O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, visitou, esta quarta-feira, dia 10 de abril, a obra do Lote 10, em Entrecampos, que prevê a construção de 68 habitações de renda acessível até setembro.
No âmbito da construção do Loteamento das Forças Armadas, que contempla a construção de 476 habitações integradas no Programa de Renda Acessível, em Entrecampos, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, visitou, esta quarta-feira, dia 10 de abril, a obra do Lote 10, em Entrecampos. Esta empreitada prevê a construção de 68 habitações de renda acessível até setembro. No total, haverá 15 fogos de tipologia T0, 23 T1 e 30 T2, e representa um investimento municipal de 10 milhões de euros.
Em paralelo, a obra prevê ainda a criação de espaços verdes, comércio de proximidade e equipamentos de apoio às famílias. Este empreendimento fica na freguesia das Avenidas Novas, que será a freguesia da cidade com mais fogos de renda acessível em Lisboa. Nesta visita, esteve presente o presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas (JFAN), Daniel Gonçalves, que adiantou, ao Olhares de Lisboa, que esta aposta será muito positiva para a freguesia e que é fundamental para atrair as populações. No total, haverá “476 apartamentos para renda acessível, exatamente para aquelas pessoas que mais precisam, que são profissionais, que são médicos, jovens enfermeiros, jovens polícias”, disse no final da visita o presidente da CML, lembrando que o investimento total “são de 60 milhões” de euros.
Mais de mil chaves entregues
Até ao momento, sublinhou, já estão concluídos 256 fogos de renda acessível. “Estes edifícios têm um tempo de construção à volta dos 22 meses”, referiu Carlos Moedas. Os 68 fogos atualmente em construção em Entrecampos deverão começar a ser entregues “entre setembro ou outubro”. O presidente da CML apelou a todos os lisboetas a que se inscrevam neste e noutros programas de apoio, o que pode ser feito através do site da autarquia. “Em Lisboa, já entregámos mais de 1740 chaves neste mandato, o que representa muito para a cidade, porque nos últimos 14 anos pouco se fez em termos de construção e de reabilitação”, disse ainda o autarca.
Sobre as acusações de se aproveitar de obras do anterior executivo, liderado por Fernando Medina, o presidente da CML respondeu que essas acusações são “inadmissíveis da parte da oposição”. “Quando nós chegámos, havia dois mil fogos vazios em Lisboa”, sendo que, acrescentou o autarca, o atual executivo “recuperou 700 fogos”, respeitantes a casas que estavam fechadas. “É triste entrar-se neste tipo de discussão porque um presidente de câmara continua obras do passado e muitos vão continuar obras que eu vou lançar, e portanto, esse tipo de discussão não leva a lado nenhum”, rematou Carlos Moedas. “As obras são das pessoas e aquilo que eu estou aqui a fazer é, de certa forma, fazer o que, na altura, não foi feito”.
Carlos Moedas apela ao novo Governo que ajude acelerar financiamento para projetos de habitação
“Num mandato conseguimos 2.744 famílias que foram ajudadas, ou apoiando a pagar a renda”, lembrou ainda o presidente, que lembrou outras políticas da autarquia, tais como o subsídio de apoio ao arrendamento, ou a reabilitação de imóveis. “Quando olhamos para o problema da Habitação, ele tem que ter um pouco de tudo. Não podemos olhar para a habitação como algo que seja apenas o público. Nós temos que ter os privados, temos que licenciar mais, não podemos demorar anos a licenciar casas e depois o preço das casas subir”, referiu ainda Carlos Moedas.
O autarca recordou ainda o programa que prevê a criação de projetos de habitação construídos por cooperativas. No entanto, e sobre outros projetos futuros no âmbito do arrendamento acessível, o presidente da CML disse ainda que “não gosto de inaugurar primeiras pedras”. “O que posso dizer é que estamos a dar 30 chaves a cada 15 dias”, o que demonstra o progresso nesta matéria, explicou. “Faço aqui um pedido ao Governo, que agora tem uma pessoa com muita experiência como Ministro da Habitação, o Miguel Pinto Luz, que foi autarca e percebe aquilo que lhe vou pedir”.
“Já entregámos, no IHRU, 540 milhões de euros [em projetos] para aquilo que estamos a construir em Lisboa”, mas, até agora, sublinhou, “só temos, nesta altura, à volta dos 200 milhões aprovados”, disse Carlos Moedas, acrescentando que estes projetos são financiados com recurso a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência. “Já entregámos alguns destes pedidos desde o mês de Novembro e ainda não tivemos resposta”, lembrou, ressalvando que “Lisboa, pela sua dimensão, merece uma atenção especial”. “Precisamos agora, que o Governo está a começar, que haja uma aceleração enorme, porque nós não podemos perder esta oportunidade”, apelou o presidente da CML.