O Bloco de Esquerda quer que os Casamentos de Santo António sejam alargados a pessoas do mesmo sexo. Dez anos após a aprovação do casamento para pessoas do mesmo sexo no parlamento português, o Bloco de Esquerda avançou com a proposta para que os Casamentos de Santo António sejam abertos a todos os casais e recomenda que sejam alterados os boletins de inscrição de forma a permitir que pessoas do mesmo sexo se possam casar nessa cerimónia.
O Regulamento dos Casamentos de Santo António é omisso em relação à possibilidade de participação de pessoas do mesmo sexo. Este indica que os noivos devem estar em situação legal para contrair casamento, no entanto no boletim de inscrição continuam a constar apenas as opções noivo e noiva.
O Bloco propõe assim que seja alterado o boletim de inscrição e restante documentação de forma a contemplar a possibilidade de participação de casais constituídos por pessoas do mesmo sexo nos casamentos civis. Também propõe, numa proposta agendada para a reunião de Câmara Municipal de Lisboa do próximo dia 23 de janeiro, que esta nova possibilidade seja amplamente divulgada.
Os casamentos de Santo António tiveram início em 1958, com a cerimónia religiosa. Após uma longa interrupção, foram retomados, em 1997, já com a inclusão de casamentos civis. Na sua origem reside uma iniciativa de cariz solidário que apoia casais a concretizarem o seu casamento. Atualmente a iniciativa é da CML em parceria com a EGEAC.