A Marcha “Lisboa, Mar de Encontros”, de Flávio Gilberto e Carlos Dionísio, venceu o Concurso Grande Marcha de Lisboa 2017 e será ouvida, cantada e dançada em toda a cidade na noite de Santo António.
Flávio Gilberto, ator de teatro de Revista, em particular no Parque Mayer, e Carlos Dionísio, professor de música, ligado ao Teatro Musical, Infantil e de Revista, são ambos compositores assíduos das marchas populares de vários bairros de Lisboa, juntando-se, agora, para a composição da Grande Marcha.
O júri deste ano, constituído por Tó Zé Brito (em representação da Sociedade Portuguesa de Autores), Tiago Torres da Silva (para apreciação da letra da composição) e Mitó Mendes (para apreciação das composições na generalidade), elegeu, assim, a Marcha com letra de Flávio Gil, como é conhecido, e música de Carlos Dionísio, como a vencedora da edição deste ano do concurso.
Além de um prémio pecuniário, a Marcha selecionada será interpretada por todos os participantes nas exibições do Meo Arena que antecedem o desfile das Marchas Populares e na própria noite de 12 de junho, na Avenida da Liberdade.
Organizado há mais de duas décadas, o Concurso promovido pela EGEAC convida todos os autores a comporem a Grande Marcha de Lisboa, cuja letra, este ano, deveria versar sobre o tema «Atlântico, mar de encontros», no âmbito de Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero-americana de Cultura, além de «Lisboa», como vem sendo habitual ao longo dos anos.
Lisboa
Viste partir caravelas
Buscando terras mais belas
Mais riqueza e outras gentes
Agora
Vês chegar dessas paragens
Filhos das tuas viagens
A falar línguas diferentes
Lisboa
Que saías para a rua
-quando ainda se via a Lua-
Com pregões cheios de fama
Agora
Esqueceste o cesto das flores
Perfumada pelos odores
Da Índia que era do Gama
(refrão)
Lisboa, tens agora em cada rua
Retratos que nos falam do passado
E tens, do mar, a herança que é só tua
Escutar em novas línguas, novo fado
Lisboa que desenhaste no mar
Um mundo todo inteiro por sonhar
Tens em cada estendal que se amontoa
Mais um sorriso por te ver, Lisboa
(refrão)
Lisboa, tens agora em cada rua
Retratos que nos falam do passado
E tens, do mar, a herança que é só tua
Escutar em novas línguas, novo fado
Lisboa que desenhaste no mar
Um mundo todo inteiro por sonhar
Tens em cada estendal que se amontoa
Mais um sorriso por te ver, Lisboa
Lisboa
Que te perdeste no mar
Nele é que foste encontrar
Tua história que deu brado
Lisboa
Essa história em que te alongas
E hoje te canta milongas
Que não esquecem o passado
Lisboa
Que já não vendes limões
Mas não esqueces as paixões
Que nos trouxeste do mar
Lisboa
Hoje gostas de muamba
E até já cantas o samba
Numa marcha popular
(refrão)
Lisboa, tens agora em cada rua
Retratos que nos falam do passado
E tens, do mar, a herança que é só tua
Escutar em novas línguas, novo fado
Lisboa que desenhaste no mar
Um mundo todo inteiro por sonhar
Tens em cada estendal que se amontoa
Mais um sorriso por te ver, Lisboa
(refrão)
Lisboa, tens agora em cada rua
Retratos que nos falam do passado
E tens, do mar, a herança que é só tua
Escutar em novas línguas, novo fado
Lisboa que desenhaste no mar
Um mundo todo inteiro por sonhar
Tens em cada estendal que se amontoa
Mais um sorriso por te ver, Lisboa
Autor da letra: Flávio Gilberto Santos Antunes da Silva
Autor da música: João Carlos Soares Dionísio