O Governo anunciou um investimento de 240 milhões de euros para as redes de transportes públicos do Porto, de Coimbra e de Lisboa (nova linha Rosa do Metro do Porto, para o Metrobus do Mondego e para a compra de elétricos, em Lisboa).
O financiamento, assegurado pelo Programa Sustentável 2030 – Programa Ação Climática e Sustentabilidade, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia, representa uma forte aposta na descarbonização e modernização do setor dos transportes públicos, por forma a oferecer melhores serviços aos cidadãos, enquanto se reduzem as emissões associadas à mobilidade urbana.
No dia em que os ministros do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, inauguram a extensão da linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila D’Este, em Vila Nova de Gaia, o Governo anunciou um investimento de 240 milhões de euros para as redes de transportes públicos no Porto, em Coimbra e em Lisboa.
O financiamento é assegurado pelo Programa Sustentável 2030, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia e que conta com uma dotação total de cerca de 3,7 mil milhões de euros, com a tutela a destacar que “representa uma forte aposta na descarbonização e modernização do setor dos transportes públicos, por forma a oferecer melhores serviços aos cidadãos, enquanto se reduzem as emissões associadas à mobilidade urbana”.
Aquisição de 15 elétricos em Lisboa
Valor: 27,5 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
Entidade beneficiária: Carris
Objetivo: alargamento da rede de elétricos quer em extensão quilométrica, quer em frequência do serviço a oferecer aos utilizadores atuais e futuros do transporte coletivo, contribuindo para a transição energética.
Linha Rosa do Metro do Porto (Casa da Música – São Bento)
Valor: 96 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
Entidade beneficiária: Metro do Porto
Objetivo: expansão da rede de transportes de passageiros (incluindo aquisição de material circulante), para a conclusão da 2ª fase da operação.
Segunda fase do Metrobus do Mondego
Valor: 82,1 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
Entidade beneficiária: Infraestruturas de Portugal
Objetivo: criar uma ligação de transporte público entre Coimbra e os concelhos limítrofes (Miranda do Corvo e Lousã), através de um sistema de metrobus, que consiste na implementação de um serviço tipo BRT (Bus Rapid Transit), num percurso previsto de 43 kms, ligando Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra e servindo a estação de Coimbra B e a zona dos Hospitais. Adapta o antigo canal ferroviário e a malha urbana de Coimbra para a instalação de uma solução BRT, com canal dedicado.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente informa que os avisos para a apresentação de candidaturas, publicados esta sexta-feira, contemplam ainda financiamentos para a modernização da Linha Norte – Ramal de Alfarelos – Troço Verride – Marujal, no valor de 10,7 milhões de euros; e a segunda fase de modernização da linha ferroviária de Cascais, com 22,9 milhões de euros.
Reduzir emissões de CO2
Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções.
Na mesma nota, Maria da Graça Carvalho alerta para a necessidade de “concretização célere” destes investimentos, que poderão não se repetir no futuro. “Neste momento, temos acesso a recursos financeiros que poderão não se repetir, e que nos permitem ser ambiciosos. Mas é preciso que exista também, por parte de todas as entidades, um forte compromisso com a execução dos projetos”, sublinha a governante.
“Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções. Por isso, há que redobrar os esforços. Se queremos concretizar os nossos objetivos de combate às alterações climática, e ao mesmo tempo preservar e melhorar a mobilidade dos nossos cidadãos, temos de apostar, cada vez mais, em alternativas sustentáveis ao transporte individual”, conclui.