Lisboa está pronta para ser a Capital Verde Europeia em 2020 e tem em agenda um conjunto de eventos, atividades, exposições e conferências ao longo do ano, com o objetivo de pôr em prática iniciativas relacionadas com a preservação do ambiente.
Mas, segundo o vereador, os objetivos de Lisboa Capital Verde não se esgotam nas iniciativas programada para o próximo ano, projetam-se no futuro.
Lisboa Capital Verde pretende, adianta Sá Fernandes, constituir-se num «amplo movimento coletivo de ações concretas para a sustentabilidade ambiental e para fazer de Lisboa uma das vozes mais fortes na resposta ao maior e mais urgente desafio da humanidade: o combate às alterações climáticas e, consequentemente, ao aquecimento global».
Por seu turno, o presidente da Câmara, Fernando Medina, refletiu sobre a importância do papel dos cidadãos na luta contra as alterações climáticas e vincou que estas não são um problema para o planeta Terra, mas sim para o ser humano. «Estamos a falar da nossa vida», disse, «a qualidade de vida é uma questão de sobrevivência e as alterações climáticas não constituem um problema a resolver no futuro, mas sim hoje».
O autarca pretende assim que a Capital Europeia Verde 2020 se transforme num «processo que mobilize todas as energias para a produção de medidas concretas. E queremos que Lisboa seja uma das vozes mais poderosas neste desafio.» Contudo, lembrou que «não é em Lisboa que se ganha ou perde a batalha das alterações climáticas. O combate ao aquecimento global tem de ser de todos os países e de todos os cidadãos».
A atribuição deste galardão, reconhece, está a servir «de alavanca de políticas de desenvolvimento sustentável», salientando que, hoje, «Lisboa já se afirmou como capital global e, por isso, não se pode desresponsabilizar desta causa.»
A utilização sustentável da água, a promoção de um maior uso de energia renovável e a mobilidade são algumas das medidas que estão a ser tomadas na capital portuguesa que permitem a Fernando Medina afirmar que «Lisboa vai ser Capital Verde Europeia à altura dos desafios com que somos confrontados», defendendo que a Capital Verde Europeia deverá ser um «exercício de mobilização coletiva contra as alterações climáticas»
Conhecer Portugal de lés-a-lés
Para potenciar iniciativas próprias para integrar a programação, bem como a participação nos eventos já previstos, a autarquia contatou com «todas as escolas, universidades, freguesias e grupos comunitários da cidade de Lisboa», revelou o vereador Sá Fernandes.
Além disso, conforme também referiu Sá Fernandes, a Câmara Municipal de Lisboa contactou empresas, outros municípios, nomeadamente a rede de municípios com estratégias de adaptação local às alterações climáticas e os municípios que integram parques e reservas naturais, centros de investigação do país, capitais de países de expressão portuguesa e todas as embaixadas em Portugal, no sentido de participarem na Capital Verde Europeia 2020.
Os visitantes de Lisboa Capital Verde Europeia em 2020 serão convidados a conhecer todo o país numa exposição sobre parques naturais, reservas e paisagens. A exposição será concebida como uma «experiência imersiva, diversificada e inovadora», preparada para ocupar durante pelo menos dez anos o Museu Nacional de História Natural e da Ciência, de acordo um protocolo assinado entre o Fundo Ambiental, a Câmara Municipal de Lisboa e a Universidade de Lisboa.
«Quem entrar nesta exposição vai apetecer-lhe visitar estes sítios”, explica o vereador do Ambiente e Estrutura Verde, adiantando que vai haver envolvimento da comunidade escolar, de forma a que todas os estabelecimentos de ensino visitem a exposição. Será também criado um prémio municipal para as escolas, uma viagem de turma a um parque natural ou área protegida.
Sá Fernandes referiu, entretanto, que o Orçamento Participativo, que arrancou em novembro, duplicou para cinco milhões de euros as verbas destinadas a projetos relacionados com a agenda verde da cidade e receberão um selo verde ambiental.
Recorde-se que a cidade de Lisboa venceu o prémio de Capital Europeia Verde de 2020 em junho do ano passado numa cerimónia que decorreu em Nijmegen, na Holanda. Segundo a Comissão Europeia, este prémio é atribuído anualmente com o objetivo de reconhecer os esforços das cidades com um plano para se tornarem amigas do ambiente e que envolvam a sua população na sustentabilidade ambiental, social e económica.