As Mastronças de Loures «adoram dar nas vistas» e, fazendo jus a essa sua «maneira de estar na vida», decidiram visitar o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, que os recebeu nas escadarias do edifício dos Paços do Concelho, prometendo-lhes que o Carnaval de Loures é para se manter.
Imbuídos do espirito carnavalesco, Ricardo Leão e Sónia Paixão, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Loures e vereadores, receberam a visita das Mastronças de Loures, que se encontravam vestidas a preceito, com o que «de melhor existe nas boutiques de senhoras» dos afamados «centros comerciais, ao «ar livre, do concelho».
Miguel Camilo, um dos responsáveis deste grupo de foliões, garantiu ao Olhar Loures que, para além das Mastronças quererem assumir «um papel preponderante e de liderança» no reino do Carnaval, este grupo pretende, com o trajar feminino, homenagear «as mulheres que nos ajudam durante todo o ano».
A brincar, a brincar lá se vão dizendo algumas coisas, porque no carnaval tudo é permitido. E, por isso, este grupo de foliões está contente pela «melhoria da atual situação pandémica» que permitiu, felizmente, «abrir um pouco e realizar algumas das iniciativas programadas para este ano», esperando que, para o ano, seja melhor».
Ricardo Leão, por seu turno, em resposta aos foliões, garantiu que o Carnaval nunca vai morrer em Loures. Pelo contrário, «já é e vai continuar a ser a marca do concelho», assumindo um papel de destaque na promoção turística, sendo hoje um dos carnavais mais populares da Área Metropolitana de Lisboa.
O autarca não quis deixar de assinalar que, este ano e cumprindo todas as decisões da Direção Geral de Saúde, o município não podia deixar «de marcar o espirito carnavalesco». Apesar de não «termos tido a hipótese de realizar o tradicional carnaval de Loures, conseguimos levar a cabo algumas iniciativas e vamos ter o enterro de carnaval», revelou o edil.
Com mais de quarenta anos de existência, as Mastronças do Moulin Rouge são uma das maiores atrações do Carnaval de Loures. O grupo é exclusivamente constituído por homens que se mascaram de mulheres e marcam presença nos festejos do Carnaval Saloio.
Mas a sua história remonta a 1934, altura em que era conhecido pelas Cegadas, um teatro de rua mordaz que escarnecia alguma personalidade local. Os bailes animavam as noites e os jovens mascaravam-se de mastronças. Um dos pontos altos era o Enterro do Bacalhau, que encerrava as festividades, quarta-feira à noite, tradição que se mantém ainda nos dias de hoje. Desde 1940 até aos anos 70, o Carnaval de Loures foi cancelado e depois disso teve varias interrupções. No entanto, a partir do ano 2000 e, com o apoio da Câmara Municipal de Loures, esta festividade conquistou uma vertente mais organizada e contínua.
500 crianças desfilaram em S. João da Talha
Por outro lado, presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, também esteve presente, esta manhã, nos desfiles de Carnaval da Escola Básica do Fanqueiro, em Loures, e dos alunos da NucliSol – Jean Piaget, de São João da Talha. No total, só nestas duas instituições escolares, foram mais de 500 as crianças que participaram no Carnaval Infantil em contexto escolar.
Entretanto, ontem dois trios elétricos percorreram o concelho de Loures, numa iniciativa que espalhou por diversas localidades a alegria e a animação que caraterizam o Carnaval de Loures.
Até dia 2 de março, são várias as atividades preparadas pela Associação Carnaval de Loures – Carnaval de Loures com o apoio da Câmara Municipal de Loures, para celebrar aquela que é uma das festividades mais emblemáticas do concelho.
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