com o avanço dos anos e a chegada de novos conflitos, como a Segunda Guerra Mundial e o Ultramar, a tradição das homenagens continua integrando diferentes gerações de militares na mesma memória coletiva.

Com estes gestos, Loures reforça o seu compromisso com a preservação da memória e da História Militar portuguesa. O jardim central, com o Monumento e as lápides dedicadas aos seus combatentes, tornou-se um lugar de referência, perpetuando osnomes e o sacrifício dos lourenses que cumpriram, até ao último momento, o seu juramento à Pátria.

NOTAS:

1 Nota: Entre 1916 e 1919 perderam a vida em campanha 19 lourenses: um em Angola e três em Moçambique (1916); um em Angola e três em Moçambique (1917); seis em França e três em Moçambique (1918); um em França e outro em Moçambique já após a guerra, em 1919.

Fonte: Gerado por IA (perplexity em 10/10/2025)

Autor: José da Silva Marcelino Martins – Combatente na Guiné 1968/1970

Membro do Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes

World Press Photo de regresso a Oeiras  

A exposição World Press Photo 2025 chega à Alameda Almeida Garrett, Parque dos Poetas, Oeiras, já no dia 12 de novembro e ali permanecerá até 11 de dezembro,

Reconhecida como a mais importante mostra internacional de fotojornalismo, esta edição reúne 42 imagens premiadas, selecionadas entre mais de 59 mil candidaturas submetidas por fotógrafos de 141 países.

Na sua 68ª edição, o World Press Photo 2025 destaca temas centrais da atualidade, como as consequências dos conflitos armados, as migrações e as crises ambientais, sem esquecer as histórias de dignidade, identidade e resistência que marcam o quotidiano em diferentes partes do mundo. São imagens que apelam a um olhar atento, empático e questionador sobre a atualidade.

Entrada livre e introdução ao fotojornalismo

Com entrada livre, a exposição pode ser visitada diariamente, entre as 10h e as 20h, no Parque dos Poetas, em Oeiras.

Paralelamente à exposição, os participantes poderão inscrever-se workshops, conversas e outras atividades dedicadas à fotografia e ao jornalismo visual, promovendo o encontro e a partilha entre o público e os profissionais da imagem.

Escola de futebol do Real Madrid vai ficar na União de Freguesias Carnaxide e Queijas

Visivelmente feliz, rodeado pelos pesos-pesados do Município de Oeiras, família e apoiantes, Inigo Pereira foi formalmente empossado como presidente reeleito da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas. O autarca anunciou várias novidades para o território, como a instalação da primeira escola de futebol do Real Madrid em Portugal na união de freguesias, mas também a apresentação de um plano para rentabilizar o Mercado de Carnaxide e a criação de um gabinete de enfermagem na Outurela. 

A tomada de posse do executivo e da assembleia de freguesia da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, realizada no dia 28 de outubro no Auditório Ruy de Carvalho, no Centro Cívico de Carnaxide, marca o início de mais um mandato autárquico do presidente da UFCQ, Inigo Pereira, que foi reeleito integrando o movimento “Isaltino Inov” em Carnaxide e Queijas.

O ato de instalação dos órgãos autárquicas contou com a presença de inúmeros autarcas de outras freguesias do concelho, para além do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, e do vice-presidente do município, Francisco Rocha Gonçalves, e de vários vereadores, bem como o presidente da Distrital do PSD de Lisboa, Ângelo Pereira.

Homenagem aos autarcas antecessores

Inigo Pereira começou por agradecer a todos os membros da Assembleia de Freguesia que cessaram funções como forma de homenagear os homens e mulheres que trilharam os caminhos do desenvolvimento do território.

