OBRAS DO METRO DE LISBOA ALTERAM PARAGENS DAS CARREIRAS URBANAS NO CAMPO GRANDE

Devido às obras do prolongamento das linhas Amarela e Verde do Metropolitano de Lisboa (ML), e que envolvem a construção de dois novos viadutos na zona do Campo Grande, as paragens dos transportes coletivos rodoviários naquela interface vão sofrer alterações temporárias a partir da próxima sexta-feira, dia 9 de setembro.

A partir desta data, e durante 13 meses, entrará em funcionamento um novo terminal rodoviário (denominado Terminal 2) e que vai receber quatro paragens que atualmente se encontram no terminal existente (o Terminal 1). Devido a esta alteração as paragens do Terminal 1 serão também reorganizadas.

Esta reorganização, explica o ML em nota de imprensa, terá implicações nos serviços de transporte das empresas J.J. Santo António, Rodoviária de Lisboa, Henrique Leonardo Mota, Isidoro Duarte, Ribatejana, Boa Viagem, Mafrense, Barraqueiro Oeste e Rodoviária do Oeste/Tejo. Assim, no Terminal 1, os autocarros da empresa J.J Santo António (que atualmente usam os cais 1,2, 3 e 10), passam a usar os cais 1,2, 5 e 6; a Rodoviária de Lisboa (com paragens nos cais 4, 5, 6, 7, 8, 9, 13, 14, 15 e 16), passará a contar com os cais 7, 8, 9, 11, 12, 13, 18, 19, 20 e 21; e os autocarros das empresas Henrique Leonardo Mota e Isidoro Duarte passam dos cais 11 e 12, para os cais 15 e 16.

No caso da empresa Ribatejana, os autocarros continuam a terminar no cais 17. Já a Boa Viagem deixa de usar os cais 18, 19 e 20, passando a contar com as paragens terminais nos cais 26, 27 e 28. A Mafrense passa a usar os cais 22, 23 e 24, em vez dos 21, 24 e 25; e a Barraqueiro Oeste terá agora as suas paragens nos cais 29 e 25, em vez dos atuais 22 e 23.

O novo Terminal 2, localizar-se-á junto à estação de metro do Campo Grande, em frente à Rua Ator Fernando Curado Ribeiro, ocupando temporariamente o espaço antes utilizado pelo parque de estacionamento da Empark na interseção com a Alameda das Linhas de Torres. Neste terminal, irão funcionar apenas as carreiras inter-regionais (para destinos fora da Área Metropolitana de Lisboa), da empresa Rodoviária do Oeste/Tejo, que deixa de funcionar nos cais 26, 27, 28 e 29, passando para os cais 30, 31, 32 e 33.

Ainda na mesma nota, o ML explica que a localização deste novo espaço de terminal rodoviário provisório foi articulada com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), tendo em consideração as características que um terminal rodoviário requer, assim como as condicionantes existentes na zona. Desta forma, considerou-se que o novo local é o que melhor se adequa para garantir a proximidade à estação Campo Grande do Metro de Lisboa e com os restantes transportes públicos existentes nessa zona.


O Metropolitano de Lisboa lamenta ainda os transtornos que estas alterações possam vir a causar e informa que as mesmas se encontrarão devidamente sinalizadas, seja no interior da estação de Metro do Campo Grande, através de sinalética informativa e de encaminhamento, assim como nos referidos terminais rodoviários e espaços de circulação exteriores adjacentes.

Recorde-se que a construção da nova linha Circular irá implicar a construção, na zona do Campo Grande, de dois novos viadutos, sendo que um terá 158 metros (e que vai permitir “fechar” o anel no Campo Grande), e outro contará com 428 metros, sendo implantado a norte dos dois viadutos já existentes. O último fará a ligação do troço Odivelas/Campo Grande (da atual linha Amarela) à estação de Telheiras (atual linha Verde).

Ainda no âmbito desta empreitada, no final de junho, foi alcançado mais um marco importante na execução dos trabalhos, com a betonagem do primeiro tramo de tabuleiro localizado entre dois pilares do viaduto que fará a ligação entre as estações Campo Grande e Telheiras.

Segundo o ML, esta obra “é mais um passo no desenvolvimento de um projeto estruturante para a cidade de Lisboa e para a melhoria das acessibilidades e das conetividades” entre meios de transporte, “uma vez que a rede prevista possibilita o desenvolvimento de uma nova circularidade interna”, trazendo assim uma nova plataforma de distribuição de elevada frequência, conectando, de forma mais eficiente, os serviços metropolitanos existentes no concelho de Lisboa.

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