O Projeto ‘Apoio ao Cuidador’, da Câmara Municipal da Amadora (CMA), foi reconhecido pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Por isso, a autarquia recebeu um selo de mérito por pertencer à rede de munícipios que adotam as melhores práticas e medidas de apoio para os cuidadores informais.
Desta forma, a CMA candidatou-se à segunda edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), projeto promovido pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Em simultâneo, este conta com o apoio institucional da Merck, e pretende reconhecer os municípios e freguesias do país com as melhores práticas e medidas de apoio em prol dos cuidadores informais.
Por sua vez, esta iniciativa recebeu 54 candidaturas em 2022. Neste sentido, o projeto considerou 42 candidaturas e que cumprem os critérios definidos. Ou seja, os parâmetros devem incluir o apoio psicológico e financeiro, bem como a formação especifica sobre o processo de cuidar.
No caso da CMA, o munícipio foi pioneiro na aposta nesta área, com a implementação do projeto ‘Apoio ao Cuidador’. Por sua vez, o projeto pretende dotar os cuidadores de
competências e conhecimentos específicos nesta área. Ao mesmo tempo, o seu objetivo é contribuir para o aumento da qualidade de vida e bem-estar dos cuidadores de pessoas dependentes.
Contudo, a autarquia promove ainda formações sobre saúde, comunicação e desenvolvimento pessoal, aspetos práticos do cuidar, entre outros. Neste sentido, as formações surgem na sequência de uma parceria estabelecida entre a CMA e a Cooperativa LinQUE – Cuidados paliativos em casa. Por sua vez, estas sessões são dinamizadas por profissionais de saúde.
Neste sentido, a CMA pretende promover a permanência das pessoas dependentes no seu meio natural de vida. Ou seja, pretende-se atrasar ou até mesmo evitar a institucionalização destas pessoas.
Cuidadores têm falta de apoio emocional, revela inquérito
O Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais realizou um inquérito que pretendia identificar as principais necessidades dos cuidadores. Desta forma, 64,6% dos inquiridos revela sentir falta de apoio emocional/psicológico. Ao mesmo tempo, 59,1% revela ter dificuldades em obter apoios do Estado.
Por outro lado, 51,8% dos inquiridos precisa de mais apoios financeiros. Já 41,2% dos cuidadores apontaram também a necessidade de receber formação específica durante o processo de cuidar. Recentemente, em 2021, o movimento recebeu 50 candidaturas, das quais 24 foram reconhecidas com o selo RACCI.
Desta forma, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais pretende melhorar as condições dos cuidadores informais e das pessoas dependentes. Neste sentido, o movimento foi lançado em 2020, pela Merck Portugal, no seguimento do projeto ‘Embracing Carers’. Por fim, o movimento já conta com o apoio de dezenas de associações portuguesas.