O Planeta vai voltar a desligar as luzes por uma boa causa

A Hora do Planeta, o maior evento mundial dedicado à consciencialização para a proteção do planeta, será no dia 23 de março, sábado, entre as 20h30 e as 21h30. A iniciativa realiza-se em mais de 190 países e territórios.

Em 2024, a Hora do Planeta será no dia 23 de março, sábado. Esta iniciativa realiza-se em todo o mundo e, em Portugal, está marcada para o horário entre as 20h30 e as 21h30. A Hora do Planeta é uma ação promovida pela World Wide Fund (WWF). Por sua vez, incentiva a população, durante uma hora, a desligar as luzes os aparelhos eletrónicos não essenciais. O objetivo é que milhões de pessoas contribuam para um planeta mais sustentável.

Para a edição deste ano, a WWF incentiva ainda os munícipios a juntarem-se a esta iniciativa. Por isso, tem no seu site, um formulário para as autarquias se inscreverem. Após a inscrição, terão acesso direto a um kit de materiais digitais personalizáveis (cartaz, banner e até posts para redes sociais) para efeitos de promoção desta ação junto da comunidade. Porém, podem ainda juntar-se à Hora do Planeta desligando as luzes das ruas, monumentos e edifícios públicos, mas também organizando atividades ambientais, como caminhadas noturnas, observação de estrelas, passeios de bicicleta, entre outras.

Iniciativa serve para refletir sobre as alterações climáticas

Segundo a diretora-executiva da ANP/WWF, Ângela Morgado, “o apagão não é passivo nem tem como finalidade a poupança energética. A ideia é aproveitar aquela hora para trazer à luz uma reflexão sobre o que realmente podemos fazer pelo ambiente no dia a dia”. Por outro lado, “o objetivo da Hora do Planeta é pôr as questões ambientais na agenda do poder local. Isto porque as autarquias — pela proximidade real, física e efetiva — ao efetuarem ações coletivas, servem de exemplo, mobilizam e contaminam de forma positiva crianças e adultos para, em conjunto, se discutir e apresentar soluções e compromissos com futuro.”

Entre 2008 e 2023, Ângela Morgado acrescenta ainda que “passámos de 11 para 88 autarquias. O que significa que os governantes têm cada vez mais consciência da necessidade de se envolverem nestas questões e de serem voz ativa e verdadeiros agentes de mudança de comportamentos.” Para além das autarquias, também as empresas e organizações podem contribuir para a Hora do Planeta. Uma delas diz respeito ao financiamento de atividades, sendo que todas as informações sobre modelos de participação podem ser consultadas no site criado especificamente para esta iniciativa.

Iniciativa começou em 2007 na Austrália

A Hora do Planeta surgiu no dia 31 de março de 2007, em Sidney (Austrália). Neste ano, 2,2 milhões de pessoas e mais de duas mil empresas apagaram as luzes durante 60 minutos. Desta forma, conseguiram alertar para a perda da natureza devido às alterações climáticas e para a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito de estufa. O sucesso da iniciativa levou a que, rapidamente, milhões de pessoas em todo o mundo aderissem ao projeto. Atualmente, é o maior movimento global pela defesa do ambiente. No total, já são mais de 190 países e territórios unidos através deste gesto simbólico e/ou por ações sustentáveis.

Portugal juntou-se à Hora do Planeta em 2008. Em 16 anos, já apagou as luzes de espaços como o Castelo de S. Jorge, a Ponte 25 de Abril, o Cristo Rei, ou o MAAT, em Lisboa. No resto do país, a iniciativa apagou as luzes do Convento de São Francisco (Açores), Mosteiro da Serra do Pilar (Gaia), Estação de S. Bento, Ponte da Arrábida e Ponte do Freixo (Porto), entre outros monumentos. Por fim, já no resto do mundo, também já ficaram às escuras a Torre Eiffel (Paris), o Coliseu (Roma), o Cristo Redentor (Rio de Janeiro), o Big Ben (Londres), ou o Empire State Building (Nova Iorque).


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