SIMAS VAI SUBSTITUIR MAIS DE MIL QUILÓMETROS DE REDE DE ÁGUA

A vereadora Joana Batista da Câmara Municipal de Oeiras, anunciou hoje, quinta feira, na abertura da 2ª edição do Ciclo de Debates sobre Inovação e Sustentabilidade, promovida pelos SIMAS – Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora, que mais de mil quilómetros da rede de água em fibrocimento vão ser substituídos até 2025 e que as obras do Templo da Água, no Parque dos Poetas, vão-se iniciar no principio de 2022.

Hoje, quinta-feira, iniciou-se no Parque dos Poetas, em Oeiras, a 2ª edição do Ciclo de Debates sobre Inovação e Sustentabilidade, um evento promovido pelos SIMAS – Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora, e onde estão a ser abordadas questões como a sustentabilidade organizacional e a influência das alterações climáticas no abastecimento de água aos cidadãos, com o objetivo contribuir para o alinhamento da estratégia de sustentabilidade dos SIMAS, nomeadamente para a estratégia de negócio e na prossecução do cumprimento dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos concelhos de Oeiras e Amadora.

A vereadora Joana Batista, em substituição do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, procedeu à sessão de abertura, tendo realçado a importância do SIMAS na gestão e centralização «deste recurso que é a água». Durante a sessão, foi ouvida uma mensagem vídeo da secretária de Estado do Ambiente, Inês Costa.

Joana Batista, que também é administradora do SIMAS, recordou aos participantes neste seminário eu, «o SIMAS foi uma das primeiras entidades gestoras a introduzir a telemétrica, o que permite a centralização de todo o tipo de operações, contribuindo para uma gestão mais eficiente e sustentável do recurso água».

Para Joana Batista, em termos de inovação e sustentabilidade, o «SIMAS alcançou com o projeto piloto de telemetria», que conta já «com cerca de 750 contadores instalados», benefícios múltiplos para os consumidores. De facto, segundo realçou, «este projeto permite que a faturação da água deixe de ser em termos de estimativa para passar a ser real», sendo o valor do consumo efetuado em tempo real.

Lembrando que 20% do consumo de água do SIMAS depende das empresas e da indústria, Joana Batista revelou que o próximo objetivo é ampliar a rede de contadores de grande calibre.

Remoção do fibrocimento na rede de água

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Por outro lado, a vereadora falou sobre o Plano Estratégico para a Remodelação de Redes de Água no Concelho de Oeiras para os anos de 2021 a 2025, salientando que «o SIMAS vai ser a primeira entidade gestora em Portugal a eliminar, até 2025, a rede de fibrocimento em mais de mil quilómetros de rede de água».

Com um orçamento de 13,7 milhões de euros distribuídos anualmente até 2025, os SIMAS pretendem garantir que a rede de abastecimento de água sirva os clientes a um nível de excelência na qualidade de serviço, sem interrupções no fornecimento de água em quantidade e qualidade.

Este Plano Estratégico prevê a total substituição das redes de fibrocimento (11,6 milhões de euros), das redes com mais de 40 anos (570 mil euros) e ainda obras identificadas como essenciais ao sistema de abastecimento de água de Oeiras (2 milhões de euros), tais como a remodelação das câmaras de manobras dos reservatórios de Carnaxide e da Figueirinha, bem como a construção do novo reservatório do Alto de Santa Catarina.

A rede de abastecimento de água no concelho de Oeiras tem uma extensão de 675 quilómetros, garantindo, com elevados níveis de comodidade e qualidade, o abastecimento a cerca de 186 mil clientes.

Museu da Água

Segundo a vereadora, um outro investimento importante é o da construção do Centro de Ciência e Interpretação Ambiental da Água, vulgo Museu da Água, que se irá iniciar em princípios de 2022, no Parque dos Poetas.

Joana Batista adianta que este museu vai proporcionar uma experiência de promoção do valor da água, do seu papel na natureza e na relação com o ser humano, aumentando os níveis de consciência da sociedade para a sua preservação e valorização.

Este projeto dinamizado pelos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento (SIMAS) de Oeiras e Amadora, implica um investimento de 5,2 milhões de euros, mas irá proporcionar aos seus visitantes uma experimentação abrangente, onde são reproduzidas as diferentes paisagens ou territórios do planeta Terra, como as cataratas do Niágara ou o Ártico.

O objetivo é transmitir a componente sensorial e tridimensional num espaço onde o visitante sente a água nos seus diversos estados (sólido, líquido, gasoso), envolvendo meios tecnológicos combinados com interações físicas e humanas de forma a promover conteúdo e experiências únicas para os visitantes.

Trata-se ainda de um local onde os meios tecnológicos são combinados com as interações físicas e humanas para promover conteúdo e experiências únicas para o público de todos os quadrantes e idades, explicando que «as pessoas que o vão visitar têm de ser surpreendidas, como se estivessem no local que se quer retratar. Uma espécie de National Geographic ao vivo e em direto».

Neutralidade carbónica

Por seu turno, a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, em mensagem de vídeo, após ter realçado o papel do SIMAS na gestão da água em Oeiras e Amadora, defendeu a concretização de um plano estratégico de abastecimento de água, saneamento e águas residuais e pluviais para 2030, procurando evitar a escassez da água em Portugal. Por isso, apelou ao reencontro de «modelos de gestão que se tornem a alinhar com os ciclos naturais da água».

Na perspetiva de Inês dos Santos Costa, a gestão do setor da água é tão importante como a prossecução do Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica ou o Plano de Ação da Economia Circular durante os próximos dez anos. Em causa estão os efeitos das alterações climáticas.

Apesar de nos últimos 30 anos terem sido investidos dez mil milhões de euros no setor da água, criando as infraestruturas e as taxas de abastecimento e tratamento de hoje, que asseguram que «99% da água fornecida é limpa e segura», Portugal passou de uma «gestão que se fundia com o ciclo regenerativo», para uma gestão que adapta «esse ciclo às nossas necessidades, com todos os impactos que daí advém».

Painéis de debate

11h – Alterações Climáticas e a sua influência no abastecimento de água para consumo humano com Prof. Dr. Luis Filipe Dias – Professor Universitário na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

12h – ENCPE e o Código de Contratos Públicos com Dr.ª Paula Trindade – Investigadora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia

2 de dezembro

10h – Nexo Água e Energia numa perspetiva de sustentabilidade com Dra. Filipa Newton – Coordenadora de Novos Sistemas na ADENE

10h45 – Pausa – Coffee-Break

11h – Entidades Gestoras Hídricas e o Fundo Ambiental com Dr.ª Alexandra Ferreira de Carvalho – Diretora do Fundo Ambiental

12h – Certificações de Sustentabilidade com Prof. Dr. Carlos Oliveira Augusto – Embaixador do ODS 9 para Portugal e CEO da empresa FACTOR4Sustainability

14h30 – O caso de Sucesso da Porto Business School com Dr. Gonçalo Guerra – Diretor Executivo na Porto Business School

15h30 – O Futuro Começou Ontem com Dr. João Meneses – Secretário Geral do BCSD Portugal

17h – Sessão de encerramento com Dra. Joana Baptista – Vogal do Conselho de Administração dos SIMAS

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