Já não era sem tempo. A estação de metro de Arroios reabriu ontem à noite ao público e hoje de manhã, depois de quatro anos de obras, foi inaugurada oficialmente numa cerimónia que contou com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, que recordou que «estão a ser investidos no metro cerca de mil milhões de euros».
Finalmente, ao fim de quatro anos de obras, a estação de metro de Arroios, da linha verde do Metropolitano de Lisboa, foi oficialmente reaberta. Esta terça-feira de manhã, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, que chegou à estação de metro, esteve com o presidente do Metro de Lisboa a fazer uma visita guiada à estação que tem agora uma nova cara.
«É uma obra muito complexa que foi feita sempre com a operação do metro a decorrer e que praticamente não perturbou a superfície, apenas a entrada de peões e duas ou três lojas, mas nunca a circulação esteve interrompida. Foram sete milhões de euros fundamentais. A partir de agora toda esta zona e toda a Avenida Almirante Reis vai ter todas as suas estações a funcionar, todas preparadas para poder ter o comboio em pleno, com as seis carruagens do metro aqui a parar», explicou Matos Fernandes.
Investimentos de milhões na linha circular
João de Matos Fernandes, que fez questão de salientar que a «estação de metro não estava a ser inaugurada, mas sim visitada», anunciou que «estão a ser investidos no metro de Lisboa cerca de mil milhões de euros. Dos quais, aproximadamente 280 milhões vão ser aplicados na construção da linha circular».
Segundo afirmou, as obras do primeiro troço do prolongamento do metro, entre o Rato e a Estrela, estão «a decorrer normalmente», devendo ser iniciado, ainda este ano, a empreitada do segundo troço, entre a Estrela, Santos e Cais do Sodré.
41 estações a funcionar
Com a reabertura da estação Arroios, o Metropolitano de Lisboa passa a ter 41 estações (das 56 existentes) dotadas de acessibilidade plena, isto é, dispõem de acesso entre a superfície e o cais de embarque para pessoas com mobilidade reduzida, o que corresponde a 73,2% da totalidade das estações da rede.”
A conclusão das obras estava prevista para o primeiro semestre de 2019, mas, alegando incumprimentos contratuais do empreiteiro, o Metro rescindiu o contrato e um novo concurso foi adjudicado em setembro desse mesmo ano.
Em janeiro de 2019, altura em que a estação deveria reabrir, o Metro de Lisboa rescindiu o contrato com o empreiteiro devido a atrasos no cumprimento de prazos. Em fevereiro do mesmo ano, foi lançado um novo concurso, cuja adjudicação foi aprovada passado sete meses. A empresa remeteu o procedimento para visto prévio do Tribunal de Contas a 8 de novembro. A declaração de conformidade do Tribunal de Contas foi promulgada em 27 de dezembro de 2019 e enviada à empresa no dia 30.
A empreitada foi – novamente – adjudicada em janeiro de 2020 ao consórcio composto pela DST, Efacec e DTE/Cari, pelo valor de 6,6 milhões de euros (acrescido de IVA), mais dois milhões do que o custo fixado inicialmente.