LOURES INVESTE NA ENGENHARIA NATURAL PARA CONTROLAR CHEIAS

A Câmara Municipal de Loures (CML) promoveu, no final de outubro, várias sessões públicas para esclarecer a população sobre o projeto de Controlo Sustentável de Cheias. Este processo vai incidir nas Ribeiras da Póvoa e de Loures, através de técnicas de engenharia natural. O projeto deverá ficar concluído no final de novembro.

Este Controlo Sustentável de Cheias irá abranger 18 linhas de água, numa extensão de 31,6 quilómetros. O projeto irá ainda envolver as ribeiras da Codiceira, Casal dos Cavaleiros, Conventinho e Mealhada. De acordo com o vereador com o pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Loures (CML), Nélson Batista, ao Olhar Loures, esta é uma intervenção que irá recorrer à engenharia natural. Desta forma, é possível reduzir, substancialmente, o risco de cheias no concelho.

O projeto tem um investimento total de cinco milhões de euros. Deste valor, 75% são provenientes do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), e os restantes 25% são verbas da CML. Esta intervenção, garante ainda Nélson Batista, “ficará concluída no final de novembro”. Por sua vez, consiste numa empreitada dividida em três lotes e várias frentes de trabalho e recorre a técnicas de engenharia natural.

Algumas delas são a redução do caudal afluente à zona crítica e às áreas com risco mais elevado ou a promoção do escoamento rápido das áreas da zona crítica, com riscos mais elevados. No entanto, outras estratégias passam ainda pela regulação do sistema fluvial, com medidas que promovam a conservação da operacionalidade hidráulica dos sistemas fluviais, prevenindo-se a colonização de margens por vegetação invasora e obstrutiva.

É um projeto que assenta na engenharia natural, e é quase pioneiro a nível nacional”, reforçou o vereador. Nélson Batista explicou ainda que este “é um trabalho que nunca foi feito até agora” no concelho. Ao mesmo tempo, esta intervenção assenta também na reabilitação ecológica das Ribeiras da Póvoa e de Loures.

Três sessões de esclarecimento

Por sua vez, este Controlo Sustentável de Cheias inclui ainda a estruturação de planos de ação dos concelhos limítrofes. Em causa está a confluência das bacias intermunicipais. O primeiro encontro teve lugar nos Paços do Concelho, em Loures, seguindo-se depois mais sessões de esclarecimento no Palácio dos Marqueses e Monforte e na Flamenga (União de Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas). Nesta última, o presidente da junta, Jorge Silva, enalteceu a “resiliência da população em momentos dramáticos como os de dezembro passado”.

Para o presidente, estes “foram períodos de tempo mais difíceis da minha vida”. Por fim, reiterou ainda o compromisso de “empenhamento neste processo dinâmico que visa controlar a ocorrência de inundações no nosso território”.

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