PALÁCIO ANJOS RECEBE A EXPOSIÇÃO “POVOS ORIGINÁRIOS – GUERREIROS DO TEMPO”

Autor da exposição tem mais de 30 anos de carreira

O Palácio Anjos, em Algés, recebe, a partir desta sexta-feira, dia 21 de abril, a exposição “Povos Originários – Guerreiros do Tempo”, da autoria do fotojornalista Ricardo Stuckert. Esta mostra estará patente até ao dia 16 de julho, de terça a domingo.

‘Povos Originários’ mostra a primeira viagem que o autor realizou à Amazónia, em 1997. Nesta altura, Ricardo Stuckert ficou com a imagem de uma mulher yanomami na sua memória. Depois disso, regressou 20 anos depois para a fotografar. Foi aqui que o fotojornalista decidiu registar a vida dos indígenas brasileiros. O objetivo era prestar-lhes um tributo e, ao mesmo tempo, torná-los mais conhecidos fora do seu território.

Na manhã desta sexta-feira, as portas desta exposição abriram-se à comunicação social. Esta visita contou ainda com o projetista da exposição, Chico Sassi, e o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais. O autarca teve a oportunidade de conhecer esta mostra em primeira mão, e considera que esta o deixou “surpreendido”. “Já fiz fotografia e gosto de fotografia e de exposições”, prosseguiu, elogiando o trabalho de Ricardo Stuckert “pelo tema, originalidade e qualidade das suas imagens”.

No mesmo sentido, e ainda na visão do presidente da CMO, “a fotografia é uma arte e esta exposição mostra bem como o olho e a lente de quem fotografa pode captar momentos instantes e únicos”. Por outro lado, esta é uma arte que “exige uma técnica apurada. Se as imagens forem analisadas em pormenor, consegue-se ver a sensibilidade do artista”. No entanto, Isaltino Morais considera que “há fotografias que são captadas por acaso”, o que não foi o caso de ‘Povos Originários’, onde existiu “uma busca”.

Alertar para os problemas da humanidade é um dos objetivos da exposição

Nestas imagens, Stuckert procurou capturar a beleza e a alma dos povos originários do Brasil. Por sua vez, nesta mostra podem ver-se as crianças que brincam no rio ou o ritual da ‘ayahuasca’. Contudo, retrata ainda o arco e a flecha do caçador; o ‘pajé’ majestoso ou a canoa entalhada no tronco; entre outras tradições da Amazónia.

Por fim, ‘Povos Originários’ retrata nove etnias. Ou seja, os Yanomami, os Ashaninka, os Yawanawá, os Kalapalo, os Kayapó, os Pataxó, os Kaxinawá, os Xukuru-Kariri, os Korubo e outros povos isolados.

O objetivo com esta exposição é chamar a atenção para a preservação do planeta e para os problemas da humanidade. “Acho que esta exposição tem uma grande magnitude e é fundamental que as pessoas a vejam”, concluiu Isaltino Morais.

Autor da exposição tem mais de 30 anos de carreira

“A fotografia é minha forma de vida, é a maneira como eu vejo o mundo”, diz o autor, citado em nota de imprensa. Ricardo Stuckert tem 52 anos, e conta com mais de três décadas de experiência. Durante oito anos foi fotógrafo oficial da Presidência da República nos primeiros dois mandatos (2003-2010) de Lula da Silva, eleito novamente presidente do Brasil.

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‘Stuckinha’, como é conhecido no Brasil, trabalhou, no início da sua vida profissional, em órgãos de comunicação como “O Globo” e “Veja”. Recentemente, foi diretor de fotografia do filme ‘Democracia em Vertigem’. Por sua vez, este é da autoria de Petra Costa e foi nomeado para o Óscar do Melhor Documentário 2020 da Academia de Hollywood.

‘Povos Originários’ pode ser vista no Palácio Anjos, em Algés, até ao dia 16 de julho, de terça a domingo, das 11h00 às 18h00 (última entrada às 17h30). Todavia, a mostra estará encerrada às segundas e feriados. Por fim, os bilhetes custam dois euros e encontram-se à venda na Ticketline e no Palácio Anjos.

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