O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, acompanhado da vice-presidente, Sónia Paixão, e os vereadores Nélson Batista, Paula Magalhães, Nuno Dias e técnicos do município, teve uma reunião, esta quinta-feira, dia 20 de outubro, com D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ, na sede do Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, no Beato, em Lisboa.
A ideia desta visita foi conhecer o espaço, que se situa na antiga Manutenção Militar de Lisboa, bem como acertar pormenores entre a autarquia de Loures e o COL. “Queremos, acima de tudo, com esta visita, manifestar a nossa gratidão por esta parceria e co-organização da Câmara de Loures”, disse D. Américo Aguiar durante o encontro, agradecendo “o empenho e dedicação” desta autarquia desde a primeira hora na organização das JMJ, marcadas para a primeira semana de agosto de 2023.
Durante a visita, Ricardo Leão, presidente da CM Loures, adiantou que esta edilidade irá investir entre nove a 10 milhões de euros na realização do evento, que se prevê que traga cerca de “dois milhões de peregrinos” a Loures e a Lisboa. Para o autarca, a realização das JMJ vai permitir a recuperação da única frente ribeirinha que o concelho de Loures tem, uma vez que foi necessário retirar os contentores que se encontravam no Complexo da Bobadela durante décadas e que “impossibilitavam as pessoas de ter acesso ao rio”.
“Só com um evento deste calibre é que foi possível a retirada dos contentores e a devolução da frente ribeirinha aos moradores”, criticou o presidente da Câmara de Loures, acrescentando que as JMJ serão, talvez, “o maior evento que o concelho já recebeu e vai receber”. As Jornadas Mundiais da Juventude realizam-se no Parque Tejo, dividido entre os concelhos de Lisboa e Loures, entre os dias 1 a 6 de agosto do próximo ano. No final do evento, a autarquia de Loures irá reabilitar a zona junto ao Trancão, de forma a construir um espaço verde e de lazer ao serviço de todos os munícipes, com diversos equipamentos.
Recorde-se que, no passado dia 2 de julho, a Câmara de Loures lançou a obra do Percurso Ribeirinho de Loures, que começa na margem esquerda do Rio Trancão e desenvolve-se ao longo do rio, num comprimento de cerca de seis quilómetros, até à ligação com o percurso que vai até Vila Franca de Xira. A empreitada será feita a par com este novo parque verde e irá ter início a seguir à realização das Jornadas, prevendo-se que fique concluída até 2026.
“Esta é uma obra determinante para aproximar as pessoas do rio, proporcionando finalmente a milhares de cidadãos (em particular, aos habitantes das zonas de Sacavém, Bobadela, São João da Talha e Santa Iria de Azóia) uma ligação com a frente ribeirinha do concelho de Loures, há muito desejada”, acrescentou o autarca na altura, antecipando que “vai ser criada uma ligação a meio, porque não se pode só ter entradas nas pontas do parque, servidas por duas passagens aéreas: uma sobre a via ferroviária e outra sobre a estrada IC2”.
Aos jornalistas presentes, Ricardo Leão (PS) adiantou que a Câmara de Loures “está pronta” para receber os milhões de peregrinos que vão visitar Lisboa durante aqueles cinco dias, e destacou “as excelentes relações” tanto com o presidente da Câmara da capital, Carlos Moedas (PSD), como com o Bispo D. Américo Aguiar. “Não coloco interesses partidários à frente dos interesses da autarquia, e muito menos faria isso num evento destes”, salientou o edil da autarquia de Loures, ressalvando que esta “quer estar à altura do desafio” que são as Jornadas Mundiais da Juventude.
“Obviamente que nós nos associamos desde início a este evento, não só pela pelo evento que é, mas também pela notoriedade, o impacto e a projeção que as Jornadas vêm dar a Loures”, reforçou Ricardo Leão, lembrando que, devido à importância das JMJ para o concelho, a autarquia destacou uma equipa dedicada às questões relacionadas com o evento.
Durante a visita, foi inaugurada uma placa comemorativa deste encontro na sede do COL, espaço que, após as JMJ, o Bispo Auxiliar de Lisboa gostaria que fosse destinado à realização de iniciativas ligadas à juventude. Este edifício situa-se à Antiga Manutenção Militar de Lisboa, um espaço que, segundo o Bispo, anteriormente “trabalhou para a guerra”, mas que agora, trabalha “para a Paz”.
Ao mesmo tempo, D. Américo Aguiar adiantou ainda que existe “um compromisso” com as autarquias de Loures e Lisboa para que uma eventual superavit das receitas destinada à realização das Jornadas seja destinada aos jovens e a projetos de desenvolvimento na área da Juventude.
