SEMANALMENTE LISBOA DISTRIBUI 26 TONELADAS DE FRESCOS

A Câmara de Lisboa e a CAP estão a distribuir, semanalmente, mais de 26 toneladas de produtos frescos que estavam destinados aos mercados das Galinheiras e do Relógio, produzidos pelos agricultores do distrito de Lisboa.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), Eduardo Oliveira, acompanharam esta manhã, na pista Municipal Moniz Pereira, Alto do Lumiar, a distribuição de bens alimentares a Juntas de Freguesia, associações de moradores e instituições sociais de Lisboa.

São cerca de 1.800 as famílias que beneficiam desta ação, inserida na iniciativa municipal «Mercado Solidário» que permite aos produtores do distrito de Lisboa e que vendiam nas feiras das Galinheiros e do Relógio escoar produtos frescos.

Este programa, que começou com 300 famílias que vivem em bairros municipais, «é mais uma resposta à pandemia do Covid19 a juntar a todas as outras», salienta o vereador Carlos Castro, da Câmara Municipal de Lisboa, acrescentando que esta iniciativa começou com 300 famílias, rastreadas pelas Associações de Moradores, no âmbito do programa «Mercado Solidário», promovido pela vereadora Paula Marques, e que rapidamente «se estendeu» a 1.800 famílias, identificadas pelas Juntas de Freguesia e pelas Associações de Moradores.

Apoio a produtores nacionais

Segundo o autarca, com esta ação «dá-se resposta a duas questões fundamentais: por um lado aos produtores que ficaram sem escoamento de produtos, depois de as feiras das Galinheiras e do Relógio, pontos fundamentais de distribuição, terem encerrado devido à pandemia de covid-19; e, por outro, apoiam-se as famílias nesta situação de emergência».

Como realça Carlos Castro, a Câmara de Lisboa tem adquirido, desde o dia 14 de março, os produtos frescos que deixaram de ser vendidos nas feiras da cidade para os entregar a associações de moradores, juntas de freguesia e instituições sociais de Lisboa.

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À semelhança do presidente da CAP, também presente nesta iniciativa, e que chamou a atenção «para a qualidade» dos produtos nacionais», o vereador Carlos Castro salientou que todos «os produtos distribuídos são nacionais e de grande qualidade», o que é demonstrativo da grande qualidade dos bens produzidos pelos nossos agricultores.

A Câmara de Lisboa – revela Carlos Castro – adquire os produtos aos produtores e, depois, com o envolvimento das associações de moradores e das Juntas de Freguesia, faz a sua distribuição pelas famílias mais necessitadas. O «cabaz de produtos» é constituído por frescos, como fruta, legumes, batatas e ovos, além de pão.

Mas, para as pessoas que não podem cozinhar em casa, a autarquia também tem respostas. E, segundo Carlos Castro, a autarquia está «a utilizar as cozinhas das escolas para confecionar refeições e entregá-las às famílias», recordando que, na última semana, a Câmara garantiu «mais de 11 mil refeições entregues diariamente pelas juntas de freguesia a idosos e doentes crónicos mais necessitados».

Envolvimento de todos

A sinalização das famílias que necessitam de apoio é feita pelas associações de moradores, que «estão no terreno», e depois validada pelas Juntas de Freguesia. A distribuição dos produtos tem seguido várias modalidades, podendo nuns casos serem levantados pelas famílias e noutros entregues nas próprias casas, por equipas mistas, que podem integrar funcionários das Juntas de Freguesia, elementos das associações de moradores e voluntários.

«É mais uma resposta, com o envolvimento dos parceiros locais. Ao longo dos anos fomos criando esta rede de parcerias locais, não fazia sentido que agora não nos articulássemos e não nos mobilizássemos», salientou, por seu turno, a vereadora Paula Marques, responsável pelo pelouro da Habitação, insistindo na importância que têm as comunidades e as organizações locais nas redes solidárias dos territórios.

Para Paula Marques, esta «resposta em situação de emergência, provavelmente, irá pôr a descoberto outras necessidades e outras carências que as famílias vão sentido ao longo deste processo», nomeadamente se ficam sem emprego, se vêem os seus rendimentos baixar. «A proximidade com as associações e com as juntas também nos permite aferir essas situações», acrescentou a vereadora, salientando que «vão continuar as entregas de chaves de fogos municipais».

Aliás, do ponto de vista da autarca, estas ações contribuem para minimizar muitos dos problemas que a pandemia trouxe, lembrando que «a moratória, até ao final de junho, dos pagamentos das rendas municipais, assim como as medidas de apoio às pessoas sem-abrigo, tem contribuído para a crescente confiança dos lisboetas na Câmara de Lisboa». Essas medidas, bem como o acompanhamento, telefónico, da Gebalis a todos os moradores nos bairros municipais e o acompanhamento das pessoas vítimas de violência doméstica, tem contribuído, também, para o reforço desses laços de confiança.

 

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