Shotokan Clube de Alfornelos forma jovens para a vida

O Shotokan Clube de Alfornelos é um clube que se dedica exclusivamente ao Karaté, em Alfornelos. Criado em 2019, tem 50 alunos, com idades compreendidas entre os quatro e os 68 anos. Sem sede, as aulas são ministradas, às terças e quintas-feiras, na Escola Básica Alice Leite, em Alfornelos.

Marco Mateus é o mestre e responsável do Shotokan Clube de Alfornelos, a funcionar nas instalações da Escola Básica Alice Leite, que tem como objetivo “estimular a prática do Karaté”, na modalidade Shotokan.

Esta modalidade – segundo Marco Mateus – “é a arte marcial que mais praticantes tem em todo o mundo”. “Temos famílias inteiras a treinar”, explica o responsável do clube, lembrando que “o clube foi fundado por mim e mais alguns praticantes que já estavam comigo e, como surgiu a oportunidade de fazer uma parceria com a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Alfornelos, levámos esta oferta para a escola”, conta Marco Mateus, que já dá aulas de Karaté em Alfornelos há 27 anos, e que concilia esta paixão com o seu trabalho diário na Câmara Municipal de Lisboa.

“O Karaté tem inúmeras vantagens, é uma atividade física que envolve muita disciplina mental”, refere o instrutor, salientando que esta modalidade ajuda o desenvolvimento “do carácter, da sensibilidade, do esforço, da etiqueta e do autocontrolo”.

Os alunos associados da Associação de Pais pagam três euros mensais para frequentar as aulas de Karaté. Os restantes pagam 20 euros.

O Shotokan Clube de Alfornelos é a única escola de Karaté de Alfornelos, mas não da freguesia da Encosta do Sol. No total, e para além deste clube, há ainda outra escola, a Fusões, que fica na Brandoa, mas está “mais virada para a competição”, esclarece Marco Mateus, referindo que no seu clube não existe essa vertente.

O Shotokan Clube de Alfornelos não tem sede própria, o que é um entrave ao normal desenvolvimento as aulas. “Gostava muito de ter uma sede, até porque seria sempre um polo onde as pessoas nos encontram”, reforça.

Em relação ao número de alunos, esta escola conta com 50 praticantes, entre os quatro e os 68 anos, sendo que muitos “são famílias inteiras”. “Neste momento, não tenho espaço para meter mais ninguém”, acrescenta Marco Mateus, que faz um balanço positivo da atividade desta escola, que, contudo, ainda não tem apoios financeiros da Junta de Freguesia da Encosta do Sol, “porque a nossa figura jurídica ainda não permite” o acesso a estas verbas.

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No entanto, Marco Mateus salienta as boas relações com aquela autarquia, que divulga e promove todas as atividades do Shotokan Clube de Alfornelos.

Forma de vida

Marco Mateus é cinturão negro Karaté, 5º Dan (em Portugal, o grau mais alto é o 8ºDan). “Eu sempre fui um apaixonado das artes orientais”, recorda, acrescentando ainda que começou por praticar Kung Fu e Judo. A passagem para o Karaté deu-se por influência do seu mestre, que o incentivou a praticar a modalidade, que Marco começou “a achar interessante”.

“O Karaté não é apenas uma modalidade, é, essencialmente, uma forma de vida”, defende o instrutor, que diz ainda que o principal objetivo é a “superação” e não a conquista de graduações. “As coisas são naturais e conquistam-se”, considera, lembrando que, por isso, o Karaté promove a “meritocracia, que se tem vindo a perder ao longo dos anos”. No caso das crianças, a modalidade incentiva a prática de exercício físico.

“Já tive pessoas a trazerem os filhos para treinar, os filhos saem e eles ficam e chegam a cinturão negro”, recorda o instrutor do Shotokan Clube de Alfornelos, que recorda que, para se ter sucesso nesta modalidade, “é preciso treinar muito”.

Nesta escola, para além dos treinos semanais, existem atividades na Praia da Mata (Costa da Caparica), no final do verão, e que são abertos a toda a comunidade

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