O Museu Pedagógico do Sexo (MUSEX) lançou, na semana passada, um estudo sobre prazer sexual. O questionário é aberto a todas as pessoas com mais de 18 anos e que já tenham tido interação sexual.
Desta forma, o formulário está disponível no site do MUSEX. Os resultados preliminares do estudo serão divulgados em março. Ao mesmo tempo, o objetivo desta investigação é dar uma nova perspetiva sobre como as pessoas vivem o seu prazer sexual. Este estudo resulta de uma parceria do MUSEX com a Universidade Lusófona, a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC) e a Associação Gerador.
“Um dos eixos de ação do MUSEX é incentivar a produção científica de conhecimento sobre a sexualidade e a difusão de informação com base científica através de conferências, comunicações e estudos”, explica Marta Crawford, sexóloga, fundadora e diretora do MUSEX.
Contudo, a mesma acrescenta ainda que estes estudos são “realizados em parceria com os meios académicos. Por isso, é com muita satisfação que lançamos o primeiro estudo sobre o prazer sexual e seus correlatos, um estudo necessário e fundamental sobre a população portuguesa”.
Ao mesmo tempo, esta investigação pretende conhecer as experiências e fatores associados ao prazer sexual. O estudo foi desenvolvido por Patrícia M. Pascoal, diretora do mestrado Transdisciplinar de Sexologia da Universidade Lusófona. Igualmente, conta ainda com a colaboração de Marta Crawford e de Tiago Sigorelho, presidente do Gerador.
Questionário é anónimo e confidencial
O estudo é anónimo, confidencial e aberto a todas as pessoas com mais de 18 anos que já tenham tido interação sexual. Este formulário está disponível no site do MUSEX.
Ao mesmo tempo, o questionário está dividido em três partes. Ou seja, na primeira, os participantes irão responder a um conjunto de perguntas sobre si e as suas experiências. A segunda parte é composta por questões em torno das características e experiências psicológicas. O estudo termina com perguntas sobre aspetos relacionais.
“A ideia do que é o prazer sexual é muito intuitiva, talvez por isso haja uma enorme escassez de estudos que se tenham debruçado por este tema de forma aprofundada”, considera Patrícia M. Pascoal, investigadora principal do estudo.
De igual forma, acrescenta, é “importante conhecer os testemunhos e encontrar padrões e tendências pela ‘voz’ escrita de muitas pessoas, em vez de nos limitarmos aos relatos de especialistas. Este é o aspeto central do estudo. Esperamos no final conseguir mapear alguns aspetos que se associam ao prazer sexual de diferentes pessoas”.
Por outro lado, para o presidente do Gerador, Tiago Sigorelho, “no Gerador tentamos sempre preencher lacunas informativas em temas sensíveis para a sociedade. Saber como as pessoas olham para o prazer sexual é crítico para o nosso entendimento como seres humanos”.