CARLOS MOEDAS QUER POSTOS MÓVEIS DA POLÍCIA EM ZONAS “PROBLEMÁTICAS” DA CIDADE E PEDE O REFORÇO DO NÚMERO DE EFETIVOS

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pede ao Governo que este crie postos de polícia móveis para as zonas turísticas consideradas como as mais problemáticas da cidade. O anúncio foi feito esta segunda-feira, dia 25 de julho, após uma reunião de emergência do Conselho Municipal de Segurança.

Este encontro, onde esteve também a PSP e a Polícia Municipal, foi pedido com carácter de urgência, neste domingo, após os últimos incidentes que aconteceram na cidade, entre os quais a morte de um homem, de 34 anos, no mesmo dia, no Parque das Nações.

De acordo com Moedas, registam-se, diariamente, “cerca de 500 ocorrências” em toda a Área Metropolitana de Lisboa, pelo que o autarca pede um reforço dos meios policiais e a criação de postos móveis em zonas consideradas como as mais “problemáticas” da capital, nomeadamente o Cais do Sodré, Bairro Alto e Santos.

“Peço ao Governo que tem de haver mais visibilidade da polícia nesta cidade. Ofereço aqui, desde já, ao Governo a capacidade de podermos ter postos móveis, ou seja, esquadras móveis, na cidade, disse o presidente da Câmara de Lisboa à comunicação social no final do encontro. O autarca admitiu ainda uma eventual parceria entre a Polícia Municipal de Lisboa e a PSP, disponibilizando “material e carros” para estes postos móveis.

No entanto, Carlos Moedas pediu também ao Governo um reforço do número de efetivos, referindo que, atualmente, “existe um défice de 150” agentes da Polícia Municipal, que tem 450 efetivos quando já chegou a ter 600.

“O meu pedido como autarca é que esses efetivos aumentem. Nós temos de dar mais condições às forças policiais, temos de pagar melhor às forças policiais e temos de ter mais efetivos nas forças policiais”, disse o presidente da Câmara de Lisboa, salientando que, na base desta necessidade está o facto de a capital estar a ter um aumento do turismo, mas também a urgência em “defender os lisboetas, que têm de se sentir em segurança na cidade”.

Ainda na perspetiva de Moedas, existe um “ativo único nesta cidade que é a segurança”, reforçando, contudo, que Lisboa é uma cidade segura, mas que, “nos últimos tempos temos visto, pelo menos na perceção, um aumento da violência. Pode não ter havido um aumento da criminalidade em números, mas os atos de violência que estão a ser cometidos preocupam-me muito”, acrescentou.

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Contudo, para o presidente da Câmara de Lisboa, a visibilidade da polícia nas ruas não se compara com o que acontece noutras capitais europeias, onde “há uma parte do trabalho policial que é feito por civis”.

“Em Portugal isso não acontece”, acrescentou o autarca, criticando o facto de muitos policiais terem de ficar nas esquadras a fazer trabalho burocrático, o que os impede de andar na rua. “Isso é algo que o Estado tem de repensar”, sublinhou Carlos Moedas, que acrescentou ainda que este encontro foi pedido ainda na sequência de queixas de pessoas que trabalham em restaurantes e na vida noturna da capital.

O autarca lisboeta acrescentou ainda que esteve com o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, neste domingo, a quem expôs algumas destas preocupações. Carlos Moedas adiantou ainda que, neste sentido, já estão marcadas, para breve, algumas reuniões entre a autarquia e o Ministério da Administração Interna.

Noticia atualizada a 25 Julho – 20.00 h

 

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