“É necessário mudar comportamentos e, por isso, temos de realizar campanhas de sensibilização junto da população sobre resíduos”, sugere presidente junta de freguesia do Areeiro.
A higiene urbana é um problema comum à maioria das freguesias lisboetas. O Areeiro não «foge à regra» e, em entrevista a Olhares de Lisboa, o presidente da junta de freguesia, Fernando Braamcamp, que esclarece que, em seu entender, antes de apresentar soluções, é necessário “analisar o problema da sujidade das ruas”.
Segundo Fernando Braamcamp, um dos problemas reside “na área enorme para limpeza “e, também, o défice do “número de funcionários dedicados a essa tarefa da limpeza, não conseguir satisfazer, o que o cidadão gostava”.
O autarca explica: “temos 20 mil eleitores das 21h00 às 8 da manhã e das 8h00 às 21h00 temos 40 ou 50 mil pessoas na freguesia”. Ou seja, durante o horário laboral, a população duplica. Esta situação “cria um problema adicional, porque todas as pessoas que se deslocam à freguesia criam sujidade. Teríamos que ter um funcionário por rua ou por quarteirão, para responder eficazmente a esse aumento do volume de detritos”.
Uma outra razão apontada por Fernando Braamcamp para a existência deste problema é a existência de “muito comércio”. “As zonas de muito movimento, como o eixo da avenida de Roma, Guerra Junqueiro, avenida de Paris, avenida Almirante Reis, Bairro dos Atores e avenida Afonso Costa, originam a criação de muitos resíduos”, acrescenta.
Um outro motivo que impede uma maior eficiência na recolha dos resíduos tem a ver com as eco-ilhas, que originou “um problema na freguesia”. É que – segundo o edil – “as eco-ilhas têm alguns defeitos intrínsecos de funcionamento. E nem os próprios moradores conseguem assegurar que o seu lixo vá para lá”.
Para solucionar o problema, Fernando Braamcamp propõe a realização de “uma campanha de sensibilização a nível da cidade de Lisboa, nesta matéria dos resíduos urbanos, para alterar o comportamento da população”.
O autarca lança críticas ao executivo camarário. “A câmara (de Lisboa) transferiu para nós tudo o que era problemático. Só faz a remoção noturna, porque só ela é que tem os equipamentos e não o pode transferir para as juntas”. E, mesmo essa remoção, não é isenta de críticas: “Fazem a remoção à noite, mas se passarmos, durante a noite, pela cidade é fácil ver o trajeto da remoção noturna. É só seguir as pegadas dos sacos perdidos no alcatrão”.
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