SÍMBOLOS DA JMJ JÁ CHEGARAM A LISBOA

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, chegaram na noite do último sábado a Lisboa, após terem passado por Oeiras e outras cidades portuguesas. Este domingo, a cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora saíram dos Paços do Concelho até à Sé de Lisboa, onde irão ficar durante a JMJ.

Por sua vez, a cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani são transportados numa carrinha. Até ao momento, está já percorreu mais de 40 mil quilómetros. Desta forma, os dois símbolos da JMJ já passaram por todo o país, cujo périplo terminou em Lisboa. Durante o mês de julho, e para além de Oeiras, passaram por concelhos como Cascais (dia 21 de julho), Amadora (19 de julho) e Loures (dias 16 e 18 de julho), Odivelas (dia 17 de julho).

No entanto, passaram também por Almada, entre os dias 18 a 26 de novembro do ano passado. A Cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora foram entregues pelos jovens do Panamá aos jovens de Portugal, em 2019, numa Eucaristia presidida pelo Papa Francisco. Desde o final de outubro de 2021, passaram pelas 21 dioceses portuguesas.

Cruz e Ícone de Nossa Senhora estiveram em Oeiras no último sábado

No último sábado, os dois símbolos vieram do concelho de Oeiras, desde Algés até ao Cais do Sodré, dentro do elétrico 15E. A cruz veio pela mão do Presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, que os entregou à cidade de Lisboa. Após a passagem de testemunho, os símbolos partiram em peregrinação pela freguesia da Misericórdia, acompanhados por centenas de jovens.

Na Praça Luís de Camões, houve um momento simbólico de acolhimento dos símbolos com um pequeno brinde de recepção. De seguida, ambos seguiram pela Rua da Misericórdia, passando pelo Miradouro de São Pedro de Alcântara e pelo Príncipe Real, rumo à Basílica da Estrela. No domingo, a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora saíram dos Paços do Concelho, onde o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, esteve presente.

Este é o momento que marca o início da contagem decrescente para o início da JMJ em Lisboa. Aos jornalistas presentes, o autarca frisou que “este é um momento de grande emoção para os lisboetas”. “Lisboa é a cidade que acolhe e mostra que conseguiu fazer”, acrescentou. Ao mesmo tempo, sublinhou que a JMJ irá trazer “um milhão de pessoas de todo o mundo até dia 6 de agosto”.

Esforço conjunto

Agradecendo ao vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia e à presidente da Assembleia Municipal, Rosário Farmhouse, Moedas descreveu este momento com “três palavras”. Desta forma, falou na “emoção” de iniciar a contagem decrescente para a JMJ. Para o autarca, este será “um evento único para a cidade”. Contudo, salientou também a “alegria, sentida por tanta gente de tantos pontos do mundo” e ainda “o compromisso” assumido pela CML” para que tudo corra bem.

Neste sentido, Moedas agradeceu o trabalho e o esforço de todos os funcionários da autarquia, que foram “extraordinários” na preparação e organização da JMJ. No entanto, o autarca reforçou que “as dificuldades foram muitas, mas conseguimos. O Parque Tejo vai ficar para a cidade, o palco-altar está incrível e a relva será regada com água da Estação de Beirolas. Conseguimos dar um exemplo para o mundo e mostrar que Lisboa consegue fazer”.


Por outro lado, sobre as manifestações marcadas para a semana da JMJ, o presidente da CML não se mostrou preocupado e reforçou que “irá tudo correr bem”. “Vou trabalhar 24 horas por dia para que os problemas não aconteçam”, disse o edil, dizendo que está “disposto a falar com todos os sindicatos”.

Grande adesão em todo o país

Esta cerimónia, que assinala a conclusão da peregrinação dos símbolos da JMJ por todo o país, contou ainda com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. O cardeal agradeceu todo o apoio da CML na realização da JMJ. Por outro lado, frisou ainda que “houve uma grande adesão” na recepção dos símbolos em todo o país. Por sua vez, acrescentou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é “um acontecimento que nos enche o coração e não teria sido possível sem a colaboração da CML”.

Ao mesmo tempo, D. Manuel Clemente sublinhou ainda que, entre 1 a 6 de agosto, “Lisboa será uma capital juvenil”. Os dois símbolos saíram da Praça do Município, passando pela Praça do Comércio, Rua Augusta e Rua da Conceição, em direção à Sé de Lisboa, onde foi celebrada uma missa.

Símbolos têm como objetivo despertar para a fé e a esperança

Por sua vez, a cruz peregrina é encarada como um sinal de fé. Ao longo dos anos, já passou por diversos locais pelo mundo inteiro. Desta forma, já passou pelo Ruanda, após este país ter sido atingido pela guerra civil e ainda por Nova Iorque, após os atentados do 11 de setembro de 2001, entre outros. Já o ícone de Nossa Senhora, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura. Está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.

Em Roma, existe a tradição de o levar em procissão pelas ruas da cidade, para afastar perigos e desgraças. No entanto, o ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, na capital italiana, e é visitado frequentemente pelo Papa Francisco. Os dois símbolos foram confiados aos jovens de todo o mundo, pelo Papa São João Paulo II na primeira JMJ em Roma, em 1984.

Por sua vez, o objetivo era levá-la “pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade”. Desde então, tanto a Cruz como o ícone mariano têm percorrido o mundo em peregrinação. Ou seja, pretendem simbolizar a paz e convidar todos a participarem na Jornada Mundial da Juventude. Por fim, a JMJ realiza-se em Lisboa entre os dias 1 a 6 de agosto. Atualmente, a cidade já se prepara para receber os peregrinos e o Papa Francisco, que chega à capital portuguesa a 2 de agosto.

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