A Câmara de Oeiras vai comparticipar, com cinco milhões de euros, as obras de recuperação e ampliação do Hospital de Santa Cruz. Isaltino Morais assinou hoje o memorando de entendimento com o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.
O memorando de entendimento foi assinado pelo Presidente do Município de Oeiras, Isaltino Morais e em representação do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. (Hospital de Santa Cruz), por Rita Fernandez Perez e Carlos Galamba de Oliveira, na presença da Ministra da Saúde, Marta Temido.
Além da recuperação e ampliação das várias unidades, a Câmara de Oeiras, anunciou Isaltino Morais, pretende ainda concretizar o reordenamento e as ligações viárias programadas no Eixo da Avenida Reinaldo dos Santos, em Carnaxide, incluindo os restabelecimentos ao Alto da Montanha e Estrada da Outurela.
De facto, o protocolo, agora assinado, irá permitir recuperar e ampliar o centro de referência de cardiopatias congénitas, transplante cardíaco e transplante renal do Hospital de Santa Cruz, um projeto que está integrado no Plano de Investimento do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Segundo o presidente da autarquia (no distrito de Lisboa), Isaltino Morais, o município vai investir cinco milhões de euros neste projeto, porque é necessário e por uma questão de prioridades.
«Obviamente que, mais tarde ou mais cedo, com certeza que o Governo poderia realizar esta obra, mas podia demorar muito tempo. […] Se pretendemos este serviço atualmente, antecipamos um investimento, o município faz esse esforço», salientou Isaltino Morais.
O presidente da edilidade oeirense, que falou sobre a sua relação com o Hospital de Santa Cruz, onde esteve internado, salientou que este hospital é uma unidade de «referência nacional, sendo pioneiro em inúmeras técnicas de diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares».
Do ponto de vista do autarca – que defendeu que «existem momentos em que não se pode ficar a aguardar que o Estado resolva as situações» – este é um hospital «com um trabalho notável ao nível nacional, na área da cardiologia», explicando que o apoio «enquadra-se nas políticas de investimento que têm vindo a ser desenvolvidas pelo município nas áreas social e da saúde».
Isaltino Morais salientou que não é a primeira vez que o município antecipa investimentos que deveriam ter sido feitos pelo poder central, tendo financiado «praticamente todos os centros de saúde deste concelho» e construído «as esquadras da PSP, que são uma responsabilidade do Estado, mas foi a Câmara que as fez».
«Em Oeiras, sempre entendemos que, em determinadas situações que consideramos urgentes, tendo o município essa disponibilidade, nós antecipamos e fazemos investimento. Obviamente que esperamos o retorno noutras circunstâncias. Quer dizer que não queremos habituar mal os Governos», sublinhou.
O autarca revelou ainda que há outras áreas em que o município está a ponderar realizar investimentos, como «a disponibilização de casas para médicos, porque há falta de casas no concelho, e os profissionais como médicos, professores e polícias têm essa dificuldade».
Como contrapartida, a Câmara vai poder usar dois terrenos que atualmente são do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) para intervenções na rede viária existente.