A Comissão de Utentes de Saúde de Marvila (CUSM) lançou, na passada segunda-feira, dia 6 de fevereiro, um abaixo-assinado. Neste sentido, estes utentes do Centro de Saúde de Marvila pedem a criação de melhores condições no espaço, inaugurado no passado mês de janeiro.
Desta forma, a comissão alerta que, antes da abertura desta unidade, às 8h00, os utentes são obrigados a esperar pelas consultas na rua. Assim sendo, a CUSM pede à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) que arranje uma forma de “permitir o acesso à sala de espera, desde a chegada dos utentes”. Ao mesmo tempo, estes utentes do Centro de Saúde de Marvila recordam “que o estão a fazer na rua, onde esperam desde as 06h00/07h00, até às 08h00 da manhã, ao frio, ao vento e à chuva”. Por isso, pedem mais humanização e melhor “eficácia do atendimento aos utentes”.
Por outro lado, estes utentes pedem ainda o reforço dos meios materiais e do número de médicos e enfermeiros nesta unidade de saúde. Neste sentido, ainda existem cerca de 10 mil utentes sem médico de família atribuído.
Utentes pedem ainda melhoria das condições de acesso à unidade
Em simultâneo, outras reivindicações são ainda a melhoria do acesso à Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Marvila (UCSPM) através do transporte público, “a partir dos vários bairros da freguesia”; e ainda a melhoria do acesso a esta unidade por parte dos utilizadores com mobilidade reduzida.
Desta forma, a CUSM solicita ainda que se construam “rampas de acesso junto ao lancil do passeio que liga a UCSPM à rua da Azinhaga dos Alfinetes com passadeira de peões”. Ao mesmo tempo, pedem ainda “a redução dos níveis das inclinações dos acessos e a eliminação de relevos e da escada de entrada na UCSPM”.
Neste sentido, a comissão de utentes do Centro de Saúde de Marvila alerta que estes motivos “têm constituído fatores de queda de utentes. Por outro lado, pede ainda que se abra o acesso ao parque de estacionamento da Rua da Azinhaga dos Alfinetes, de forma a prevenir “possíveis assaltos na rua entre o CS e o campo do Clube Oriental.
Documento já reuniu mais de 500 assinaturas até ao momento
Este abaixo-assinado está a ser distribuído por vários locais da freguesia de Marvila. Até ao momento, o documento já reuniu mais de 500 assinaturas, explicou ao Olhares de Lisboa o porta-voz, João Albuquerque. Contudo, o abaixo-assinado irá continuar a ser distribuído pela freguesia. No dia 1 de março, a Comissão de Utentes espera entregá-lo no Ministério da Saúde, para que seja encaminhado ao Ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
Ainda no mesmo dia, da parte da manhã, está também planeada uma vigília à porta do Centro de Saúde de Marvila. Ou seja, o objetivo será chamar a atenção para o problema da falta de médicos de família naquela unidade. “As pessoas dizem que é preciso mais médicos, estão indignadas”, acrescenta João Albuquerque.
Segundo o porta-voz, a data foi escolhida por ser o “dia em que os utentes sem médico de família no Centro de Saúde podem solicitar consulta para o mês”. Neste sentido, a CUSM irá estar a servir um chá quente a todos aqueles que se deslocarem para esta Unidade de Saúde. Esta reivindicação junta-se à já realizada no passado dia 10 de fevereiro. Neste dia, a comissão de utentes esteve reunida com o Presidente da Assembleia de Freguesia de Marvila. Aqui, a CUSM teve a oportunidade de expor o problema.