Paula Rego faleceu esta quarta-feira, dia 8 de junho, aos 87 anos, em Londres. A Câmara Municipal de Lisboa lamenta a morte da pintora e envia à família e amigos as mais sentidas condolências.
A artista nasceu em Lisboa, a 26 de janeiro de 1935, e tornou-se um dos maiores nomes da pintura contemporânea mundial, tendo começado a estudar artes aos 17 anos em Londres, na Slade School of Fine Art.
A capital britânica foi onde Paula Rego viveu durante a maior parte da sua vida, embora tenha mantido a ligação a Portugal, onde vinha, com regularidade. No entanto, a sua obra representou, várias vezes, os traços da identidade portuguesa, nomeadamente o imaginário, os contos populares e as recordações de infância vividas em Portugal.
As suas criações artísticas marcam a história das artes dos séculos XX e XXI, caracterizadas por uma abordagem figurativa, destacando-se das correntes vigentes da época. Paula Rego costumava utilizar, nas suas obras, a abstração e a figuração, bem como um certo tom satírico. Nas últimas décadas a pintora abordou ainda temas políticos, como por exemplo, o abuso de poder, e sociais, como o aborto, entre outros exemplos.
Em 2010, Paula Rego foi condecorada com a Ordem do Império Britânico, grau de Oficial, imposta pela Rainha Isabel II. Em 2019, a pintora foi reconhecida com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Governo português. Três anos antes, em 2016, recebeu do Município de Lisboa a Medalha de Honra da Cidade, numa cerimónia que decorreu no Museu Bordalo Pinheiro.
Creditos de foto: https://www.facebook.com/paulafigueiroarego