O Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa registou, esta quinta-feira, dia 19 de outubro, 210 ocorrências devido ao mau tempo. Durante a tarde, estavam ativas 70 ocorrências. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, esteve reunido com a Proteção Civil, no Centro de Coordenação Operacional Municipal, em Monsanto. Aos jornalistas, garantiu que a cidade está melhor preparada para responder aos efeitos do mau tempo, para evitar o que aconteceu em dezembro de 2022.
Até ao momento, adiantou Carlos Moedas, presidente da autarquia lisboeta, “houve zero vítimas e zero desalojados”. De acordo com o autarca, durante uma conferência de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, os serviços da CML procederam, nos últimos dias, à limpeza das sarjetas e dos sumidouros, e também a uma “preparação nos sítios onde temos árvores. Agradeço a todos os que trabalharam aqui estas horas, muitos não dormiram. Conseguimos ter uma preparação diferente das outras vezes”, reforçou Moedas.
Para o autarca, esta maior preparação é fundamental para que evitar tragédias, como aconteceu em anos anteriores. Por sua vez, as freguesias mais afetadas foram Chelas, Olivais, Lumiar e Santa Maria Maior. Contudo, houve também ocorrências na freguesia de Alcântara, embora não com a mesma gravidade do que noutras situações. Durante a tarde, houve ainda perturbações na circulação na Estrada da Pimenteira, na 2ª Circular e junto ao Aeroporto de Lisboa, adiantou ainda o edil lisboeta.
“O Centro de Operações continua ativo e ficará ativo pelo menos hoje. Pode ainda haver mais chuva, mas este centro de operações está sempre preparado para ter toda a gente em ação “, prosseguiu o presidente da CML. “Estamos sempre preparados para ter toda a gente em ação e ter aqui, [no Centro de Operações], todos os serviços da CML”. Na mesma conferência de imprensa, Carlos Moedas disse ainda que “não houve desalojados”. “Houve apenas uma situação na Escola Fernando Pessoa, em que foi preciso ajudar os alunos a sair da sala”.
Por outro lado, acrescentou, houve “outra situação em Chelas, onde foi preciso retirar duas pessoas de um carro, mas neste momento não temos mais nenhum problema na cidade que seja de relevar”, garantiu o autarca, sublinhando que a cidade está preparada para os eventos climáticos extremos.
Uma maior coordenação
“Haverá sempre problemas”, admitiu ainda Moedas, lembrando que a solução está nos dois túneis de drenagem, inseridos no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL). “Até lá, temos de fazer esta preparação que demonstrámos hoje”. O autarca lisboeta referiu também que, este ano, existe uma maior coordenação entre as equipas da CML e da Proteção Civil, de forma a dar uma resposta mais rápida às ocorrências.
“O ano passado estávamos em teste deste sistema de coordenação”, justificou, agradecendo ainda a colaboração dos 24 presidentes de junta da cidade, na resposta à intempérie do ano passado. Para Carlos Moedas, esta experiência serviu para melhorar a coordenação das equipas da edilidade em situações de fenómenos climáticos extremos. Por outro lado, o presidente da CML garante ainda que estas situações “não irão atrasar a obra dos túneis de drenagem”.