Há um ano, foram criados os novos passes, considerados uma medida revolucionária com impactos sociais, económicos e ambientais. Hoje, em plena crise, a AML informa que os Cartão Lisboa Viva e perfis expirados em fevereiro mantêm-se válidos.
A Área Metropolitana de Lisboa, em nota à comunicação social, informa que, «na sequência da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e do Estado de Emergência que se vive atualmente em Portugal, o cartão Lisboa Viva e os perfis associados a títulos de transporte Social +, 4_18 e Sub23, que expiraram a partir de dia 23 de fevereiro, ou que venham a expirar enquanto durar o Estado de Emergência, mantém-se válidos, podendo ser adquiridos sem necessidade de procedimentos presenciais».
Por isso, neste contexto social, a ausência do conjunto de necessidades presenciais inerentes à renovação do cartão e às condições de acesso aos títulos referidos é conferida durante o prazo de vigência do Estado de Emergência ou enquanto vigorarem as medidas restritivas impostas neste âmbito.
Aplicam-se, por isso, nos transpores públicos as mesmas regras para outros tipos de documentos, no sentido de evitar deslocações e contactos de utentes, entre si e com os trabalhadores encarregues dessas tarefas, por razões de saúde pública.
Passes Navegantes criados há um ano
A AML fez esta comunicação, no dia em que fez um ano, 1 de abril, que foram criados, com validade mensal, os títulos de transporte Navegante Municipal e Metropolitano.
O dia 1 de abril de 2019 ficou para a história da Área Metropolitana de Lisboa como o primeiro dia da grande revolução no sector dos transportes na zona da grande Lisboa. De facto, foi há um ano que foram criados novos títulos de transporte para a Área Metropolitana de Lisboa, revolucionando a mobilidade em Lisboa e nos concelhos limítrofes e simplificando o complexo sistema de títulos de transporte existente na altura.
O primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho, não deixou passar «em claro» esta efeméride e, em comunicado, afirma: «num momento em que estamos todos a viver um período muito delicado, não podemos deixar de acreditar que vamos melhorar», lembrando que as «soluções de mobilidade implementadas pelos passes Navegante em abril de 2019, apesar de algumas limitações, foram o caminho adequado.»
«Foi esse espírito de missão e de crença que levou a AML a desenhar um sistema de transportes que revolucionou todo o sistema de mobilidade na região metropolitana», salienta o primeiro-secretário da AML.
Carlos Humberto recorda que «faz hoje, dia 1 de abril de 2020, precisamente um ano que o então novo Navegante entrou na vida de centenas de milhares de utentes, que viram no novo sistema a certeza de uma mobilidade mais livre e sem fronteiras na região metropolitana de Lisboa».
O Navegante implementou um «sistema tarifário com preços substancialmente mais baixos que os então existentes», o que implicou «um aumento importante do rendimento disponível das famílias e uma maior qualidade de vida».
Novos passes chegaram a cerca de um milhão
Mais de 900.000 pessoas passaram a ficar abrangidas pelo sistema Navegante. O número de passageiros que começou a utilizar os transportes públicos com maior regularidade aumentou mais de 20%. A frequência do modo rodoviário, ferroviário, fluvial e metropolitano atingiu, em todos eles, um aumento significativo.
Desde então, todos os resultados apurados confirmaram, de uma forma clara, que as soluções de mobilidade implementadas pelos passes Navegante em abril de 2019, apesar de algumas limitações, foram o caminho adequado e que, «certamente, será retomado, quando o contexto de saúde pública do país nos permitir o regresso à normalidade».
Segundo Carlos Humberto, «a rede de transportes está no centro das preocupações da AML e, por isso, vai continuar a ser desenhada, com as autarquias, com os operadores e com a população, as soluções adequadas para cada momento, que sirvam as reais necessidades de todos, «sempre com uma certeza em mente: a mobilidade continuará a ser um direito que queremos ampliar a todos».
Por isso, do ponto de vista da AML, os «transportes públicos são uma solução estruturante e fundamental para o bom funcionamento das sociedades modernas. É a qualidade de vida da população que a criação dos títulos navegante veio valorizar, promovendo a mobilidade sustentável».