Com um investimento de 3,5 milhões de euros, o Polo Oeiras Mar da Rede Colaborativa para a Tecnologia Oceânica, apresentado esta quarta-feira, 16 de outubro, no Forte de São Julião de Barra, pretende transformar o campus do IPMA de Algés numa área de investigação e suporte à economia azul.
José Ângelo Guerreiro da Silva, presidente do IPMA, salientou a importância desta “infraestrutura essencial para o desenvolvimento tecnológico”, permitindo, por exemplo, “ensaios de robótica submarina e de acústica”. Um espaço para a Universidade de Lisboa, a Universidade do Porto, a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique e diversas empresas privadas ” trabalharem na área da investigação marítima”.
Presente no lançamento da primeira pedra esteve também o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, que sublinhou a relevância de uma infraestrutura de “agregação das instituições ligadas ao Mar” no município de Oeiras, um objetivo há muito desejado, como referiu. “Faz todo o sentido que se ultrapasse o simbólico do que é o significado do mar e do Tejo, já que estamos precisamente onde o rio termina e o mar começa e temos muitas instituições ligadas ao mar, por exemplo a Escola Náutica e o Aquário Vasco da Gama. Era natural que a CM Oeiras procurasse criar condições de agregação dessas instituições”, afirmou.
O novo edifício, cuja conclusão está prevista para dezembro de 2025 e cujo investimento representa 25% do valor global do projeto HUB Azul Oeiras Mar, financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), terá dois pisos que irão acolher a Unidade de Engenharia Oceânica, a Unidade de Interface com o Sector Económico e a Unidade de Amostras em Meio Líquido. Haverá igualmente espaços de acolhimento a investigadores e empreendedores nacionais e internacionais, assim como uma área museológica, com disposição de amostras e obras, algumas datadas do século passado e que agora poderão ser colocados ao serviço da investigação.