“Nós não deixamos que apaguem a nossa memória. Por isso, as minhas palavras vão para agradecer a todos os ex-presidentes de junta de Carnaxide e Queijas”, uma vez que o trabalho levado a cabo nestes dois mandatos “vem no seguimento do trabalho realizado pelos meus antecessores no cargo. Estamos convencidos que todos eles deram o melhor de si mediante as suas circunstâncias”

O autarca lembrou um passado não muito distante em que os presidentes de junta levavam para casa uma “palmadinha” nas costas como retribuição ao seu trabalho em prol da comunidade.  “Ainda hoje falava com a Helena Lopes da Costa, a antiga presidente de junta, que me dizia que, na altura dela, os presidentes de junta do país nem sequer tinham qualquer ordenado e tinham que conciliar os seus trabalhos com a atividade nas juntas. Por isso, é muito importante dignificar esse trabalho por quem aqui passou”.

Balanço da campanha eleitoral

Inigo Pereira aproveitou para agradecer os apoios das forças políticas que se associaram à sua campanha eleitoral e a todas as pessoas envolvidas no processo, que foi uma campanha “animada”, não foi “virtual e distante”, tendo sido uma campanha “humana e vivida na rua”.

O autarca fez um agradecimento especial ao ex-presidente da união de freguesias de Linda-a-Velha, Algés, Cruz Quebrada e Dafundo, João Antunes, que cessou funções há dias, uma vez que “é nos piores momentos que percebemos realmente a personalidade das pessoas. Durante a campanha, perdemos uma pessoa muito querida e dedicada da nossa autarquia, Anabela Pires, que tratava de todo o processo burocrático eleitoral. O nosso presidente (da Câmara) disponibilizou logo ajuda, mas o João Antunes chegou-se logo à frente e disponibilizou todos os meios para nos apoiar neste processo”.

Os resultados positivos eleitorais traduzem o reconhecimento da população pelo trabalho desenvolvido pelo autarca, mas não significam que o grau de exigência para este novo mandato tenha abrandado, antes pelo contrário, refere Inigo Pereira.

“O apoio de todos permitiu-nos ganhar as eleições com um resultado muito expressivo.  Mas este resultado faz com que todos nós saibamos interpretar e assumir responsabilidades acrescidas. No dia logo a seguir às eleições, pouco depois das 9h já estava no meu gabinete, reunindo com as várias equipas, para definir estratégias para o próximo mandato. Há imensas expetativas para o nosso trabalho neste mandato e não as podemos defraudar”.

“A nossa população soube valorizar o nosso trabalho, realizado ao longo destes oito anos, e confiou-nos o futuro desta comunidade para os próximos quatro anos. O que nos deixa ainda mais motivados e com sentido de responsabilidade”.

Valorização dos recursos humanos e intervenção no Mercado de Carnaxide

O autarca reforça que quer continuar a apostar na valorização dos recursos humanos e capacitar os funcionários com melhores equipamentos, formação e, acima de tudo, motivação. “Vamos continuar a manter o nosso espaço público cuidado, nomeadamente os passeios, ruas e mobiliário urbano. Vamos continuar a manter as intervenções nas oitos escolas do território, no interior e no exterior de cada uma delas, mas também nos espaços verdes, uma intervenção que é muito apreciada na comunidade educativa”.

Inigo Pereira aproveitou para fazer um balanço da delegação de competências da Câmara para as Juntas. “A nossa taxa de execução está acima dos 96%, mas estamos preparados para assumir novos competências. Um bom exemplo disso é o trabalho que estamos a fazer hoje, num dia em que o mau tempo assola várias zonas, num trabalho de prevenção, limpando as folhas das sargetas e sumidouros, para prevenir cheias e situações de catástrofe”.

Relativamente aos mercados municipais, anuncia que “vamos continuar a garantir o bom funcionamento destes espaços. Brevemente, iremos apresentar uma solução para resolver a questão da ocupação das bancas centrais do Mercado de Carnaxide”.

Intervenção social

No que diz respeito à área social, o autarca compromete-se a dar continuidade no apoio à população mais carenciadas, através de programas diretos para os fregueses e indiretos, apoiando as nossas associações de cariz social para apoiar os nossos moradores”.

“A Universidade Sénior vai continuar a ser uma prioridade. No dia 13, logo após as eleições, a comunidade deste espaço iniciou o ano letivo com várias melhorias no espaço da Universidade Sénior e vamos continuar a apoiar esta instituição”, garante.

