Após um ano de ausência no concurso das Marchas Populares de Lisboa, a Marcha da Bela Flor/Campolide regressa em 2024, sendo agora organizada pela Academia de Artes Internas (ADAI), sediada em Campolide, e liderada por José Carlos Almeida.
A Marcha da Bela Flor/Campolide é uma das marchas que regressa, em 2024, ao concurso das Marchas Populares de Lisboa. Em 2022 ficou em 19º lugar, o que não lhe deu acesso direto à edição do ano seguinte, nem foi sorteada no concurso, pelo que ficou de fora da edição de 2023. Até ao momento, a Marcha era organizada pela Associação Viver Campolide, mas, por falta de disponibilidade, teve de ser outra entidade a pegar na marcha, neste caso, a Academia de Artes Internas (ADAI), que agarrou no projeto, para que, como conta o presidente desta coletividade, José Carlos Almeida, “a tradição se mantivesse”.
Igualmente, foi ainda a única coletividade da freguesia a mostrar interesse em organizar a marcha. “Reuni um núcleo de pessoas que percebem de marchas, que estavam e estão disponíveis para dar continuidade a este projeto”, explicou o dirigente, lembrando que manifestou de imediato o seu interesse em organizar a marcha, logo após o sorteio. “Procurei juntar-me a pessoas que já tinham e têm experiência nessa área”, prosseguiu José Carlos Almeida. “O objetivo é fazer o melhor”, ressalva ainda, acrescentando que os ensaios decorrem todos os dias, de segunda a sexta, no pavilhão da Polícia Municipal, junto à Avenida José Malhoa, e que apenas faltam “dois marchantes homens”.
Associação tem cerca de 400 utentes
“Há alguns marchantes antigos, e outros que nunca marcharam”, explica o dirigente, ressalvando, contudo, que existe uma boa relação entre o grupo e que os mais velhos dão apoio aos mais novos. Os padrinhos, em 2024, serão a atriz Marta Gil e o apresentador Idevor Mendonça. Já o ensaiador e coreógrafo da Marcha da Bela Flor/Campolide, em 2024, é Leandro Portelinha, e os mascotes a Caetana e o Lourenço. As letras serão de Nádia Correia, a cenografia de Daniel Oliveira, e a coordenadora é Carla Quaresma. A porta-estandarte é Maria do Céu Tomás.
A ADAI tem dois anos de existência e promove atividades culturais e desportivas, sendo que, para o futuro, prevê ter uma “área de intervenção mais vasta e abrangente”. “Para além de Campolide, já trabalhamos em Campo de Ourique”, ressalva José Carlos Almeida, lembrando que a ADAI surgiu para trabalhar com “pessoas com diferenças, entre as quais diversas várias faixas etárias, mas também surdos, invisuais, ou pessoas com mobilidade reduzida”. Algumas atividades promovidas pela ADAI são, por exemplo, Tai Chi, desenvolvimento pessoal, musicoterapia, dançoterapia, yoga, pilates, entre outras, sendo que existem cerca de 100 sócios e cerca de 400 utentes.
Atualmente, as instalações funcionam no Bairro da Calçada dos Mestres, mas a ADAI aguarda por uma nova sede no Bairro da Bela Flor, algo que já está prometido pela Câmara Municipal de Lisboa, e que deverá ser entregue em breve. Com o novo espaço, salienta José Carlos Almeida, será possível “ampliar a nossa intervenção”, mas também ficarmos “mais confortáveis porque nós estamos num espaço temporário”.
Conheça os participantes e dias de apresentação das Marchas Populares de Lisboa 2024