ODIVELAS | Câmara aprova ficar com a gestão do Mosteiro de São Dinis

A Câmara Municipal de Odivelas aprovou hoje ficar com a gestão do Mosteiro da cidade, onde está sepultado o rei D. Dinis, num investimento total de cerca de 32 milhões de euros.

A proposta foi discutida e aprovada esta tarde, durante a reunião do executivo, liderado pelo socialista Hugo Martins, com os votos favoráveis do PS e da CDU e a abstenção do PSD.

O Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, mais conhecido como Mosteiro de Odivelas, foi construído em 1310, encontrando-se no seu interior o túmulo do rei D. Dinis.

Nas instalações do Mosteiro de São Dinis funcionou até ao fim do ano letivo de 2014/2015 o Instituto de Odivelas, propriedade do Ministério da Defesa, que foi transferido para Lisboa.

O acordo de cedência deste monumento ao município de Odivelas tem um prazo de 50 anos e implica um investimento, por parte da autarquia, de cerca de 19 milhões de euros e o pagamento de uma renda mensal no valor de 23 mil euros, o que perfaz 32 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, congratulou-se com a decisão, mas ressalvou que o processo ainda não está concluído, uma vez que terá de ser ainda apreciado pela Assembleia Municipal e pelo Tribunal de Contas.

O autarca referiu que, após o aval destas duas entidades, irá levar a cabo uma discussão pública sobre o uso que a autarquia irá dar ao mosteiro.

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No entanto, Hugo Martins adiantou que a Câmara de Odivelas já tem em vista alguns projetos pensados para aquele espaço, nomeadamente a criação de um Centro Interpretativo sobre o Mosteiro de São Dinis, a construção de um centro de ensino e ainda a instalação da Divisão da PSP de Odivelas.

A Câmara de Odivelas pretende ainda vir a criar nos terrenos situados nas traseiras do Mosteiro um Parque Urbano.

Hugo Martins referiu que, assim que tomar posse do mosteiro, a autarquia irá elaborar um plano de recuperação e preservação, uma vez que algumas partes do monumento se encontram “em degradação”.

“Estamos preocupados e reconhecemos a necessidade urgente de ali serem feitas obras de recuperação. No entanto, enquanto não tomarmos posse da gestão, nada podemos fazer”, ressalvou.

O estado de degradação do Mosteiro de Odivelas tem gerado algum descontentamento e já motivou o lançamento de uma petição pública online em defesa da requalificação e abertura ao público deste monumento.

 

Fonte: Lusa

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