Obras de proteção e defesa do litoral de Cascais custam 1,2 milhões de euros

Há sete anos que estão sinalizadas por risco de derrocada, mas só agora é que o Governo vai avançar com a estabilização de arribas entre praias de S. Pedro do Estoril e Avencas. As obras de proteção e defesa do litoral irão, segundo uma nota do Ministério do Ambiente e Energia, receber “mais de 1,2 milhões de euros”. Está prevista também a alimentação artificial na faixa costeira norte em situação de erosão

O Ministério do Ambiente e da Energia anunciou que irá proceder à estabilização e reabilitação de arribas entre as praias de S. Pedro do Estoril e a das Avencas, sinalizadas há sete anos com risco elevado de derrocada.

A primeira das duas intervenções corresponde à estabilização do litoral da União de Freguesias de Carcavelos e Parede, em Cascais, num montante de 861 mil euros, numa zona entre a Praia de São Pedro do Estoril e a Praia das Avencas.

“Sinalizadas desde há sete anos, pelo Plano de Ação Litoral XXI, como uma área com risco elevado de derrocada, a Arriba da Praia da Bafureira tem 200 metros de extensão e uma altura de oito metros”, lê-se num comunicado do Ministério, que acrescenta que a operação de intervenção agora deferida para aquela arriba visa “conter o processo de erosão costeira, garantindo a recuperação e o reforço, minimizando as situações de risco de pessoas e bens”.

As obras de proteção e defesa do litoral irão, segundo uma nota do Ministério, receber “mais de 1,2 milhões de euros”.

“Alimentação” com areias praias do norte

Outra das iniciativas consiste num “estudo de reconhecimento de áreas de manchas de areia no Norte do País, que permita a alimentação artificial de praias que sofram de erosão costeira”, acrescentou o Ministério.

Já a segunda intervenção consiste no estudo de caracterização de manchas de areia de empréstimo, na plataforma continental Norte, para a alimentação artificial de praias [CHIMERA Norte], e tem um custo total aprovado de 346 mil euros.

A alimentação artificial na faixa costeira em situação de erosão pressupõe a existência de recursos sedimentares adequados na plataforma continental. Por isso, como um dos desígnios do projeto CHIMERA Norte, é fundamental realizar um conjunto de trabalhos específicos de reconhecimento sedimentar, morfológico e de caracterização das manchas de empréstimo de areia.

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A Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, considera que estas intervenções são extremamente importantes, tendo em conta o risco de erosão costeira a que um País como Portugal, com uma extensa linha de costa, está sujeito”.

“Com estes investimentos, que se seguem a outros, entretanto, anunciados pelo Ministério do Ambiente e Energia, há uma semana, na ordem de 33 milhões de euros, há uma clara aposta na atenuação da perda de território devido ao recuo da linha costeira, provocada pela erosão”, salienta a governante, para quem “a compreensão e a gestão eficaz da erosão costeira em Portugal são essenciais para proteger tanto as comunidades humanas, quanto os ecossistemas naturais ao longo da sua costa”.

As intervenções serão financiadas em 85% pelo Sustentável 2030 – Programa de Ação Climática e Sustentabilidade, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia.

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