Sardinhas vencedoras estão por toda a cidade durante o mês de julho

Depois do fim do concurso anual das sardinhas, a Câmara Municipal de Lisboa expõe agora os cinco trabalhos concorrentes, escolhidos de um conjunto de 3500 propostas. Os trabalhos podem ser vistos, durante o mês de julho, em vários pontos da cidade, incluindo os autocarros da Carris, mupis digitais, entre outros.

Após a escolha das cinco sardinhas vencedoras que, todos os anos, ilustram as Festas de Lisboa, que acontecem em junho, a Câmara Municipal de Lisboa (CML), está agora a divulgar os cinco trabalhos vencedores em diversos pontos da cidade, incluíndo os autocarros da Carris, mupis digitais, entre outras formas de divulgação. No total, a Lisboa Cultura (antiga EGEAC) recebeu 3582 propostas, das quais 2587 eram portuguesas e 995 estrangeiras, sendo que, ao todo, participaram 63 países neste concurso. Em 2024, os cinco trabalhos vencedores são todos de mulheres e retratam temas como os 50 anos do 25 de Abril, os livros, o azeite, o queijo e uma varina.

Uma das sardinhas vencedoras é a ‘Abrileira’ e foi feita a pensar na necessidade de lutar pela liberdade. Em nota de imprensa, a autora, Mónica Marques Monteiro, explica que, através da pintura digital, pretendeu seguir o mote “risca e arrisca”, de modo a criar textura com várias tonalidades e formas. Já o segundo trabalho vencedor é de Inês Forte e chama-se ‘O Saber da Sardinha’ e pretende chamar a atenção para a importância de ler. A terceira vencedora é Carolina Carvalho e representa o azeite, que está ‘Ao preço do ouro’, título que atribuiu à sardinha.

Vencedores ganham 1500 euros de prémio

A ideia era demonstrar o seu desagrado perante a situação do país, que está a viver tempos muito difíceis em termos económicos, com uma crise em que os preços de produtos alimentares essenciais estão completamente desfasados do salário mínimo de um português. Dos Países Baixos, chegou ainda o ‘Chessy’, de Mariëlle van der Gouw, que retrata o queijo, tão típico daquele país. A sardinha vencedora mostra um pequeno rato que encheu a barriga e agora descansa, satisfeito, em cima da sardinha.

Por fim, o quinto trabalho vencedor é de Beatrizarte e chama-se ‘A Varina’, que traz, todos os anos, a sardinha fresquinha que é consumida nas festas populares. Cada uma das vencedoras recebeu um prémio monetário de 1500 euros. A divulgação destes trabalhos decorre até ao final do mês de julho. No entanto, e até ao dia 27 de outubro, o Panteão Nacional acolhe uma exposição de 30 interpretações deste monumento nacional e que foram apresentadas na edição deste ano do concurso, que já vai na sua 14ª edição.

Quer comentar a notícia que leu?