OBRAS NO MERCADO DE QUEIJAS CONSOLIDAM FREGUESES

Para evitar deslocações e apoiar o comércio local, a União de Freguesias de Carnaxide e Queijas está a apostar no «rejuvenescimento» dos mercados de Queijas e Carnaxide, transmitindo uma mensagem clara: «Estamos abertos, contem connosco».

É, numa perspetiva de valorizar os mercados locais tradicionais, onde existe uma grande cultura de fornecer «ao freguês» os mais «frescos e melhores produtos alimentares» que o presidente da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Inigo Pereira, aposta, porque estes espaços de venda são uma forma de conhecer os produtos regionais e, de certa forma, passe o eufemismo, conhecer a gastronomia portuguesa.

No mercado de Queijas, a ser alvo de obras de reabilitação de tecto e de pavimento, encontram-se cerca de 10 espaços, onde se pode encontrar desde a cafetaria, passando pela peixaria, talho, churrascaria, até à loja de telemóveis e um posto de enfermagem.

Para Inigo Pereira «é necessário continuar a reabilitar os mercados» da União de Freguesia. Assim, no âmbito da delegação de competências da Câmara Municipal para as uniões de freguesias, a responsabilidade da manutenção dos mercados compete às freguesias. Por isso e também por considerar que estes espaços «são parte integrante na vida das comunidades locais, Inigo Pereira tem apostado forte na reabilitação.

«No ano passado, em Queijas, numa primeira fase reabilitamos e pintamos os muros, abrimos um centro de enfermagem e fizemos um mural, com temas alusivos aos produtos e à vida do mercado. Agora, nesta segunda fase, estamos a reabilitar os tectos, vamos pintar as paredes e trocar o piso», revela o presidente da União de Freguesias, anunciando que, proximamente, «vão ser efectuadas obras nas casas de banho e arranjos no exterior».

Já no mercado de Carnaxide, Inigo Pereira lembra que foi «reforçada a iluminação no interior, tendo sido também pintadas as paredes interiores» e, na próxima semana, a União de Freguesias vai iniciar a pintura exterior deste espaço.

Todas estas obras, efectuadas por administração direta pelo departamento de Higiene Urbana da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, sob a supervisão de Francisco Góis, pretendem transmitir um «sentimento de confiança e segurança aos utentes e lojistas» e, ao mesmo tempo, atrair novos clientes para os mercados locais, refere Inigo Pereira, recordando que a União de freguesias, no seguimento das determinações da Câmara de Oeiras, decidiu isentar de pagamento de rendas as bancas e lojas dos mercados, até ao término da crise pandémica.


Corvina de 30 quilos

«Os comerciantes dos mercados desempenharam um papel importante durante o Estado de Emergência. Mantiveram-se abertos e abasteceram, com produtos frescos, a população». E, talvez por isso, exista tanto por parte da autarquia, como da população em geral, um sentimento de «agradecimento e de confiança», que é concretizado através do aumento significativo de clientes destes espaços.

Aliás, como referiu a Olhares de Carnaxide e Queijas Luís Santos, da peixaria «ála qué cardume», conhecido por ter «sempre peixe fresquíssimo», nota-se que «as pessoas estão a regressar às compras no mercado». As medidas tomadas de desinfecção e higienização, duas vezes ao dia, destes espaços também contribuiu para «dar confiança» aos clientes, refere.

Em amena «cavaqueira» com o presidente da União de Freguesias, após ter mostrado uma enorme corvina (com cerca de 30 quilos), Luís Santos salienta que «todas as obras são sempre bem-vindas». Pois, os mercados são um pólo de convívio (cumprindo-se sempre as regras de distanciamento social) e, ao mesmo tempo, um local onde se pode comprar produtos frescos e de qualidade.

Luís Santos, há 20 anos a trabalhar no mercado de Queijas, considera que «nos mercados os preços podem ser um bocadinho mais caro do que o praticado nas grandes superfícies, mas os fregueses encontram produtos de grande qualidade e frescos», dando como exemplo a corvina que tinha acabado de mostrar a Inigo Pereira, acabada de pescar nas águas do Tejo.

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