Entre os dias 22 de agosto e 11 de setembro, o concelho de Oeiras recebe a 5ª edição do Operafest 2024, que terá lugar nos Jardins do Palácio Marquês de Pombal. Depois de Oeiras, o evento segue para Lisboa, onde irá passar pela Fundação Calouste Gulbenkian, Cinemateca, entre outros locais.
A partir do dia 22 de agosto, os Jardins do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, recebem o Operafest, que vai contar, no primeiro dia, com duas das óperas italianas mais populares de sempre: “Cavalleria rusticana”, de Mascagni, e “Pagliacci”, de Leoncavallo. Estas são duas obras primas de um ato e dois paradigmas do movimento verista italiano, que enaltece a verdade do sentimento e do canto que pode ser cru e agressivo, mas direto, com emoções verdadeiras e em que a tragédia, o crime de honra, o crime conjugal, os conflitos humanos, passam para a esfera popular, sem mediação ou bonitas palavras.
Para os mais novos, está ainda programada a exibição de ‘O Polegarzinho’, nos dias 28, 29, 30 e 31 de agosto, às 21h00. Este é um “pequeno herói” que, graças à sua inteligência, consegue fugir do “instinto fatal” de todos os que atentam contra a sua vida e à dos seus irmãos. Este espetáculo é uma contópera de Isabelle Aboulker, e que está em estreia nacional, a partir do clássico de Charles Perrault. O Polegarzinho é o mais pequeno de todos os irmãos, mas o mais esperto e o mais destemido, e que enfrenta todos os males, desde logo os próprios pais que abandonam os filhos na floresta onde todos os perigos espreitam.
Operafest fica em Oeiras até 11 de setembro
Esta é uma metáfora para o crescimento em que temos de enfrentar o mundo real onde nada é o que parece e como certos seres humanos conseguem passar, como por magia, por cima dos obstáculos mais intransponíveis. ‘O Polegarzinho’ conta com a direção cénica da atriz e encenadora Sandra Faleiro e a direção musical do pianista Francisco Sassetti. O Operafest é considerado um festival de ópera “fora da caixa”, e é liderado pela soprano Catarina Molder e produzido pela Ópera do Castelo.
O evento pretende ainda cruzar tradição e a vanguarda, e estende-se até 11 de setembro, contando com novos palcos e parceiros de programação, e promete levar ópera vibrante para todos os públicos. Este ano, e pela primeira vez, conta com o apoio do Município de Oeiras. O mote é “Instinto Fatal”, e depois de passar por Oeiras, segue para Lisboa, mais concretamente para a Fundação Calouste Gulbenkian, com “Don Giovanni” de Mozart. Já para celebrar os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, o evento irá ter ainda a estreia absoluta da cantata performance “Tormento” a partir do Canto V dos “Lusíadas”, integrada na Trienal de Lisboa, entre outras iniciativas. Conheça o programa completo no site do evento.