O Tribunal de Contas deu luz verde ao Metropolitano de Lisboa para adquirir, pelo valor de 114,5 milhões de euros, 42 novas carruagens e para realizar a modernização do sistema de sinalização ferroviária. Na semana passada, o Metro comprou nova máquina de esmerilagem de carril.
Há uma semana, o Metro de Lisboa procedeu à assinatura do contrato para «Aquisição de máquina pesada de esmerilagem de carril de rolamento». Entretanto, hoje recebeu o visto prévio por parte do Tribunal de Contas para assinar o contrato para a aquisição de um novo sistema de sinalização ferroviária e adquirir 14 novas unidades triplas (42 carruagens).
Com esta decisão, o Tribunal de Contas viabilizou o contrato assinado, em fevereiro de 2020, do Metro com o Agrupamento Stadler Rail Valencia, S.A.U./ Siemens Mobility Unipessoal, Lda., pelo valor de 114,5 milhões de euros, com o prazo global de execução de setenta e sete meses, contados após visto prévio do Tribunal de Contas, inicia, agora, a sua vigência.
A aquisição de 14 novas unidades triplas vai melhorar a oferta de comboios e serviços do ML, permitindo mais conforto e acessibilidade para os clientes, bem como um sistema de comunicação com os clientes, que vai permitir informação variável e flexível e sistemas de segurança e vídeo vigilância mais modernos.
A aposta nos novos sistemas CBTC, substituindo um sistema da década de 70, vai permitir um controlo contínuo do movimento dos comboios e um aumento da frequência e da regularidade do serviço público de transporte prestado pelo Metropolitano de Lisboa, garantindo, de um modo mais eficaz, a oferta de comboios, em número e frequências mais adaptados às necessidades do serviço público e com segurança acrescida.
O contrato de aquisição consiste no fornecimento de um sistema destinado à modernização do atual sistema de sinalização ferroviária do Metropolitano de Lisboa que inclui: fornecimento de 14 novas unidades triplas (42 carruagens) com sistema de controlo automático e contínuo de comboios Communications-Based Train Control (CBTC); instalação do sistema de controlo automático e contínuo de comboios CBTC em 70 (setenta) comboios já existentes; implementação de funcionalidades de proteção Automatic Train Protection (ATP), de operação Automatic Train Operation (ATO) e de supervisão Automatic Train Supervision (ATS) em toda a extensão das
linhas Azul, Amarela e Verde; manutenção preventiva e corretiva de todos os equipamentos pelo prazo de 3 (três) anos após a receção provisória, incluindo toda a mão-de-obra, peças sobressalentes e consumíveis; fornecimento de stock após o período de manutenção previsto na alínea anterior, constituído pelas peças sobressalentes e consumíveis necessárias à manutenção por um período de 2 (dois) anos; formação técnica para operação e manutenção, parametrização, configuração ou regulação dos sistemas e equipamentos, por parte do Metropolitano de Lisboa; e fornecimento das peças rotáveis, ferramentas e equipamentos de teste.
O fornecimento das novas carruagens terá entregas faseadas. O plano de trabalhos da proposta prevê que a primeira unidade tripla (3 carruagens) seja entregue no 1.º trimestre de 2023, sendo a entrega da 14.ª e última unidade tripla prevista para o 3.º trimestre de 2025.
As carruagens terão janelas amplas, painéis de portas e áreas de intercirculação com elevado espaço livre que possibilitarão que as entradas e saídas se efetuem de forma expedita. O salão de passageiros também estará concebido para maximizar o espaço disponível, cumprindo, ao mesmo tempo, os requisitos dos lugares sentados, cuja distribuição será feita com base numa disposição longitudinal.
Nova máquina de esmerilagem de carris
Por outro lado, o Metro de Lisboa procedeu há uma semana, à assinatura do contrato para “Aquisição de máquina pesada de esmerilagem de carril de rolamento” que conta com um investimento de cerca de 8 milhões de euros.
Segundo explicam os técnicos, a esmerilagem da cabeça dos carris destina-se, essencialmente, a garantir que os carris de rolamento apresentem a secção transversal adequada e a uniformidade longitudinal dessa mesma secção transversal, aspetos conseguidos através da remoção do desgaste ondulatório dos carris originados pelo desgaste dos mesmos que têm que ser continuamente corrigidos para que o carril tenha a vida útil para o qual é projetado.