RICARDO LEÃO ADMITE REGRESSO DA GESTÃO PÚBLICO-PRIVADA AO BEATRIZ ÂNGELO

O autarca defende que o encerramento da urgência pediátrica deve ser “temporária” e não permanente.

O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, admitiu esta quarta-feira, dia 1 de março, a possibilidade de pedir o regresso da parceria público-privada ao Hospital Beatriz Ângelo. Por outro lado, o autarca defende que o encerramento da urgência pediátrica deve ser “temporária” e não permanente.

Na próxima terça-feira, o autarca vai estar reunido com o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Recorde-se que Ricardo Leão pediu este encontro com carácter de urgência, na sequência da decisão de encerramento, no período noturno, do serviço pediátrico do Hospital Beatriz Ângelo (HBA).

Ao mesmo tempo, Leão estará ainda acompanhado dos autarcas dos concelhos servidos por este hospital. Na missiva enviada a Manuel Pizarro, o autarca de Loures explica que o HBA serve atualmente uma população de 278 mil habitantes, oriundos dos concelhos de Loures, Mafra, Odivelas e Sobral de Monte Agraço.

Recorde-se que a urgência pediátrica do HBA vai encerrar no período noturno, entre as 21h00 e as 9h00 da manhã, já a partir desta quarta-feira, e devido à demissão de 11 médicos chefes de equipa.

Ao mesmo tempo, irá estar fechada, durante o dia, aos fins de semana. Em declarações à SIC, Ricardo Leão lamentou a decisão e defende que este encerramento deve ser “de forma temporária” e não permanente. “O concelho de Loures está a rejuvenescer, temos muitos jovens que precisam deste serviço”, explicou o autarca.

Por outro lado, Leão admitiu uma degradação do serviço prestado pelo HBA desde que passou para a gestão pública, em janeiro de 2022. Neste sentido, considerou ainda que pondera pedir à tutela o regresso da gestão público -privada no HBA, e que durou cerca de 10 anos.

Por fim, o autarca de Loures considera urgente “conhecer, discutir e perspectivar potenciais soluções integradas e coerentes”. No mesmo sentido, quer ainda “garantir que o melhor serviço público chega às suas populações, ainda mais numa área como a da Saúde”.


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