A partir de janeiro, Lisboa vai duplicar o valor da taxa turística que passa, assim, de um para dois euros por noite, mesmo para os lisboetas que sejam obrigados, por qualquer motivo, a pernoitarem num estabelecimento hoteleiro.
A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou a duplicação da Taxa Turística na capital, no âmbito das alterações ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do município, com votos favoráveis do PS, PAN, BE e de nove deputados independentes, a abstenção de PPM, MPT, CDS-PP e PSD, e os votos contra do PCP e do PEV.
Em 2019, a taxa turística vai subir para dois euros diários, até um limite de 14 euros ao invés dos atuais sete euros, mantendo-se a regra de pagamento pelo máximo de sete dias. A Câmara Municipal de Lisboa estima arrecadar 36,5 milhões de euros com a Taxa Municipal Turística em 2019, mais do dobro do estimado em 2018. Segundo dados de outubro, em termos globais, a câmara já encaixou cerca de 31 milhões de euros desde o início da cobrança.
O vereador revelou que a Câmara prevê utilizar até cinco milhões de euros da taxa turística para a celebração de contratos de delegação de competências para a manutenção da higiene urbana com as Juntas de Freguesia. No total, a CML prevê gastar 25,6 milhões de euros em higiene urbana, em 2019.
O deputado do PS Manuel Lage respondeu que essa é uma «situação excecional». Já o vereador João Paulo Saraiva (PS) foi claro ao afirmar que, segundo a Comissão Europeia, tudo «indica que não seria legal aplicar esta proposta do PSD», comprometendo-se a verificar «em face de quê» que outras capitais europeias isentam os seus residentes da taxa turística.
Aprovada pelo município em 2014, a Taxa Municipal Turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local, sendo cobrado um euro por noite até um máximo de sete euros.
Orçamento Municipal vai a votação 5ª feira
A votação do orçamento municipal para 2019 e das Grandes Opções do Plano (2019-2022) voltou a ser adiada, uma vez que é necessário incluir a receita excedente da hasta pública dos terrenos de Entrecampos, informou a presidente da AML, Helena Roseta.
Na sessão desta terça-feira, a AML aprovou ainda, por unanimidade, um voto de pesar do PAN pelo falecimento da equipa de emergência médica do INEM -Instituto Nacional de Emergência Médica» e um voto de saudação do PSD ao INEM, aos bombeiros sapadores de Lisboa e à PSP pelo trabalho prestado na sexta-feira, aquando do descarrilamento de um elétrico da Carris.Também os contratos com as empresas municipais SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) e EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) foram aprovados.
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