É já neste sábado, dia 6 de abril, que se inicia a 3ª edição do Conselho de Cidadãos, subordinada ao tema “Como construir uma cidade que cuida”. O encontro irá focar-se nas questões do Estado Social Local, de forma a encontrar soluções para os desafios que se impõem atualmente nesta matéria.
As questões do Estado Social Local vão estar em debate na 3ª edição do Conselho de Cidadãos, uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), que pretende juntar os munícipes para debaterem ideias para o futuro da cidade. Nesta edição, estarão em debate cinco áreas, consideradas fundamentais pela autarquia, para criar uma cidade mais justa e solidária. São elas o acesso à saúde, a solidariedade intergeracional, o acesso a habitação digna, as pessoas em situação de sem-abrigo, e a imigração, que representa já 20% da população da cidade.
No total, são escolhidos, de forma aleatória 50 munícipes de Lisboa, com base em cinco critérios. Ou seja, a idade, o género, a freguesia de residência, a situação profissional e o nível de escolaridade. O sorteio é realizado por entidades externas. Desta forma, não existe qualquer interferência na escolha e possibilita que todos tenham a mesma hipótese de participar. Nas edições anteriores, mais de 90% dos participantes fizeram uma avaliação positiva da experiência. Por sua vez, estes munícipes inscreveram-se antecipadamente no projeto, através do site da autarquia, ou presencialmente nas Juntas de Freguesia e nas Lojas Lisboa.
Cidadãos partilham desafios e propostas de mudança em Lisboa
Após a escolha, estes cidadãos são convidados a trabalhar durante dois sábados seguidos nos Paços do Concelho. Em primeiro lugar, começam por identificar os principais desafios e prioridades para a cidade com base na sua experiência e no diálogo com os seus pares. No segundo dia, o tempo é dedicado à geração de ideias e a formular propostas concretas que tragam soluções para a cidade. “Todas as ideias são bem-vindas. Este é um exercício totalmente livre, sem a interferência dos partidos políticos. No Conselho de Cidadãos consideramos que as pessoas são os verdadeiros especialistas e que a sua experiência é aquilo que mais deve importar aos decisores políticos”, diz Carlos Moedas, citado em comunicado.
No final destes encontros, os cidadãos apresentam e discutem as suas propostas com o presidente da Câmara e os vereadores com pelouro. De seguida, estes são convidados a colaborar com os serviços municipais para dar seguimento às suas ideias nas várias reuniões de trabalho que decorrem nos meses seguintes. “Em Lisboa temos um modelo único no mundo, em que não nos limitamos a ouvir as pessoas. Queremos trabalhar com os cidadãos para implementar as suas próprias ideias. Essa é uma verdadeira forma de inovar em democracia e de aproximar os eleitores dos eleitos”.
“É algo que ganha um significado especial neste mês de abril em que celebramos 50 anos de democracia e de liberdade” acrescenta o presidente da CML. Por fim, das duas edições anteriores do Conselho de Cidadãos já resultaram oito propostas para melhorar a cidade. Destas, metade está atualmente em execução, e a outra metade já foi implementada. Para mais informações, pode consultar o site dedicado à iniciativa.