O Centro de Enfermagem de Queijas, um gabinete de saúde localizado no Mercado de Queijas e que tem como objetivo prestar cuidados de saúde primários a quem não queira engrossar as longas filas de espera dos centros de saúde, vai ser replicado na localidade de Outurela. “Iremos abrir uma nova unidade de enfermagem, na Outurela, em parceria com o projeto Família Global, uma iniciativa já em curso”.

Real Madrid vai investir no território

O autarca apresentou uma novidade assinalável, que ainda dará muito que falar. O todo-poderoso Real Madrid vai criar a sua primeira escola de futebol em território nacional. Este investimento será feito nesta União de Freguesias, ficando para já no segredo dos deuses a localização exacta desta academia e os pormenores saídos das negociações entre o clube espanhol e as autoridades municipais.

“Vamos continuar a apoiar as nossas associações locais. Não só através dos apoios financeiros, mas também da nossa influência junto da Câmara e de outras entidades. Ainda não posso revelar pormenores, mas digo apenas o seguinte: O Real Madrid vai abrir a primeira escola de futebol em Portugal e essa escola vai ficar localizada na nossa união de freguesias de Carnaxide e Queijas. A vinda desta escola de futebol foi potenciada por mérito de uma associação local, mas também por mérito da nossa intervenção. Vai ser algo de muito positivo e vai potenciar ainda mais o nosso concelho e a nossa união de freguesias”, revelou.

Por outro lado, Inigo Pereira felicitou o Município de Oeiras pelas várias inaugurações que já foram feitas após as eleições autárquicas. Nomeadamente a Casa do Professores em Linda-a-Pastora, mas também o parque de estacionamento da Parques Tejo em Carnaxide. E revela que as obras no Centro Cívico irão avançar em breve.

Resultado das eleições e elogios ao papel de Isaltino 

Em comentário aos resultados das eleições de 12 de outubro, o autarca considera que “os números não mentem e constituem uma vitória extraordinária. Mas esta vitória foi de todos nós, foi do Município de Oeiras, da nossa união de freguesias e de todas as localidades do nosso concelho”.

“Todos fazem as análises dos resultados, obviamente tendenciosas, mas a verdade é que o nosso resultado é consequência do muito trabalho feito pelo nosso presidente ao longo destes 40 anos”.

Ainda assim, “nestes 8 anos temos assistido a vários ataques pessoas ao nosso presidente, com o objetivo de obterem ganhos políticos. Durante a campanha autárquica, vários dirigentes nacionais pisaram o solo de Oeiras pela primeira vez e fizeram o mesmo. Nada de concreto foi apresentado para a melhoria do concelho e o resultado é o que todos nós sabemos”.

A população de Oeiras, com um grau de qualificações e rendimentos acima da média do país, é exigente, informada e atenta, “não se deixa iludir por discursos vazios e reconhece o trabalho de décadas de Isaltino Morais e a transformação profunda que foi realizada no nosso concelho. Não governámos através de perceções, nem agimos ao sabor do ruído ou da conveniência; tivemos rumo e prioridades e é assim que vamos continuar a fazer. Não vamos ficar escondidos no conforto do online, escondidos atrás de monitores, com malabarismos para enganar as pessoas”.

Em jeito de conclusão sobre o trabalho a realizar neste mandato, Inigo Pereira deixa uma promessa: “O melhor de nós está por chegar”.

Hino de Carnaxide e Queijas

Inigo Pereira defende que é objetivo continuar a valorizar o território, através do apoio às associações e festividades, dando palco aos músicos locais. E revela que, nesse contexto, surgiu a ideia de se criar um hino à União.

“Este fim de semana tivemos um encontro de bandas filarmónicas. Numa conversa com o diretor da Escola de Música de Linda-a-Pastora falou-se da criação de um hino para a freguesia de Carnaxide e Queijas. Em breve, iremos apresentar esse hino”.

