Carlos do Carmo vai ser homenageado amanhã, 7 de novembro, com um concerto no Centro Cultural de Moscavide, pelas 16 horas, organizado pela CANTICORUM – Associação de Amadores de Música e com o apoio da União de Freguesias de Moscavide e Portela.
Após o longo interregno provocado pela pandemia, a CANTICORUM – Associação de Amadores de Música retomou a sua atividade, organizando uma homenagem ao fadista Carlos do Carmo que será preenchido pelo Grupo Coral da Portela, o Grupo Coral do Montijo e a Orquestra de Vozes da “Sinfonias & Eventos”, agrupados num conjunto coral de 53 elementos com o nome de Coro Magnus, que irão interpretar várias canções eternizadas pelo grande cantor, em arranjos para coro da autoria do Maestro José Balegas.
Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo era filho da fadista Lucília do Carmo e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística em 1964.
Vencedor do Grammy Latino de Carreira, que recebeu em 2014, entre outros prémios, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, na Alemanha, do Canecão, no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.
Com a canção Flor de verde pinho, sobre o poema homónimo de Manuel Alegre, representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em 1976.
Em 2015, recebeu a mais elevada distinção da capital francesa, a Grande Médaille de Vermeil, e, no ano seguinte, o Estado português condecorou-o com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito. Em 2019, recebeu a chave da cidade de Lisboa, uma honra dada habitualmente aos chefes de Estado que visitam Portugal.
No seu poema, Um homem na cidade, Os putos, Canoas do Tejo, Lisboa, menina e moça, Bairro Alto, Por morrer uma andorinha, Fado do Campo Grande e Fado da saudade, interpretado no filme Fados, que lhe valeu um Prémio Goya, em Espanha, foram alguns dos seus êxitos, registados em dezenas de discos.
O último álbum do fadista foi editado no passado dia 16 de abril e, embora se trate de uma edição póstuma, «foi todo ele concebido e criado em vida».
O cantor, de 81 anos, morreu na manhã do dia 1 de janeiro de 2021, vitima de um aneurisma na artéria aorta.