PSD de Lisboa acusa Pedro Costa de “má gestão financeira”

Apesar da presidência da Câmara de Lisboa não comentar a demissão do presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, a concelhia de Lisboa do PSD, em comunicado publicado no Facebook, acusa Pedro Costa de ter quebrado a confiança dos eleitores, estranhando que esta demissão ocorra “a seguir à Assembleia de Freguesia onde foram apresentadas as piores contas dos últimos 10 anos”, o que classificam como “um sinal do desastre da gestão financeira”.

O dirigente socialista Pedro Costa anunciou esta terça-feira a sua renúncia ao cargo de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, em Lisboa, funções em que será substituído pelo autarca Hugo Vieira da Silva. Numa carta dirigida aos fregueses que o elegeram, o filho do ex-primeiro-ministro António Costa justifica a decisão com “incompatibilidades” com a Câmara Municipal de Lisboa, presidida por Carlos Moedas, pedindo mais criatividade à câmara para resolver problemas da freguesia.

Pedro Costa, membro da Comissão Política Nacional do PS e filho do ex-primeiro-ministro António Costa, desempenhava o lugar de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique desde 2020, tendo sido reconduzido nestas funções nas eleições autárquicas de 2021.

O gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, contactado por Olhares de Lisboa, não quis comentar a esta decisão de Pedro Costa, revelando que não estava prevista nenhuma reação de Carlos Moedas. Mas, por volta das 16 horas, de terça-feira, a página de Facebook do PSD de Lisboa publicava um comunicado da concelhia de Lisboa dos sociais-democratas em que acusava Pedro Costa de ter desistido das pessoas e quebrado a confiança dos eleitores.

Segundo os sociais-democratas, “esta demissão é, acima de tudo, o reconhecimento da sua incapacidade para resolver os problemas da comunidade de Campo de Ourique já que, desde que assumiu funções no final do mandato passado, não conseguiu liderar as melhores soluções para aquele território”.

Pedro Costa rebate estas acusações do PSD, lembrando que, enquanto exerceu as funções de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, avançou “na concretização dos planos existentes, na recuperação e devolução do espaço público” e na prioridade aos “espaços verdes e de lazer”.

“Protegemos a saúde dos moradores, combatemos as desigualdades e o isolamento. Garantir que todos viviam o bairro da mesma forma, independentemente da sua classe social, da sua idade e da rua onde vivam. Assim assumimos o planeamento e a participação como prioridades, foram centenas de horas de debate sobre todos os temas, vertidos nas conclusões de que bairro queremos até ao final de 2030”, acrescenta na sua carta de demissão, apresentada ontem (terça-feira) à presidente da Assembleia de Freguesia.

Contudo, os sociais-democratas insistem com o facto de esta demissão ter ocorrido “a seguir à Assembleia de Freguesia onde foram apresentadas as piores contas dos últimos 10 anos”, o que classificam como “um sinal do desastre da sua gestão financeira, onde o passivo da junta de freguesia mais que duplicou em apenas um ano e que mereceu o repúdio por parte dos eleitos do PSD”.


A concelhia do PSD de Lisboa reafirma a sua confiança em Carlos Moedas, defendendo que o presidente da autarquia “continuará a liderar a cidade com as pessoas e com todos os presidentes de junta, independentemente dos partidos que representam”.

 

 

 

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