Constituição da Assembleia e Executivo

O movimento Inovar Carnaxide e Queijas 25 venceu as eleições, elegendo onze vogais para a Assembleia de Freguesia, designadamente Inigo Pereira, Gonçalo Grilo, Sara Ribeiro, Marta Bandeira, Américo Ramos, Mário Mendes, Paula Soares, Sara Santos, João Paulo Gomes, Silvia Teixeira e Isabel Rabaça.

O Executivo da UFCQ é constituído por Inigo Pereira (Presidente)  Gonçalo Grilo, Sara Ribeiro, Marta Bandeira, Américo Ramos, Mário Mendes, Paula Soares.

O Partido Socialista, a segunda força mais votada, elegeu três elementos para o mesmo órgão: José Quaresma, Catarina Pinto e Luís Taborda.

O Chega foi a terça lista mais votada e elegeu Luís Coelho e Sérgio Conceição, enquanto que a coligação Evoluir Oeiras conseguiu os votos para eleger Constança Gonçalves, a CDU elegeu Manuel Silva e a Iniciativa Liberal Fernando Antunes.

A Mesa da Assembleia de Freguesia vai ser preenchida por Rafael Marques (presidente), Carla Santos (1º secretário) e Beatriz Figueiredo (2º secretário).

 

Oeiras celebra magusto com 12 toneladas de castanhas para a população

A Câmara de Oeiras e a Associação de Comerciantes e Empresários de Oeiras vão organizar um magusto de dimensões estratosféricas. Em dois dias, serão assadas cerca de 12 toneladas de castanhas, acompanhadas de vinho de Carcavelos. A iniciativa assinala também a abertura da iluminação de Natal no concelho. 

Cerca de 12 toneladas de castanhas, dois grandes grelhadores de rua e o emblemático vinho de Carcavelos “Villa Oeiras” vão colorir a festa do magusto em Oeiras que terá lugar em dois locais do concelho e em datas distintas, sempre entre as 11h e as 22h.

No dia 8 de novembro, a população é convidada a participar no habitual convívio de São Martinho no centro histórico de Oeiras, no Largo 5 de outubro, e a assistir aos primeiros momentos da iluminação de Natal que, nesse sábado, vai ser acesa em todo o concelho. Já no dia 9 de novembro, as castanhas e o néctar de Carcavelos vão estar à disposição da população no Parque Anjos, em Algés.

Promovida pelo Município de Oeiras e pela Associação de Comerciantes e Empresários de Oeiras (ACECOA), a tradicional celebração do magusto nas ruas de Oeiras contribui para a valorização e dinamização do comércio e da cultura local, explica o município.

 

Nuno Piteira Lopes quer posicionar Cascais “como a capital da qualidade de vida em Portugal”

O recém-eleito presidente de câmara de Cascais elege sete eixos estratégicos para posicionar o concelho como a “capital da qualidade de vida em Portugal”. Nuno Piteira Lopes assume que está a “cumprir um sonho de criança”.

Em cerimónia solene realizada no dia 25 de outubro, o Centro de Congressos do Estoril acolheu a tomada de posse dos eleitos para a Assembleia e Câmara Municipal de Cascais para o mandato de 2025-2029 de 2025.

Este é o primeiro ato público dos novos eleitos locais após as eleições de 12 de outubro de 2025, marcando o início do exercício de funções do novo executivo da Câmara Municipal de Cascais e da Assembleia Municipal.

“É um momento muito importante. Representa um novo ciclo e representa também uma nova esperança, nova força e capacidade de olharmos para a frente,” salientou Pedro Mota Soares, presidente da Assembleia Municipal de Cascais cessante, no arranque do evento.

No discurso de tomada de posse, o novo presidente da câmara municipal de Cascais, que substitui Carlos Carreiras, confessou estar a cumprir uma aspiração antiga.

“Hoje cumpro um sonho de criança. Um sonho que há 20 anos se transformou num objetivo de vida. E que neste momento, aqui, diante de vós, se concretiza com uma emoção que mal consigo conter,” começou por revelar Nuno Piteira Lopes, presidente da Câmara Municipal de Cascais, acrescentando: “Aceito esta responsabilidade com toda a humildade, mas ao mesmo tempo também com toda a determinação. Porque servir Cascais não é um cargo, será a missão da minha vida,” assumiu o autarca.

