OEIRAS VAI RECUPERAR SATU E TER METRO LIGEIRO

Oeiras quer reactivar a linha do SATU. Este desejo de Isaltino Morais foi comunicado durante uma reunião da Câmara, onde foi aprovada a celebração de um protocolo para a construção do metro ligeiro de superfície que, futuramente, ligará Oeiras, Lisboa e Loures.

O metro ligeiro de superfície entre a Cruz Quebrada e Alcântara e entre Santa Apolónia e Sacavém, ligando os municípios de Oeiras, Lisboa e Loures, foi já aprovado, por unanimidade, pelo executivo da Câmara de Oeiras. Na reunião, em que se aprovou a celebração de um protocolo de Cooperação entre os municípios de Oeiras, Lisboa e Loures, a Carris e o Metropolitano de Lisboa, para a concretização desse empreendimento, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, também deixou claro, como tinha referido, em outubro de 2017, a Olhares de Lisboa, durante a cerimónia de tomada de posse como presidente da autarquia, que «não desistiu do SATU», que hoje, infelizmente, é «um mono de betão e metal que serpenteia entre casas e prédios», onde as marcas do vandalismo e do abandono são indisfarçáveis.

«Menina dos olhos» de Isaltino Morais, o SATU é, como na altura salientou a Olhares de Lisboa, um projecto de mobilidade «do futuro» em Oeiras, que acabou abruptamente. Agora, para o SATU voltar «a entrar nos carris» é necessário um novo investimento que recupere o que foi deixado ao abandono. E, é por isso, que Isaltino Morais informou, o executivo municipal, que a linha do SATU – Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras Paço de Arcos, Lagoas Park, Taguspark, Cacém é uma prioridade, revelando que está em curso uma auditoria à atual infraestrutura, entre a estação de Paço de Arcos e o Oeiras Parque. Mas o transporte pode não ser exactamente como era, isto porque o grupo de trabalho criado pela autarquia vai estudar «outras hipóteses», que podem passar por «um eléctrico rápido».

O SATU foi pensado por Isaltino Morais para ligar Paço de Arcos ao Cacém, «aproximando» os parques empresariais, como o Lagoas Park e o Tagus Park.

Metro ligeiro liga Oeiras, Lisboa e Loures

Mas, a questão da futura ligação de Oeiras, Lisboa e Loures, através de um metro ligeiro de superfície foi um outro tema debatido na reunião do executivo municipal, que aprovou a assinatura de um protocolo com as autarquias de Oeiras, Lisboa e Loures, Carris e Metropolitano de Lisboa.

O objetivo deste acordo é «avançar com a extensão da linha sobre a via de meia encosta, um grande eixo viário há muito estudado para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) mas que nunca avançou, o que tem contribuído para a ineficiência na rede de transportes públicos no seu raio de influência», defende em comunicado a Câmara de Oeiras.

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A celebração deste protocolo, do ponto de vista das autarquias envolvidas, vai assegurar uma «ligação mais rápida entre as zonas ribeirinhas dos três municípios e as principais interfaces em Lisboa, melhorando a conetividade dos seus territórios», o que proporcionará «uma maior e melhor resposta ao desafio de fidelizar e conquistar novos utilizadores de transportes públicos, contribuindo para a alteração do modo e hábitos de mobilidade».

Com a extensão da linha, designada por “LIOS – Linha Intermodal Sustentável”, que abrange os territórios de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada – Dafundo, é «possível fazer os devidos rebatimentos entre a nova linha e as linhas rápidas ribeirinhas, de elétrico, de metropolitano e de comboio, aumentando esta potencialidade com a articulação do serviço ferroviário, bem como a extensão da Rede de Metropolitano de Lisboa».

Projeto a desenvolver em 14 meses

Através da celebração deste Protocolo, as três autarquias, a Carris e o Metropolitano de Lisboa comprometem-se a, concertadamente, desenvolverem todos os esforços necessários ao planeamento e coordenação do projeto.

Após a assinatura, competirá ao Metropolitano de Lisboa desenvolver, no prazo de 14 meses, os estudos prévios, a avaliação da viabilidade e a conceção do projeto, atendendo que esta entidade já desenvolveu estudos da mesma natureza no contexto do plano de expansão em curso da rede de metropolitano e à complementaridade destes trabalhos.

Os estudos prévios têm um custo total de 3.381.550 de euros, que serão suportados pelos três Municípios e pelo Metropolitano de Lisboa. À Câmara Municipal de Oeiras suportará 503 481 de euros do investimento, a pagar ao Metropolitano de Lisboa.

 

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