MOSCAVIDE E PORTELA ENVIA AJUDA PARA A UCRÂNIA

A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, dia 24 de fevereiro. O choque foi geral com manifestações de repúdio e consternação em todo o mundo, incluindo na própria Rússia. Ricardo Lima, presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, e todo o seu executivo juntaram-se ao movimento de solidariedade e, hoje, conseguiram reunir 24 toneladas de bens alimentares e médicos para enviarem para a Ucrânia e preveem trazer, na viagem de regresso, duas famílias.

A resistência surpreendente que a nação ucraniana, as forças armadas e o presidente Volodymyr Zelensky vêm oferecendo à agressão das tropas russas tem galvanizado a opinião pública internacional com efeito direto no posicionamento dos estados democráticos em reação à violação da integridade territorial da Ucrânia. Esta situação gerou um movimento internacional e nacional de solidariedade com o povo ucraniano, a União de Freguesias de Moscavide e Portela foi uma das «primeiras a dar o corpo às balas» e, de imediato, começou a desenvolver ações de solidariedade.

Hoje, concretizou o seu repúdio à invasão russa e enviou 24 toneladas de bens alimentares, medicamentos e vestuário para a Polónia, para serem distribuídos na Ucrânia. A missão humanitária desta União de Freguesias tem ainda como objetivo trazer refugiados ucranianos para Portugal e que passarão a residir na Portela e em Moscavide.

Nem os tiros de aviso das tropas russas impedem que milhares de pessoas, designadamente residentes na União de Freguesias de Moscavide e Portela, presidida por Ricardo Lima, onde mora uma grande comunidade ucraniana, tenham «saído» para as ruas da freguesia, exibindo orgulhosamente as cores da Ucrânia, para recolher bens alimentares e medicamentos.

Imbuído do espírito de solidariedade, todo o executivo se uniu em torno desta causa e, foi deste modo, que a União de Freguesias de Moscavide e Portela, que hoje «ganhou» as cores da bandeira ucraniana, enviou um camião TIR e dois colaboradores para a fronteira entre a Polonia e a Ucrânia. Numa missão que tem ainda como objetivo trazer para Portugal duas famílias ucranianas que estão a fugir à guerra e que tem familiares a residir nesta freguesia do concelho de Loures.

«Uma família, constituída por mãe e dois filhos, que vem de certeza. A outra, também mãe e dois filhos, ainda não sabemos. Só na quarta-feira, quando a nossa missão chegar à Polónia, é que sabemos, se querem ou não ser refugiados em Portugal», afirma o presidente da União de Freguesias, Ricardo Lima, que faz questão de clarificar que esta ajuda, e mesmo o seu transporte, se deve ao espirito solidário das empresas, dos privados e das instituições da União de Freguesias.

Com passagem e paragem em Paris, o «comboio humanitário» deverá chegar quarta-feira à Polónia, depois de uma viagem de cerca de 4.000 quilómetros. «O Tiago e a Cristina, que são dois funcionários da União de Freguesia, são dignos representantes da coragem e da solidariedade de todos e um motivo de orgulho para nós, União de Freguesias», sublinhou, lembrando que a comunidade ucraniana, é uma das maiores comunidades estrangeiras em Portugal, com perto de trinta mil pessoas.

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“Missão Ucrânia” é assim que se pode chamar a esta campanha de recolha de bens criada pela autarquia de Moscavide e Portela e que hoje se materializou com o envio de 24 toneladas de bens para para auxiliar os refugiados nas fronteiras da Polónia .

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