Dialogar “com todos”

Nas últimas eleições autárquicas, O PSD segurou Cascais, mas o Chega e o independente João Maria Jonet elegeram dois vereadores cada. Nuno Piteira Lopes garante que percebeu que os eleitores “querem uma governação mais diversificada, com mais partidos no governo”.

“Cascais merece líderes que coloquem o bem comum acima de qualquer interesse partidário. E é com esse espírito que trabalhei nos últimos meses e que vou trabalhar nos próximos anos. Falei com todos. Abri o coração, e estendi a mão a cada eleito, independentemente da cor política. Convidei todos a fazerem parte desta jornada. Porque Cascais está acima de todos nós,” revelou Nuno Piteira Lopes garantindo compreender o resultado das eleições.

Nuno Piteira Lopes aproveitou também para agradecer ao seu antecessor: “Durante muitos anos, tive o privilégio de ajudar a construir o Cascais de excelência que hoje conhecemos. Conheço cada desafio. Conheço cada oportunidade. Conheço o caminho. Quero por isso mesmo, hoje aqui e agora perante todos vós, agradecer ao Carlos Carreiras tudo o que me ensinou e tudo o que fez por Cascais.”

Sete eixos estratégicos

Nuno Piteira Lopes aproveitou ainda o momento para identificar os sete eixos estratégicos “que vão posicionar Cascais como a Capital da Qualidade de Vida em Portugal”, designadamente saúde e bem-estar pessoal; sustentabilidade ambiental e vivência do território, educação para todas as gerações e valorização do talento humano; participação democrática e transparência municipal; equilíbrio habitacional e liberdade de movimento, segurança, economia e investimento com a “marca Cascais”.

“Cascais é para toda a vida. Esta é a nossa assinatura. Este é o nosso compromisso. Este é o nosso destino. E nada, absolutamente nada, nos fará desviar deste caminho”, concluiu.

A tomada de posse dos Órgãos Municipais 2025-2029 contou ainda com a presença de Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação, Carlos Carreiras, ex-presidente da câmara municipal de Cascais, e vários presidentes de câmara do universo social-democrata, como Carlos Moedas (Lisboa), Isaltino Morais (Oeiras), Marco Almeida (Sintra) e Hugo Moreira Luís (Mafra).

Lisboa promove programa de empregabilidade para profissionais com mais 50 anos

A Câmara de Lisboa e a Associação dNOVO, cuja missão é promover a empregabilidade de profissionais qualificados com mais de 50 anos, uniram esforços num novo programa que pretende valorizar a experiência e abrir novas oportunidades para profissionais que já ultrapassaram a barreira dos 50 anos.

Da parceria, resultou o Programa Evoluir, que visa orientar os participantes para o futuro do trabalho, contribuindo para eliminar o estigma que existe na sociedade relativamente à idade. É objetivo reintegrar os profissionais com mais de 50 anos no mercado de trabalho.

O projeto, que arranca a 30 de outubro e decorre até 13 de janeiro, tem como objetivo combater o estigma associado à idade e preparar os participantes para os desafios do futuro do trabalho.

Reiterar 40 profissionais no mercado de trabalho

Neste quadro, cerca de 40 profissionais vão ser acompanhados pela dNOVO e participar num plano de formação e networking que percorre vários espaços da cidade, constituindo uma experiência de aprendizagem diferente e em que os participantes vão estar em contacto com o ecossistema de inovação de Lisboa, “com o objetivo de contribuir para acelerar o seu regresso ao mercado de trabalho”, refere a CML.

O programa assenta em quatro eixos principais: autoconhecimento, competências de futuro, empreendedorismo e abordagem ao mercado de trabalho e conta com o envolvimento de mais de 20 parceiros e vários mentores dNOVO, além da equipa Future of Work da autarquia.

A Câmara de Lisboa afirma que pretende reforçar o seu compromisso com a inclusão, o desenvolvimento do talento e a promoção de emprego de qualidade, apostando num modelo que liga inovação, partilha de experiências e valorização da maturidade profissional.