SEGUNDO COLUMBÁRIO DO PAÍS É INAUGURADO EM CARNAXIDE

Depois de Oeiras – em setembro, é a vez de Carnaxide também ter disponível este equipamento, que possibilita à população “depositar as cinzas de seus entes queridos, de forma respeitosa e dignificante, num lugar de grande significado”, de acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais.

 A Câmara Municipal de Oeiras inaugurou, ontem, o segundo columbário de Portugal, em Carnaxide. O evento ocorreu na Capela Municipal local, e teve a celebração litúrgica proferida pelo Padre Pedro Coutinho, responsável pela Paróquia local.

Dotada de 364 compartimentos individuais para a colocação de cinzas, a estrutura do columbário assemelha-se a uma grande pintura a óleo, cujas urnas não ficam visíveis, mas formam a imagem de uma paisagem do nascer do sol. Associado à estrutura, há um dispositivo informático, que informa quais são os espaços livres e ocupados.

O investimento total dos dois equipamentos, de Oeiras e Carnaxide, foi de 150 mil euros. Em ambos os locais, o requerente pode optar pela concessão anual ou perpétua. Além dos dois columbários em Oeiras, existem outras estruturas que permitem a colocação de cinzas não reclamadas num espaço comunitário.

Isaltino Morais explicou que a criação dos columbários não tem o intuito de comemorar a morte, mas de compreendê-la e, acima de tudo, dignificá-la. “É necessário corresponder à diversidade de cultos das pessoas, que é própria da evolução natural da sociedade. Não nos quisemos limitar a fazer uma construção com os respetivos armários, entendemos que devíamos dar a isso uma simbologia.”. A fotografia impressa nos azulejos é, portanto, uma imagem simbólica dos ritos de passagem do ser humano durante a vida.

A simbologia carregada pela fotografia

A bela imagem de Paço de Arcos, que forma o columbário, mostra um nascer do sol junto ao mar e às pedras. O Presidente da Câmara de Oeiras narrou os traços simbólicos de cada elemento da natureza, para compará-los com as vivências do homem desde o nascimento, até a morte.

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A penumbra do céu, nos minutos que antecedem um novo dia, constituem as agruras da vida, juntamente com as pedras – os numerosos obstáculos perpassados por todos. À medida que se passa pelas pedras brutas, alcança-se as pedras polidas, tal como a evolução espiritual e de sabedoria do homem, à medida que envelhece. No outro lado da imagem, há um muro que separa todos esses elementos da luz do sol, representando a morte para o alcance de Deus. “O objetivo é dignificar a vida e as pessoas, mesmo depois da morte, para a comunidade se sentir em harmonia e respeitada em sua plenitude”.

 

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