Chegaram na passada segunda, dia 12, ao Porto de Lisboa, a bordo do cargueiro Pantera J, as diversas peças que compõem a tuneladora H2OLi, e que vai permitir a escavação dos túneis de drenagem de Lisboa. O equipamento, oriundo da China, chegou à capital após uma viagem de cerca de dois meses e meio.
No momento da chegada estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a vereadora Filipa Roseta e representantes do consórcio construtor liderado pela Mota-Engil / Spies-Batignolles International e da concessionária portuária Ership Lisboa.
A H2OLi tem cerca 130 metros de comprimento, 6,4 metros de diâmetro externo e uma cabeça de corte que pesa 70 toneladas, e consegue atingir os 70 metros abaixo do solo durante os trabalhos de perfuração / escavação. Este equipamento é fundamental para a construção de dois túneis: um ligando Monsanto a Santa Apolónia (4,6 km) e outro ligando Chelas ao Beato (1,0 km). Ao longo dos trabalhos, a tuneladora irá colocar 3300 anéis e um total de 19 mil aduelas (cada uma com quatro toneladas).
De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, em nota de imprensa, as peças componentes da H2OLi vão ser montadas no estaleiro de Campolide, assim que estiver terminada a contenção e escavação do poço de ataque, cujas dimensões são idênticas a um campo de futebol com 26 metros de profundidade. A tuneladora irá começar a trabalhar no início de 2023, prevendo-se que as obras terminem no primeiro trimestre de 2025.
Este conjunto de obras do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) destina-se a controlar as águas pluviais, reduzindo as dificuldades dos atuais sistemas de drenagem e escoamento das águas, diminuindo os riscos de cheias e inundações em Lisboa. Ao mesmo tempo, as águas pluviais serão reutilizadas para a rega de espaços verdes, reforço das redes de incêndio e lavagem das ruas.